Atemóia: fruta híbrida tem duração dez vezes maior que a pinha. (Foto: Irene Mendes) |
A busca por culturas perenes com bom valor de mercado levou o agricultor Francisco Cumpian Chanches, de Santa Luzia do Oeste, a cultivar em seu pomar, uma fruta ainda rara, não só em Rondônia, mas em todo o Brasil, trata-se da atemoia.
A visita feita à propriedade do agricultor Francisco Cumpian, à sete quilômetros do centro da sede do município, foi acompanhada do técnico da Associação de Assistência Técnica Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), Sebastião Aparecido da Silva, que dá assistência naquela região e o acompanha há mais de cinco anos.
Atemoia é uma fruta híbrida resultante do cruzamento da ata (também conhecida como pinha ou fruta do conde) com a cherimóia, espécie andina cujo nome cientifico é Annona cherimola mill. A fruta possui sabor semelhante ao da pinha, mas tem a vantagem de ser muito menos perecível. “Ela pode durar, depois de colhida, até dez vezes mais que a pinha”, diz o agricultor.
Esta qualidade facilita as relações com o mercado, melhorando as condições de transporte, armazenamento e duração nas gôndolas do mercado. Para o produtor, no entanto, o principal atrativo é o preço por quilo da fruta, vendida nos mercados de Rolim de Moura, Cacoal, Ji-Paraná e região a quatro reais o quilo. Francisco diz ainda, que não abastece o mercado de Porto Velho porque a produção ainda é pequena.
A safra da atemóia dura aproximadamente, quatro meses: de fevereiro a maio. A propagação da planta é basicamente pela via vegetativa, porque, como a espécie é híbrida, os técnicos não recomendam a multiplicação através de sementes. Na propriedade de Francisco Cumpian a técnica usada para a reprodução das plantas é a encostia, uma espécie de enxertia. Pode-se utilizar como porta enxerto outras espécies da família das anonáceas, adaptadas à região como o araticum e o biribá.
Do ponto de vista da tecnologia corrente Francisco Cumpian é um agricultor praticamente autônomo e seria considerado emancipado da assistência técnica sistemática. No entanto a tecnologia está em constante transformação e, nesse ponto a Emater tem sido sua grande parceira e ele não teria como ficar sem a sua assistência.
Enoque Gonçalves/Emater-RO
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