O projeto visa melhorar a qualidade de vida das comunidades quilombolas através do incentivo ao resgate cultural e da execução de políticas públicas que contribuam eficientemente para a evolução física e social dessas regiões
Através da ação da rede temática de Ater no Quilombo e da continuação do Projeto Ater no Quilombo, desenvolvido pela Diretoria de Educação e Extensão Rural-DIEEX, do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí-Emater/PI, nove comunidades da região do Vale do Rio Canindé receberão entre 13 a 22 de dezembro, os Planos de Desenvolvimentos das Comunidades Quilombolas.
O projeto visa melhorar a qualidade de vida das comunidades quilombolas através do incentivo ao resgate cultural e da execução de políticas públicas que contribuam eficientemente para a evolução física e social dessas regiões. As comunidades: Algodões, Volta, Tranqueira, Paquetá, Potes, Angical, Canto, Canadá e Queiroz, serão beneficiárias deste processo e totalizam cerca de 703 famílias remanescentes de quilombo.
O projeto Ater no Quilombo, através de parceria com a Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas-CECOQ-PI, e do convênio Emater/MDA, existente desde 2004, entregará o Plano de Desenvolvimento, que trata-se do documento completo de todas as dimensões de desenvolvimento, uma proposta em todos os parâmetros da vida comunitária das comunidades envolvidas, onde elas expressam seus desejos e visão de futuro. São necessidades que vão desde a questão da educação, melhoria da habitação, saúde, questão ambiental, econômica, até o campo sócio-cultural e político organizacional.
Como funciona o processoA execução desses Planos é resultado de um processo que se inicia com a escolha das comunidades beneficiadas através da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas-CECOQ-PI, que faz a mobilização e sensibilização dos quilombolas. Em seguida são feitas visitas às comunidades para elaboração de diagnósticos rurais participativos, onde são levantadas as necessidades prioritárias das regiões atendidas.
Com o levantamento feito pelos diagnósticos, a equipe do Emater e parceiros começam a desenvolver a elaboração dos Planos de Desenvolvimento, que serão entregues às comunidades, como acontecerá agora nessas nove localidades. Esses Planos apontam as potencialidades de cada região e as dificuldades que sofrem e que limitam seu desenvolvimento.
Segundo a diretora de educação e extensão do Emater, Laura Emília de Carvalho Meireles, a entrega desses Planos é o encerramento desse ciclo, onde o próximo passo será a criação da agenda de compromissos contendo uma Rodada de Negociações na qual os quilombolas, agora assumindo por definitivo os Planos, vão de encontro aos gestores públicos das diversas áreas em questão.
“São os próprios quilombolas que apresentam e negociam as propostas do Plano de Desenvolvimento para as autoridades e gestores públicos, que avaliam e assumem o compromisso de como operacionalizar para que aquele futuro desejado possa realmente acontecer” afirma a diretora.
Exemplo de comunidade que deu certoCustaneira, comunidade quilombola situada entre Picos e Oeiras, é apontada por Laura Emília como exemplo de sucesso na realização desse processo.A diretora relata que a equipe técnica do Emater teve grandes dificuldades de acesso à comunidade devido a falta de vias públicas em estado transitável, além de habitações precárias e falta total de fornecimento de energia.
Atualmente pelo nível de organização da própria comunidade, é possível observar o sistema de abastecimento de energia e melhoramento habitacional expressivo, que juntos tem um papel significativo na mudança da qualidade de vida daquela comunidade.
“É preciso que as pessoas entendam que não estamos fazendo apenas Planos de Desenvolvimento, mas um processo educativo, fazendo com que as comunidades se redescubram e fortaleçam suas organizações, e as associações existentes sejam readequadas para uma Associação de Comunidades Negras Quilombolas.
A diretora de educação e extensão do Emater - PI acrescenta ainda que existem diversas comunidades onde o Plano foi entregue e nas quais os quilombolas sentiram-se incentivados pelo processo, tiveram mais clareza sobre suas necessidades e potencialidades, e onde foi possível estimular nas pessoas o sentimento de orgulho pelas suas tradições culturais. O Plano de Desenvolvimento é uma referência que ajuda a comunidade a pensar estrategicamente como atingir os ideais levantados.
Para Orlando Costa, coordenador do Projeto Ater no Quilombo e articulador da rede temática de mesmo nome, a entrega é uma ação que culmina com a parte conclusiva do Projeto Ater no Quilombo. Esses planos servirão de instrumento para que as comunidades possam fazer suas reivindicações, e com a força de sua organização alcancem suas demandas presentes no documento.
“Para o Emater esse processo é importante porque trás a sensação de missão cumprida, e alcance de mais uma meta da rede temática de Ater no Quilombo, além de ter proporcionado a essas comunidades a oportunidade de mobilizá-los e construir com eles uma caminhada de resgate da identidade cultural e fazer com que executem suas cidadanias”, pontua Orlando.
Astrid Neves/EMATER-PI
O projeto visa melhorar a qualidade de vida das comunidades quilombolas através do incentivo ao resgate cultural e da execução de políticas públicas que contribuam eficientemente para a evolução física e social dessas regiões. As comunidades: Algodões, Volta, Tranqueira, Paquetá, Potes, Angical, Canto, Canadá e Queiroz, serão beneficiárias deste processo e totalizam cerca de 703 famílias remanescentes de quilombo.
O projeto Ater no Quilombo, através de parceria com a Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas-CECOQ-PI, e do convênio Emater/MDA, existente desde 2004, entregará o Plano de Desenvolvimento, que trata-se do documento completo de todas as dimensões de desenvolvimento, uma proposta em todos os parâmetros da vida comunitária das comunidades envolvidas, onde elas expressam seus desejos e visão de futuro. São necessidades que vão desde a questão da educação, melhoria da habitação, saúde, questão ambiental, econômica, até o campo sócio-cultural e político organizacional.
Como funciona o processoA execução desses Planos é resultado de um processo que se inicia com a escolha das comunidades beneficiadas através da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas-CECOQ-PI, que faz a mobilização e sensibilização dos quilombolas. Em seguida são feitas visitas às comunidades para elaboração de diagnósticos rurais participativos, onde são levantadas as necessidades prioritárias das regiões atendidas.
Com o levantamento feito pelos diagnósticos, a equipe do Emater e parceiros começam a desenvolver a elaboração dos Planos de Desenvolvimento, que serão entregues às comunidades, como acontecerá agora nessas nove localidades. Esses Planos apontam as potencialidades de cada região e as dificuldades que sofrem e que limitam seu desenvolvimento.
Segundo a diretora de educação e extensão do Emater, Laura Emília de Carvalho Meireles, a entrega desses Planos é o encerramento desse ciclo, onde o próximo passo será a criação da agenda de compromissos contendo uma Rodada de Negociações na qual os quilombolas, agora assumindo por definitivo os Planos, vão de encontro aos gestores públicos das diversas áreas em questão.
“São os próprios quilombolas que apresentam e negociam as propostas do Plano de Desenvolvimento para as autoridades e gestores públicos, que avaliam e assumem o compromisso de como operacionalizar para que aquele futuro desejado possa realmente acontecer” afirma a diretora.
Exemplo de comunidade que deu certoCustaneira, comunidade quilombola situada entre Picos e Oeiras, é apontada por Laura Emília como exemplo de sucesso na realização desse processo.A diretora relata que a equipe técnica do Emater teve grandes dificuldades de acesso à comunidade devido a falta de vias públicas em estado transitável, além de habitações precárias e falta total de fornecimento de energia.
Atualmente pelo nível de organização da própria comunidade, é possível observar o sistema de abastecimento de energia e melhoramento habitacional expressivo, que juntos tem um papel significativo na mudança da qualidade de vida daquela comunidade.
“É preciso que as pessoas entendam que não estamos fazendo apenas Planos de Desenvolvimento, mas um processo educativo, fazendo com que as comunidades se redescubram e fortaleçam suas organizações, e as associações existentes sejam readequadas para uma Associação de Comunidades Negras Quilombolas.
A diretora de educação e extensão do Emater - PI acrescenta ainda que existem diversas comunidades onde o Plano foi entregue e nas quais os quilombolas sentiram-se incentivados pelo processo, tiveram mais clareza sobre suas necessidades e potencialidades, e onde foi possível estimular nas pessoas o sentimento de orgulho pelas suas tradições culturais. O Plano de Desenvolvimento é uma referência que ajuda a comunidade a pensar estrategicamente como atingir os ideais levantados.
Para Orlando Costa, coordenador do Projeto Ater no Quilombo e articulador da rede temática de mesmo nome, a entrega é uma ação que culmina com a parte conclusiva do Projeto Ater no Quilombo. Esses planos servirão de instrumento para que as comunidades possam fazer suas reivindicações, e com a força de sua organização alcancem suas demandas presentes no documento.
“Para o Emater esse processo é importante porque trás a sensação de missão cumprida, e alcance de mais uma meta da rede temática de Ater no Quilombo, além de ter proporcionado a essas comunidades a oportunidade de mobilizá-los e construir com eles uma caminhada de resgate da identidade cultural e fazer com que executem suas cidadanias”, pontua Orlando.
Astrid Neves/EMATER-PI
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