quarta-feira, 30 de março de 2011

Agricultores poderão ser remunerados por preservar meio ambiente

Oficinas e seminário serão realizados para elaboração de
um projeto que indicará as condições da preservação e
do pagamento (foto: Ascom/Seagri)

Os agricultores familiares alagoanos poderão ser remunerados pelo trabalho de preservação do meio ambiente em suas propriedades, como mata nativa, animais, solo e água. Essa discussão foi iniciada nesta terça-feira (29), durante reunião entre representantes do governo do Estado e de entidades vinculadas aos pequenos produtores rurais.

De acordo com Genivaldo Vieira da Silva, presidente da Central Estadual de Associações de Assentados e de Pequenos Produtores de Alagoas (Ceapa), é necessário que o meio ambiente seja preservado em todas as regiões do Estado, especialmente na região de caatinga, que já foi bastante devastada.

“Essa devastação ocorreu, em parte, porque o agricultor precisava e precisa dos recursos naturais para sobreviver. Em geral, o agricultor familiar de Alagoas tem propriedades muito pequenas e, por isso, fica difícil ele manter uma área de preservação, sem uso nem para lavoura nem para pecuária”, explicou Genivaldo Vieira da Silva.

Por esse motivo, a Ceapa e o Movimento Minha Terra (MMT) procuraram a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) para iniciar as discussões sobre políticas públicas visando à elaboração de um projeto de pagamento por serviços ambientais, mais conhecido como PSA.

Também participaram da reunião na sede da Seagri, nesta terça-feira (29), representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).

“Ainda não existe nenhuma experiência desse tipo em âmbito estadual. Apenas algumas prefeituras, fora de Alagoas, mantêm iniciativas semelhantes. Mas já garantimos apoio para que essas discussões tenham continuidade aqui no Estado e, junto com a sociedade, seja discutida a metodologia para esse pagamento e para o modelo de conservação do meio ambiente”, frisou o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas.

Programação – Ficou definido que será realizado um seminário estadual para inserção do tema de pagamento por serviços ambientais na pauta de discussões tanto de outros movimentos quanto do governo.

“Serão feitas três oficinas regionais, junto com agricultores, técnicos e lideranças locais para que se comece a desenhar um modelo de PSA”, disse Rita de Cássia, superintendente de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural da Seagri. “É preciso que a metodologia seja muito bem elaborada de acordo com a realidade dos agricultores familiares alagoanos”, completou.

Ainda segundo ela, serão feitas visitas técnicas a outras regiões do país onde prefeituras mantêm iniciativas semelhantes ao PSA e, ao final das discussões e da elaboração do projeto-piloto, haverá uma apresentação formal ao governo do Estado.

Diego Barros/Seagri-AL

Incra investe na qualificação das políticas públicas para a reforma agrária

Foto: Ubirajara Machado/MDA

Qualificação da gestão do Incra e do processo de reforma agrária. Os objetivos foram anunciados nesta terça-feira (29) pelo novo presidente da autarquia, Celso Lacerda, durante solenidade de posse realizada em Brasília. Lacerda ocupava o cargo de diretor de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Assentamento do Incra e foi empossado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence.

"Vamos propiciar uma assistência técnica de qualidade. Queremos mudar o modelo tecnológico de produção nos assentamentos para que ele seja viável no ponto de vista econômico, social e ambiental”, afirmou Lacerda, ao destacar a produção orgânica como um dos principais pontos a serem trabalhados junto aos assentados.

Lacerda vai investir em um planejamento estratégico de longo prazo para transformar o modelo produtivo dos assentamentos. E apontou como uma das prioridades o reforço do trabalho de demarcação de áreas de remanescentes de quilombos, a cargo do Incra desde 2003.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, apontou a importância do fortalecimento do Incra. “Vamos aprofundar o compromisso do Estado brasileiro com a efetividade do programa de reforma agrária, utilizando os instrumentos disponíveis no Incra e no MDA para fortalecer a instituição”. Citando como exemplo a obtenção de terras para a reforma agrária e a assistência técnica rural, Florence definiu como prioridade “produzir um país que tenha justiça fundiária, segurança alimentar, estabilidade demográfica no rural; que tenha paz no campo garantindo a reforma agrária e políticas para a agricultura familiar, um país generoso com o seu povo”.

O antecessor de Lacerda, Rolf Hackbart, que ficou por mais de sete anos à frente do Instituto, destacou os avanços da reforma agrária nos últimos oito anos. No período, 614 mil famílias foram assentadas. “São famílias que agora tem vida digna, com acesso ao crédito e assistência técnica para produzir”, lembrou.

A solenidade de transmissão do cargo foi acompanhada por cerca de 200 pessoas, entre servidores do órgão, representantes do governo federal, parlamentares e líderes de movimentos sociais. O evento foi transmitido ao vivo para as 30 superintendências regionais do Incra.

Perfil
Celso Lisboa de Lacerda, 48 anos, é casado e pais de dois filhos. Natural de Tupã, no interior de São Paulo, formou-se em agronomia e matemática pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR), em 1987, tendo feito especialização em economia agroindustrial.

Durante 23 anos, o novo presidente do Incra atuou em cooperativas e prestou assessoria técnica a assentados da reforma agrária no interior do Paraná. Foi secretário municipal de Agricultura de Ponta Grossa e, em 2003, assumiu a Superintendência Regional do Incra no Paraná. Em 2008, Celso Lacerda assumiu a Diretoria de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Assentamento do Incra, responsável por executar o programa de reforma agrária no país.

Fonte: MDA

quinta-feira, 24 de março de 2011

Argentinos querem saber mais sobre Código Florestal Brasileiro



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Questões ligadas ao setor rural são semelhantes nos

dois países. Foto: Agência Câmara
Brasília, 24/março – O deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO), presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, recebeu nessa quarta-feira (23), em Brasília, representantes de entidades do setor rural argentino, entre elas a Sociedade Rural, Federação Agrária, Confederações Rurais e Confederação Intercooperativa Agropecuária. O principal assunto da reunião foi a discussão brasileira em torno da mudança na legislação ambiental. Os argentinos vieram conhecer detalhes do debate em torno do Código Florestal e aproveitaram, também, para compartilhar suas preocupações com o setor rural daquele país.

A delegação demonstrou grande interesse em conhecer o trabalho da bancada ruralista no Congresso e, principalmente, os mecanismos oficiais de incentivo à produção rural, tanto do agronegócio como da agricultura familiar. Eles lembraram que na Argentina existem apenas 12 deputados nacionais ligados ao setor ruralista, mas que as entidades têm uma forte atuação, semelhante ao que acontece no Brasil.

Para eles, a questão ambiental também é um grande problema, principalmente agora que o governo resolveu criar novas reservas indígenas. De acordo com os representantes das entidades, muitas das novas áreas indígenas estão sendo demarcadas em terras utilizadas pela agricultura há séculos. “Estão tendo que importar índios”, disseram.

Em resposta aos diversos questionamentos, Moreira Mendes explicou aos argentinos que a Frente Parlamentar Agropecuária é uma entidade suprapartidária, que tem buscado unificar o discurso no Congresso e, ao mesmo tempo, mobilizar entidades e produtores do país inteiro para aprovar as mudanças na legislação ambiental. Ele afirmou, ainda, que a bancada costuma votar unida, “mesmo em se tratando de matérias contrárias aos interesses do governo”.

Sobre os incentivos oficiais aos produtores rurais, o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS) - que também é membro da FPA - disse que o grande diferencial no Brasil tem sido a política do preço mínimo, adotada pelo Governo Federal para garantir a compra dos produtos dos pequenos agricultores. A medida, disse ele, permite que os pequenos produtores paguem em dia os financiamentos bancários.

Além de trocar idéias sobre a produção agrícola, os representantes de Brasil e Argentina também discutiram a possibilidade de criar um fórum permanente para discutir as questões ligadas ao setor rural, que, segundo eles, são semelhantes nos dois países.

Audiência
Durante audiência no Ministério da Agricultura para tratar do Código Florestal, o deputado Moreira Mendes pediu ao ministro Wagner Rossi que interceda junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) de Rondônia para que o órgão seja “mais educativo e menos punitivo”. O pedido, segundo ele, foi motivado por diversas reclamações de empresários que, ao consultar o SIF sobre procedimentos corriqueiros de adequação à lei, acabaram sendo multados.

Fonte: Claudivan Santiago

Frente Parlamentar fortalece assistência técnica para agricultura familiar


Foto: Eduardo Aigner/MDA
Fortalecer o diálogo da sociedade com o governo para ampliar o desenvolvimento de políticas públicas de assistência técnica e extensão rural (ATER). Este é um dos objetivos da Frente Parlamentar da Assistência Técnica e Extensão Rural, instalada na manhã desta quarta-feira (23) em Brasília (DF), em solenidade realizada no auditório Nereu Ramos do Congresso Nacional. A Frente é formada por 192 parlamentares.

Durante o encontro, a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Márcia Quadrado, destacou os avanços da assistência técnica para a agricultura familiar nos últimos oito anos, que culminaram com a aprovação da Lei Geral de ATER, em vigor desde 2010. “Essas políticas foram criadas e constituídas graças a um trabalho do Governo Federal e do Parlamento em conjunto com as organizações da sociedade civil”, lembrou a secretária.

Desde 2003, quando o MDA assumiu a gestão das políticas públicas de ATER, o número de produtores familiares atendidos era de 160 mil. Em 2009, o número chegou a 1,9 milhão. “A consolidação e a institucionalização desta política em 2010, através da Lei Geral de ATER, criou condições para o desenvolvimento de um serviço continuado com foco na efetividade e em seu resultado”, ressaltou Márcia Quadrado. A secretária afirmou que a consolidação da Lei, aliada a outras políticas públicas do Ministério, é importante para o esforço conjunto de governo e sociedade para erradicar a extrema pobreza no País.

A Lei Geral de ATER, definiu que a prestação dos serviços seja feita por meio de chamadas públicas. Desde sua implantação,foram realizadas 156 chamadas públicas para atender agricultores familiares, mulheres, indígenas e quilombolas. Hoje, mais de 450 entidades de ATER estão credenciadas no MDA para participar do processo de seleção.

Qualidade de vida no campo
O diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Argileu Martins da Silva, afirmou que as ações da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para Agricultura Familiar (Pnater), instituída pela Lei Geral de ATER, garante a melhoria da vida no campo. “Vivemos um momento onde a transferência de tecnologia e a modernização do campo permitem ao Brasil aumentar a produção e garantir a segurança alimentar.”
O coordenador para a implantação da Frente Parlamentar, deputado Zé Silva (PDT/MG), destacou que um dos objetivos da Frente é ampliar e fortalecer as ações de assistência técnica e extensão rural. “O propósito da Frente é servir de elo entre o Congresso, a sociedade e o executivo, permitindo que demandas sejam atendidas ao mesmo tempo que se coloca este debate na pauta nacional”.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social MDA/Incra 

Mais Alimentos e Agricultura Familiar garantem espaço na Agrobrasília

Foto: Wania Ressutti

O coordenador do Programa Mais Alimentos, Hercílio Matos, recebeu nesta quarta-feira (23) o secretário de Agricultura do Distrito Federal, Lúcio Valadão, o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/DF), Reinaldo Pena Lopes, e os coordenadores da feira Agrobrasília, Ronaldo Triacca e Carlos Vitor Silva, para definir a participação do Mais Alimentos na quarta edição do evento. A 4º Agrobrasília acontece de 17 a 21 de maio, no PAD-DF.

Além da participação do Mais Alimentos, foram discutidos a exposição de máquinas agrícolas para visitação dos agricultores familiares na feira e a elaboração de uma agenda para os representantes dos países africanos que assinaram o acordo Mais Alimentos África.
Estiveram presentes, também, na reunião, o  coordenador do espaço Agricultura Familiar na Agrobrasília, Ricardo Luz, e o extensionista da Emater/DF, Lucio Flávio da Silva.

Fonte:Assessoria de Comunicação Social MDA/Incra 

quarta-feira, 23 de março de 2011

Secretários estaduais de Agricultura pedem urgência na votação do Código Florestal

Foto: Agência Câmara
Brasília, 23/março – A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), presidida pelo deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO), ganhou nessa segunda-feira mais um importante apoio na sua luta pela aprovação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados. Uma comitiva do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri) entregou ao presidente da Câmara, Marco Maia, uma carta reforçando o apelo da sociedade brasileira pela votação urgente do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

Segundo a presidente do Conseagri, Tereza Cristina Corrêa, em junho, 90% dos produtores irão entrar na ilegalidade. Por isso, a urgência da votação. O conselho pede que a proposta apresentada pelo deputado Aldo Rebelo seja colocada em pauta antes de junho. “O que os produtores rurais do país desejam com a aprovação do novo código é que eles possam produzir com a mesma liberdade de seus concorrentes em todo o mundo, respeitando o meio ambiente e com todas as garantias de sustentabilidade”, diz a entidade.

O Conseagri argumenta, ainda, que “num mundo em que a escassez de produtos é um horizonte anunciado por todos, o Brasil não pode e não deve prejudicar de modo tão grave sua economia rural que é um patrimônio de todos”.

Moreira participou de reunião com os 27 secretários estaduais de Agricultura pela manhã e da solenidade na Presidência da Câmara, à tarde, e disse que a mobilização de toda a sociedade é ponto crucial para a aprovação do CF. “Essa iniciativa do Conseagri demonstra o quanto é importante mudar a legislação ambiental. É uma questão que envolve a vida de todos nós, pois estamos falando da produção de alimentos, algo essencial à vida. Esperamos que mais entidades sigam este exemplo e venham somar esforços conosco, pois é uma luta de todos os cidadãos e cidadãs brasileiros”, ressaltou.

O deputado fez uma referência especial ao secretário de Agricultura de Rondônia, Anselmo de Jesus, lembrando que ele “tem sido um grande parceiro do produtor rural”. Moreira adiantou que confia na seriedade do presidente Marco Maia e no seu compromisso (firmado com a bancada produtora de alimentos) de colocar a matéria em votação.

Além do deputado, também estavam presentes na entrega da carta ao presidente Marco Maia os secretários de Agricultura do Mato Grosso, Gilson Francisco da Silva, e de Minas Gerais, Elmiro Alves.

Claudivan Santiago e Karine Ractz

Emater-RO presente no lançamento da Frente Parlamentar de Ater

a Frente Parlamentar é um instrumento de apoio e
valorização dos serviços de ater e do extensionista.
O Secretário executivo da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO), Elisafan Batista de Sales, participa hoje, 23, em Brasília, da instalação da Frente Parlamentar de Assistência Técnica e Extensão Rural. A solenidade oficial aconteceu nesta manhã, no salão Nereu Ramos, da Câmara Federal, durante a programação da 40.ª Assembleia Geral da Asbraer Associação Brasileira das Entidades Públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e 2.º Fórum de Dirigentes das Entidades de Ater, iniciado no dia 21. Os dirigentes das instituições públicas de ater participam ainda da discussão do novo código florestal.

A Frente Parlamentar de Assistência Técnica e Extensão Rural foi proposta pelo deputado José Silva. Zé Silva como é chamado pelos colegas extensionista é funcionário de carreira da Emater-MG e já ocupou a presidência da Asbraer. Como grande conhecedor da causa extensionista tem buscado na Câmara Federal defender os interesses das instituições de ater, dos profissionais e dos agricultores familiares.

Segundo o deputado, com a Frente Parlamentar de Ater “toda  a sociedade terá a oportunidade de conhecer mais profundamente a importância e as funções que as empresas públicas do setor têm para o desenvolvimento rural sustentável, como a criação e promoção de políticas públicas para a melhoria da qualidade de vida das populações do campo e dos pequenos e médios municípios do País”.

Sales foi a Brasília acompanhado do coordenador técnico e de planejamento da Emater, José Tarcísio Batista Mendes e levou ao encontro anual da Asbraer as novas perspectivas para as ações de assistência técnica e extensão rural em Rondônia.

Para Sales a Emater tem que estar cada vez mais próxima do campo, por isso a instituição de Rondônia vem passando hoje, por uma reforma estrutural que, segundo o próprio secretário, estará aproximando mais os extensionistas e os serviços de ater do agricultor familiar. Segundo ele, esse processo de reconstrução trará maior visibilidade às ações e maior resultado para o homem, a mulher e o jovem no campo.

O secretário diz ainda que a Frente Parlamentar, que está sendo instalada, é mais um instrumento de apoio e valorização dos serviços de ater e do extensionista e vem somar força com a Nova Lei de Ater instituída no ano passado.

Seguindo a programação de encerramento da Assembléia Geral da Asbraer, os participantes, representantes das instituições públicas de ater estarão discutindo, junto com o relator, deputado Aldo Rabelo, o novo código florestal.

Wania Ressutti/Emater-RO

Penedo recebe um módulo do Programa Alagoas Mais Peixe nesta terça-feira

Grupo de 20 agricultores será beneficiado com o módulo
do Programa Alagoas Mais Peixe (foto: Ascom/Seagri)
 
Um grupo de 20 agricultores familiares do município alagoano de Penedo, na região do Baixo São Francisco, recebe, nesta terça-feira (22), um módulo do Programa Alagoas Mais Peixe.


O objetivo é promover a produção de alimento saudável no campo, a baixo custo, e a comercialização do pescado para geração de renda. Os agricultores selecionados vão trabalhar de forma associativa e receber do Estado, por meio de uma permissão de uso, 34 tanques-rede, balanças, freezer, cordas, oxímetro, boia, um barco, alevinos da espécie tilápia e ração para os primeiros meses de crescimento dos alevinos.



Coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), o Programa Alagoas Mais Peixe tem o apoio do setor canavieiro, que cede as barragens de irrigação da cana-de-açúcar para implantação dos tanques-rede onde os peixes são criados. Nessa primeira fase, apenas 3 dos 34 tanques são instalados.



Em Penedo, os tanques-rede serão instalados na barragem da Usina Paísa. “Até agora, 12 módulos do programa já foram implantados em todo o Estado, tanto em barragens de usinas quanto em barragens e açudes comunitários, onde foram identificados e selecionados grupos que já praticam a pesca”, informou o oceanólogo Ricardo Nonô, gestor do programa.



“É determinação do governador Teotonio Vilela que os agricultores familiares com vocação para a atividade ou que morem nas regiões onde há barragens recebam apoio, e é isso o que o Alagoas Mais Peixe vem fazendo”, comentou o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas.



De acordo com o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Edson Maruta, a capacidade de produção dos 34 tanques-rede pode chegar a 7 ou 8 toneladas de peixe. “O programa, no total, vai disponibilizar 720 tanques-rede e beneficiar diretamente 400 famílias em todo o Estado”, frisou Edson Maruta.



Diogo Barros/Seagri-AL

Secretário da Emater participa de Fórum das entidades de Ater

Elisafan Batista de Sales é secretário executivo da Emater-RO
O secretário executivo da Emater, Elisafan Batista de Sales encontra-se em Brasília para participar da 40.ª Assembleia Geral da Associação das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e 2.º Fórum de Dirigentes das Entidades de Ater. A Asbraer é o órgão que agrega as instituições de ater de todo o País. Recém empossado na Emater Rondônia, Sales representa a entidade levando a responsabilidade de uma instituição comprometida com o desenvolvimento da agricultura familiar sustentável.

A 40.ª Assembleia Geral da Asbraer e 2.º Fórum de Dirigentes das Entidades de Ater, realizados nos dias 21, 22 e 23, em Brasília-DF, reuniu representantes das instituições de ater dos 27 estados brasileiros para discutir o cenário da política de extensão rural no país e eleger o novo presidente nacional da entidade.

As instituições de ater no país têm prestado seus serviços com muita eficiência e responsabilidade. Mais de 50 por cento dos contratos através das chamadas públicas, do governo federal, foram feitos com essas instituições. A Emater-RO foi contratada para cinco chamadas, o que representa mais de 90 por cento das chamadas na região.

Para o secretário esse encontro vem somar os esforços de cada instituição na efetivação do desenvolvimento produtivo e econômico do setor agropecuário do País e demonstra a predisposição para o enfrentamento dos grandes desafios que ora se apresentam, como: a situação de vulnerabilidade social, de pobreza rural, de insegurança alimentar e do crescente êxodo rural e de degradação ambiental das propriedades rurais.

A assistência técnica e extensão rural, já fortalecida com a nova Lei de Ater (Lei n.º 12.188), ganha agora mais um instrumento de apoio. Será instalada amanhã, 23, a Frente Parlamentar de Assistência Técnica e Extensão Rural. O secretário da Emater-RO estará presente.

Wania Ressutti/Emater-RO

Emater e Banco do Brasil discutem parcerias para beneficiar agricultor familiar

Uma das propostas da Emater está na criação de
unidades referenciais que atendam aos 52 municípios
do Estado. (Foto: Irene Mendes)
O secretário adjunto da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), Francisco Mende Sá Barreto Coutinho, recebeu em seu gabinete, na manhã desta terça-feira, 22, o superintendente do Banco do Brasil, Rodrigo Nogueira. Acompanhado do coordenador de administração e finanças, Dr. Hermes José Dias Filho, e técnicos da Emater, o secretário discutiu com o superintendente, parcerias para investimento no setor agropecuário do Estado. Uma das propostas da extensão é levar ao pequeno agricultor tecnologias como: transferência de embriões em gado leiteiro e manejo de pastagens.

O Banco do Brasil sempre tem sido parceiro da Emater no incremento de ações agropecuárias e ambientais em Rondônia. A busca por uma nova parceria parte da vontade da atual administração em alocar recursos para desenvolver projetos que não apenas agreguem valor ao produto da pequena propriedade, mas que qualifique a produção e permita abrir novas frentes de mercado.

Uma das propostas da Emater está na criação de unidades referenciais que atendam aos 52 municípios do Estado. Nessas unidades seriam desenvolvidas atividades que tecnifiquem, qualifiquem e torne a produção de Rondônia competitiva perante o mercado interno e externo. “O agricultor necessita de investimentos que garantam não só a produção, mas a comercialização de seu produto”, diz Francisco.

A prioridade de investimento no estado, hoje, é a implementação na produção de leite, a fim de acelerar o processo de melhoria do animal. A implantação das unidades referenciais contribuiria muito para esse processo, inclusive levando tecnologias como a transferência de embriões, onde os resultados são imediatos. Para essa ação a Emater se propõe a elaborar os projetos e oferecer toda a assistência técnica necessária para o desenvolvimento da atividade, enquanto que o Banco do Brasil arcaria com as despesas do manejo de pastagem e o agricultor seria o responsável pela compra dos embriões. Com isso, em pouco tempo seria possível obter animais geneticamente melhorados com produção e produtividade eficiente e de qualidade.

Outro interesse do governo estadual é investir fortemente no crescimento da piscicultura. “Hoje essa atividade se torna cara e nem todo agricultor tem gancho para investir”, diz o secretário adjunto da Emater, lembrando que para isso seria preciso atrair novos investimentos que garantam a comercialização da produção.

O superintendente do Banco do Brasil falou do projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável (DRS), onde a instituição apóia as atividades produtivas, identificando as potencialidades nas diferentes regiões em que atua.

O DRS é uma estratégia de negócio que busca impulsionar o desenvolvimento sustentável, apoiando atividades economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas, sempre observando e respeitando as diversidades. Essa ação encaixa perfeitamente no perfil de atuação da Emater junto aos agricultores familiares e seria um caminho para que novos projetos pudessem ser desenvolvidos.

Ao final da reunião tanto Emater quanto Banco do Brasil ficaram de estudar as propostas apresentadas a fim de buscar viabilidade econômica e financeira visando ampliar a oferta de benefícios e incremento à produção da agricultura familiar.

Wania Ressutti/Emater-RO

terça-feira, 22 de março de 2011

Unidade Referencial leva conhecimento e tecnologia a assentamento

Estão programadas diversas capacitações voltadas
para o segmento agroecológico.
O Projeto de Assentamento Florestal (PAF) Jequitibá, em Porto Velho, ganhou uma Unidade Referencial Comunitária da Agricultura Familiar. Trata-se de um projeto desenvolvido por extensionistas da Assistência Técnica e extensão Rural do estado de Rondônia (Emater) em consonância com a comunidade local. A busca pela parceria para implantação do Projeto viabilizou recursos na ordem de 163 mil reais e vai levar conhecimento e tecnologia aos assentados.

Transformar a realidade das famílias que habitam em projetos de assentamento, tornando-as unidades de produção reestruturadas e segurança alimentar garantida é uma das propostas para a criação da unidade referencial comunitária da agricultura familiar no PAF Jequitibá.
Lançada oficialmente ao final de fevereiro deste ano, o Projeto prevê ainda, disseminar conhecimentos e tecnologias sustentáveis para a agropecuária, através de capacitações, formação social, assistência técnica e fortalecimento das organizações sociais, produtivas e comerciais.
Para propor a implantação do Projeto de Unidade Referencial Comunitária da Agricultura Familiar, extensionistas Emater, inserido no Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (Ates), contratado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), trabalharam durante todo o ano de 2010, levantando junto à comunidade, suas necessidades e seus anseios. “O Projeto foi desenvolvido buscando atender à demanda da comunidade local”, diz o técnico em agropecuária, Marcos Rodrigues Gomes da Silva.

A assistente social e extensionista da Emater, Shalimar Alcântara, conta que para implantar o projeto na comunidade foi preciso buscar parcerias. O orçamento geral do Projeto deverá investir recursos financeiros na ordem de R$ 163.927,40, em ações de mobilização da comunidade, plano de comunicação, capacitação e implantação da unidade referencial. São parceiros deste Projeto, além de Emater e Incra, a Fundação Banco do Brasil, o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro) a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri) e a Associação Rondoniense de Manejo Florestal.

A área em que se propõe a instalação da unidade se constitui em dez hectares, localizado no Pólo Produtivo e Agrovila Boa Esperança, e deverá atender as 70 famílias ali assentadas. “Desde o início do ano a equipe de ates já vem desenvolvendo um trabalho de mobilização e sensibilização com esses agricultores familiares, através de reuniões, palestras, oficinas entre outras metodologias”, diz a extensionista.

Marcos explica que agora, passada essa fase, será dado início à capacitação dos agricultores, fator muito importante para que a atividade venha obter o sucesso desejado. Estão programadas para o mês de abril, diversas capacitações voltadas para a agroecologia. Neste primeiro módulo serão oferecidas capacitações em associativismo, administração rural, manejo e conservação do solo, agroecologia, economia solidária e produtos florestais não madeireiros. “As capacitações serão realizadas no Campus do Ifro, em Ji-Paraná, onde os agricultores terão a oportunidade de dialogar com os professores e vivenciar as práticas tecnológicas”, diz.

Também em abril deverá começar a demarcação das áreas a serem trabalhadas na unidade, para dar segmento à preparação da terra, implantação de sistemas de irrigação e implantação das culturas, no decorre dês ano.

Wania Ressutti/Emater-RO

Plano de Recuperação ganha força em assentamento em Rondônia

Estrada recuperada: a força dos agricultores familiares
resultou em ação para a comunidade.

O Projeto de Assentamento União, localizado em Vale do Jamari, no município de Machadinho do Oeste, já está sendo beneficiado com o Plano de Recuperação em Assentamentos (PRA). O serviço foi contratado pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no ano passado, com o objetivo de prestar assessoria técnica, ambiental, econômica e social (ates) em projetos de assentamento. Elaborado por extensionistas da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), junto aos agricultores familiares o PRA ganhou força após encontro dos agricultores familiares locais com as autoridades competentes.

O PRA foi elaborado através de metodologias participativas, que identificaram as necessidades levantadas pelos agricultores familiares locais. “Com vários problemas ocorrendo no assentamento era preciso buscar soluções imediatas e, para isso, foi formada uma comissão, pelos próprios assentados, para levar às autoridades a situação do local”, diz a extensionista da Emater, Joana Rodrigues Pereira da Silva.

O encontro com a comissão reuniu, no dia 24 de fevereiro, na comunidade Santa Rita/Serrinha, agricultores do assentamento, secretários municipais e representantes da agricultura, saúde, ação social, obras e educação, além de representantes da Secretária de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Sustentável.

Segundo a extensionista Joana, a força da agricultura familiar no município de Machadinho do Oeste está se desenvolvendo positivamente com a aplicação do PRA. O destaque veio depois da reunião de apresentação dos problemas para os secretários e demais convidados. Ela explica: “com o empenho da comissão e os representantes das áreas social, econômica, ambiental e infra-estrutura, o secretário municipal de obras, Paulo Henrique, já enviou os maquinários para dar início à recuperação das estradas nos pontos mais críticos do Projeto de Assentamento. A secretária municipal de ação social, Daniela Castro de Oliveira, também se colocou a disposição para realização de cursos e apoio ao Plano de Recuperação do Assentamento e o secretário municipal de agricultura prontificou-se em contribuir no que for possível para ajudar na recuperação do assentamento”.

A comissão formada pelos agricultores que se prontificaram a buscar soluções para os problemas da comunidade do Projeto de Assentamento União, contaram com o apoio da Emater e Incra, através da equipe do Programa de Ates. Mas partiu deles a iniciativa de levar a realidade local ao poder público do município de Machadinho D’oeste e cobrar as soluções cabíveis. Agora resta aguardar e acompanhar o andamento das ações que promoverão a melhoria da qualidade de vida das famílias que residem no local.

Wania Ressutti/Emater-RO 

Cati faz ensaios com cultivares de arroz na região de Avaré

A Cati - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - vem promovendo uma série de encontros, dias de campo e reuniões técnicas sobre o cultivo de arroz. Essas ações fazem parte da Ação Governamental Arroz Paulista de Qualidade, que tem os objetivos de identificar novos cultivares com maior aceitação pela indústria e incentivar a produção. Para isso, alguns campos de demonstração foram montados em regiões onde a rizicultura é mais praticada, entre elas a região de Avaré, onde ocorreu, recentemente, uma reunião técnica para avaliar ensaios de arroz sob pivô central. A reunião contou com 35 particpantes entre produtores, técnicos e representantes de indústrias.

O encontro foi promovido pelo Núcleo de Produção de Sementes de Avaré, pertencente ao  Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM-CATI) e aconteceu na Fazenda Taquari, propriedade do rizicultor Geert Van Den Broek. Na ocasião, foram avaliados 24 materiais próximos ao ponto de colheita, sendo 18 comerciais e 6 linhagens: IAC 202, IAC 201, IAC 2005 e IAC 2009, desenvolvidos pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC/SAA), EPAGRI 109 (Epagri-SC), ANA 9001, AN BEST 2000, AN Cambará, AN Jatobá (AgroNorte-Sinop-MT), IRGA 409, IRGA 417 (Instituto Riograndense de Arroz-RS), BRA 032048, BRA 052023, BRA 052033, BRA 052045, BRS Caravera, BRS Fronteira, BRS Tropical, BRS Pepita, BRS Sertaneja, BRS Sinuelo CL, BRS Taim, BRS Atalanta e BRS Querência (Embrapa CNPAF - Santo Antonio de Goiás-GO e Embrapa Clima Temperado - Pelotas-RS).

Segundo o engenheiro agrônomo Rubens Yamanaka, técnico do Núcleo (NPS-DSMM-CATI), o objetivo é identificar cultivares de arroz de ciclo curto, resistentes ao ataque de pragas e doenças, reduzido acamamento e com tipo de grão aceito pelo mercado consumidor. De acordo com Vilson De Vechi, diretor do Núcleo de Produção de Sementes de Avaré, os próximos passos são a colheita de cada material, a avaliação de campo e a avaliação da qualidade industrial. A partir daí serão feitas as conclusões e o envio dos resultados aos participantes. "Temos dois ensaios, um de setembro e outro de novembro de 2010, em épocas diferentes de plantio. Assim, poderemos avaliar melhor o comportamento de cada material", explica De Vechi.

O diretor de uma conhecida indústria de Porto Ferreira (SP), Lázaro Moreto, participou da reunião e parabenizou a CATI e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento pela iniciativa dos ensaios e pelo fortalecimento do setor com a criação do Programa Arroz Paulista de Qualidade. Moreto também ressaltou que apesar das dificuldades dos rizicultores paulistas, acredita na melhoria do mercado e dos preços pagos ao produtor. Para o engenheiro agrônomo Adriano Bussolaro, da AgroNorte, estas ações da CATI são fundamentais para apoiar e estimular os rizicultores paulistas. "Por outro lado, a produção de sementes de arroz de alta qualidade e baixo custo para os pequenos e médios produtores e agricultores familiares é importante para incentivar o crescimento da área plantada de arroz em terras paulistas", disse.

Para o rizicultor Geert Petrus Van Den Broek, conhecido como Geraldo Broek, esses eventos que vem sendo realizados pela CATI permitem que o produtor rural conheça novas cultivares mais adaptadas ao clima e solo da região, com maior potencial de produtividade por área e aceitabilidade pelo mercado consumidor. “É viável investir em novas cultivares que vão bem irrigadas sob pivô central e o trabalho da CATI, em parceria com a indústria e os rizicultores, é fundamental para a melhoria do setor”, afirma o produtor, que é descendente de holandeses e acredita que a produção de arroz no Estado de São Paulo deve melhorar. A cultivar mais plantada na região é a IAC 202, cuja produtividade gira em torno de 6.500 a 7.000kg/hectares e apresenta boa qualidade de grão.

Flávio Broek, produtor de Cerqueira César, vê boas perspectivas: "o arroz veio para ficar e serve bem à rotação de culturas, principalmente, com o feijão, diminuindo as doenças de solo na cultura e podemos ganhar com arroz e com feijão”. Para Flávio, o trabalho da CATI é muito importante porque alguns materiais se destacam nos ensaios e, em um futuro próximo, poderão ser utilizados pelos rizicultores.

Fonte: Cati-SP

Sementes adquiridas pelo governo do Estado são analisadas em laboratório da Dipap/Ufal

Objetivo é atestar a qualidade do produto que será distribuído para cerca de 70 mil agricultores familiares em todos os 102 municípios.

Sementes são analisadas por técnicos da Diretoria de Pesquisa
Agropecuária (foto: Ascom/Seagri)

As sementes adquiridas pelo governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), para distribuição a cerca de 70 mil agricultores incluídos no Programa de Sementes são analisadas por técnicos da Diretoria de Pesquisa Agropecuária (Dipap), num laboratório que fica no Centro de Ciências Agrárias (Ceca) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).


O objetivo da análise é atestar a qualidade do produto, que será distribuído em todos os municípios do Estado para garantir a safra de grãos de 2011. Este ano, o governo pretende distribuir 1 mil toneladas de sementes de feijão, arroz, milho, algodão, mamona e sorgo.


De acordo com a responsável pelo laboratório, a engenheira agrônoma da Seagri Noêmia Schwartz Gama de Carvalho, atualmente estão em análise 44 amostras. “Nossos técnicos avaliam, entre outros itens, a capacidade de germinação”, disse.


Ela informou que o resultado da análise das sementes já adquiridas pelo Estado, por meio de licitação, deve sair na próxima segunda-feira (21). “Nós trazemos um certificado de análise para a Seagri, que o encaminha à Procuradoria Geral do Estado (PGE)”, explicou.


Ela disse também que as análises feitas nas sementes adquiridas pelo governo do Estado em anos anteriores sempre comprovaram a qualidade do produto. “O governo Teotonio Vilela sistematizou o Programa de Sementes, que está mais organizado, tem um cronograma, tem mais transparência”, afirmou Noêmia Schwartz Gama de Carvalho.


Parceria – Segundo ela, o trabalho de análise das amostras que chegam ao laboratório é feito em parceria entre técnicos da Diretoria de Pesquisa Agropecuária (Dipap) da Seagri e do Ceca/Ufal.


Ela esclareceu que, com a extinção da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Alagoas (Epeal) – de onde ela e outros servidores que hoje estão na Seagri são oriundos – o laboratório que pertencia à empresa foi instalado no Ceca/Ufal e, atualmente, realiza trabalhos em parceria com a universidade.


Segundo o diretor da Dipap, o engenheiro agrônomo Josival Almeida, foi firmado um convênio com a Ufal para instalação do laboratório no Ceca. “Como os trabalhos são feitos em parceria, hoje o Estado de Alagoas não paga mais para fazer análise de sementes”, esclareceu o diretor.


“Quando algum agricultor tem dificuldade com as sementes, ele pode recorrer à Seagri, que vai encaminhar a demanda para o laboratório”, frisou Josival Almeida.

Diego Barros/Segri-AL

segunda-feira, 21 de março de 2011

Nivelamento de informações marca reestruturação da Emater-RO


A nova estrutura visa dar maior dinamismo às ações da
extensão. (Foto: Irene Mendes)

Todo início de administração requer uma retomada nas ações políticas e administrativas de uma instituição. Não que isso signifique destituir tudo o que foi feito até então, mas é preciso que se tomem as rédeas para dar segmento a uma nova visão de administrar.

Com o objetivo de aprimorar as ações da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) a nova diretoria reuniu os novos supervisores regionais para repassar informações que alinharão a nova política administrativa da instituição.

A Emater mantém hoje, 82 unidades administrativas nos 52 municípios do Estado, incluindo uma unidade Central e uma Usina de Nitrogênio em Porto Velho e um Centro de Treinamento em Ouro Preto do Oeste. A nova estrutura deverá incluir mais seis unidades que atuará como escritórios regionais em seis localidades estratégicas do Estado.

Os municípios que serão contemplados com os escritórios regionais são: Porto velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Rolim de Moura e Colorado do Oeste. Segundo o coordenador técnico e de planejamento da Emater, José Tarcísio Batista Mendes, a retomada dos escritórios regionais irão dar uma nova visibilidade e agilidade na prestação de serviços ao público beneficiário.

Sales: "o que está dando certo deve
continuar". (Foto: Irene Mendes)
O secretário executivo da Emater, Elisafan Batista de Sales, conta que a atual estrutura se encaixa na estrutura criada pelo governo estadual que tracejou o Estado com base nos territórios mapeados pela esfera federal. Essa estrutura vai facilitar as ações e dará maior mobilidade aos projetos a serem executados pela instituição.

A reunião de nivelamento com os supervisores foi realizada no escritório central da Emater, em Porto Velho. Conduzida pelo coordenador Tarcísio, foi acompanhada de perto pelo secretário adjunto Francisco Mende Sá Barreto Coutinho. “A Emater tem que se preparar tecnicamente para enfrentar os novos desafios”, diz o secretário.

Durante as atividades José Tarcísio apresentou os programas trabalhados pela instituição e as áreas estratégicas a serem incrementadas no setor, como por exemplo, atenção diferenciada ao agricultor familiar e incentivo à agroindustrialização, entre outros.

Enquanto discutiam as novas estratégias de ação para a assistência técnica e extensão rural, os supervisores receberam a visita do secretário Sales, acompanhado dos secretários de Estado da Agricultura, Anselmo de Jesus e de seu adjunto, Antonio Deusemínio.



Sales disse estar “buscando reconstruir o processo de ater com as mesmas ferramentas que a sociedade nos cobra”. O secretário enfatizou ainda que é um funcionário da casa e o fato de estar secretário não muda essa sua condição e que o seu desejo é que a Emater possa cumprir sua missão, com dignidade e eficiência, por isso, “aquilo que vem dando certo, os programas que estão funcionando bem, vão continuar”, diz salientando que novos poderão aparecer, de acordo com a necessidade e condição de execução.


É preciso valorizar o trabalho em parcerias,da coletividade
e das parcerias. (Foto: Irene Mendes)
Ao se apresentar à equipe da Emater o secretário Anselmo falou da necessidade de se valorizar o trabalho em equipe, da coletividade e da parceria e enfatizou que “quem define os programas que devem ser trabalhados na agricultura, são os agricultores. São eles que nos orientam o caminho a seguir. Cabe a nós levar as tecnologias que satisfaçam as suas necessidades”.

Para o secretário adjunto da agricultura, Antonio Deusemínio, “é preciso apostar no agricultor empreendedor e o pequeno agricultor precisa ter em mente esse pensamento de empreender, de planejar, de se organizar”.

Por fim, os secretários da Emater, Sales e Francisco lançaram um desafio à nova equipe: Trabalhar com sustentabilidade sem esquecer o desenvolvimento econômico e social.

Wania Ressutti/Emater-RO

sexta-feira, 18 de março de 2011

PNAE incentiva agricultores familiares a produzir

Agricultores venderão seus produtos para abastecer
a merenda escolar.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) está adquirindo alimentos produzidos por 15 agricultores familiares do município de Alta Floresta do Oeste. O contrato foi assinado em janeiro e garantirá ao aos agricultores 60 mil reais em venda de alimentos. Os alimentos complementarão a merenda escolar das escolas e creches municipais.

O PNAE é um programa do Ministério da Educação que garante a alimentação dos alunos da rede básica de educação através da transferência de recursos financeiros oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. O principal objetivo é atender as necessidades nutricionais desses alunos durante a sua permanência na escola, contribuindo para seu crescimento com uma alimentação saudável e consequente aprendizagem e maior rendimento escolar.

Produtos beneficiados também poderão ser adquiridos.
O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no censo escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. Em 2009 o PNAE determinou, através da Lei n.º 11947, que 30% desse repasse seja utilizado na compra de produtos da agricultura familiar, diretamente do empreendedor familiar ou de suas organizações.

Assessorados pela Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), 15 agricultores familiares de Alta Floresta do Oeste estão produzindo ou beneficiando e vendendo alimentos como: abacaxi, abobora verde e madura, alface, batata doce, biscoito de polvilho, colorau, couve, feijão, iogurte, laranja, mandioca, mel, pepino, rapadura, repolho, tomate, e cural.

Para dar suporte aos agricultores a Emater, através de seus extensionistas, tem orientado na organização para comercialização dos produtos; emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que torna o agricultor apto a obter financiamentos da linha do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar e Assessora na implantação de agroindústrias para beneficiamento de sua produção.

A parceria com prefeituras municipais, através de suas secretarias municipais de educação é muito importante para o sucesso do programa, pois a eles cabe efetuar a compra direta que irá alimentar as crianças nas escolas, mas a participação e aceitação dos produtores nesse processo têm especial deferência. São eles que produzem o alimento e o tem feito com qualidade.

O contrato assinado garantirá 60 mil reais para compra de
produtos da agricultura familiar.
A assinatura do contrato para aquisição de produtos da agricultura familiar garantirá a compra de 60 mil reais em alimentos, dinheiro esse que vai direto para a mão do agricultor, garantindo uma elevação da renda familiar.

“Todo esse processo tem também como objetivo atender as necessidades nutricionais dos alunos, bem como a formação de hábitos alimentares saudáveis”, diz a extensionista social da Emater, Maria Célia de Souza Machado.


Através desse programa busca-se ainda, promover o desenvolvimento sustentável do seguimento rural, incentivando os agricultores familiares na produção e diversificação de alimentos com produtos regionais e agregação de valores no processamento dos alimentos, além de gerar novos empregos, melhorar a qualidade de vida e promover o exercício da cidadania entre os agricultores familiares.

Wania Ressutti/Emater-RO