quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Municípios do Litoral Norte querem resgatar o turismo rural

O passeio por trilhas ecológicas é um desejo dos turistas que visitam
a região (foto: Arquivo/Seagri) 


Os municípios do Litoral Norte alagoano desejam resgatar o turismo rural, com foco em passeios por fazendas históricas, paisagens de coqueirais, mata atlântica, flores tropicais, nascentes de rios, banhos e degustação de comidas típicas e frutas. Para isso, o poder público está se articulando com agricultores, fazendeiros e entidades envolvidas na atividade.

Como parte deste esforço para resgate do turismo pelas regiões mais distantes, esquecidas e com beleza de potencial similar ao das praias, foi realizada esta semana, em São Miguel dos Milagres, a 1ª Cavalgada Ecológica.

A ação contou com o apoio da Prefeitura Municipal, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal).

Cerca de 200 cavaleiros fizeram a trilha, que saiu do município em direção à Fazenda Alecrim, passou pela Fazenda Boa Sorte, pela Fazenda Triunfo e retornou à cidade.

De acordo com o engenheiro agrônomo Antônio Barbosa, da Seagri, um dos objetivos da cavalgada também foi a conscientização sobre a preservação do meio ambiente, os riscos das queimadas para a natureza e para as pessoas, o desmatamento das matas ciliares, poluição das nascentes e dos rios.

Segundo o engenheiro agrônomo Tertuliano Sobral Moreira, gerente da Seagri no Litoral Norte, o melhor exemplo de incentivo ao turismo rural na região ocorre no município de Maragogi. “Lá, através de uma parceria entre a Cooperativa dos Produtores Agrícolas (Coopeagro), formada por assentados da reforma agrária, uma ONG italiana, a Petrobras, o poder público e o segmento produtivo, os passeios pela área rural já são possíveis”, explicou Tertuliano.

“Os turistas que vêm de outras regiões e de outros países têm esse desejo de conhecer as paisagens da zona rural, não só as praias, mas também fazer trilhas, degustar comidas típicas, comer tapioca diretamente nas casas de farinha, comer frutas em pomares, conhecer comunidades quilombolas, sua história, seu modo de vida e o artesanato local”, destacou o gerente da Seagri.

Ele explicou que é necessária uma articulação entre o poder público municipal, estadual e o segmento interessado, havendo também capacitação para formação de profissionais aptos a essa atividade, como guias conhecedores do ecoturismo.


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