Transferência de tecnologia e parceria técnico-institucional no desenvolvimento da cadeia produtiva da mandioca serão foco das ações.
Missão técnica de Camarões foi a Alagoas para conhecer cadeia da mandioca (foto: Ascom/Seagri) |
Uma missão técnica da República de Camarões, país da região Centro-Ocidental da África, está em Alagoas para conhecer a cadeia produtiva da mandioca.
Segundo o diretor de Estudos e Conselho da Sociedade Nacional de Investimentos de Camarões (SNI), uma entidade pública, Claude Hand Bahiol, o objetivo é verificar como funciona a cadeia produtiva da mandioca em Alagoas e quais aspectos podem ser transferidos para Camarões, por meio de parcerias.
Na manhã desta quinta-feira (9), ele participou de uma reunião na sede da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) com representantes do governo do Estado, do Sebrae/AL e do Arranjo Produtivo Local (APL) da Mandioca no Agreste, na qual foi feita uma apresentação das ações do APL e da situação atual da mandiocultura.
O gestor do arranjo, Nelson Vieira Ribeiro, destacou que houve aumento na produtividade da mandioca, que passou de 10 para 18 toneladas por hectare. “Este ano, 48 mil sacas de farinha foram compradas pela Conab, beneficiando 650 agricultores”, disse.
Ele ressaltou também que, por meio de parcerias com a Embrapa, é possível indicar 30 variedades de mandioca, tanto para mesa (consumo direto) quanto para a indústria, e que vários produtos são obtidos a partir da mandioca.
O conselheiro da SNI, Claude Hand Bahiol, ficou interessado principalmente nos processos de beneficiamento da mandioca para agregação de valor. Segundo ele, em seu país ela é consumida diretamente, sem processo industrial. “As pessoas envolvidas na produção também são agricultores familiares. Isso é semelhante a Alagoas”, afirmou Claude Hand Bahiol.
Ele se mostrou confiante numa parceria técnico-institucional com o governo de Alagoas e numa parceria para transferência de tecnologia com as empresas do segmento.
Para dar apoio à iniciativa, a missão técnica tem o acompanhamento da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (OnudiI), entidade ligada à ONU e com sede na França.
A representante da Onudi, Marina Ibri Cardoso, ressaltou que a entidade foi procurada pelo conselheiro Claude Hand Bahiol. Em seguida, ela entrou em contato com o Sebrae Nacional, que indicou Alagoas e Paraná como locais para visita e realização de parcerias, pelo bom andamento da cadeia produtiva.
“Aqui, nós estamos vendo todo o processo, desde a parte de produção, comercialização, beneficiamento, pesquisa, variedades até a articulação de parcerias. No Paraná, a visita que ainda vai ocorrer será focada na produção de glucose a partir da mandioca”, destacou Marina Ibri Cardoso.
Acompanharam a apresentação o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas, o secretário adjunto, José Marinho, o diretor de Extensão Rural, Ruy Falcão, o gerente da Seagri em Arapiraca, Rui Palmeira, e o coordenador do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) pela Seplan, Mário Alberto.
Também participaram da reunião o superintendente do Sebrae/AL, Marcos Vieira, a diretora técnica do Sebrae/AL, Renata Fonseca, o gerente Ronaldo Moraes, Carmen Lúcia Lima, do Sebrae Nacional, e Régis Jackson Cavalcante, do Consórcio Intermunicipal de Produção, Industrialização e Comercialização dos Produtos da Agricultura Familiar da Região Agreste (Consiagre).
Diego Barros/Emater-AL
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