quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Emater-RO vence chamadas públicas para serviços de ater

Domingos Antônio Prieto representa secretário da Emater-RO,
durante assinatura,em Brasília-DF (Foto: Wania Ressutti)

Há 39 anos levando ao campo o fortalecimento da agricultura, da pecuária e de todas as ações que visem à melhoria da qualidade de vida do agricultor e suas famílias, a Associação de Assistência Técnica do estado de Rondônia (Emater-RO) apresentou a melhor proposta técnica para atividades de ater no Estado. Selecionada em sete chamadas públicas realizadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em 2011 prestará serviços aos municípios que integram a Operação Arco Verde e o Território de Cidadania. Mais de oito milhões de reais serão liberados para custear as ações.

A Operação Mutirão Arco Verde é uma ação interministerial criada para concentrar ações de controle e combate ao desmatamento visando à preservação da Amazônia. Em Rondônia o Arco Verde integra os municípios de Porto Velho, Pimenta Bueno, Machadinho do Oeste e Nova Mamoré.

Já, o Território da Cidadania é um programa criado para promover o desenvolvimento econômico e acesso à cidadania em regiões mais necessitadas, especialmente as do meio rural, através de estratégia de desenvolvimento rural sustentável. Rondônia foi contemplada com três Territórios da Cidadania: Central, Madeira Mamoré e Vale do Jamari. Juntos os territórios englobam 27 municípios, 51% das unidades municipais que compõem o Estado de Rondônia. (ver quadro).

As chamadas públicas tiveram por objetivo buscar propostas técnicas que contemplassem ações a serem executadas em cada uma dessas regiões de forma a atender aos anseios dos agricultores familiares e suas organizações sociais. No âmbito da Operação Arco Verde a Emater foi selecionada em duas chamadas públicas para atender os municípios de Porto Velho, Pimenta Bueno e Machadinho do Oeste nos três eixos de atuação: produção sustentável; cidadania; e regularização fundiária e ambiental. 

Os municípios dos Territórios da Cidadania foram subdivididos em três chamadas públicos com cinco lotes, para seleção das melhores propostas para atuar na produção de alimentos para segurança alimentar e nutricional, manejo sustentável dos recursos naturais e educação sanitária animal e vegetal. A Emater foi selecionada em todas.
Para identificar as melhores propostas o MDA utilizou-se de critérios técnicos valorizando entidades com histórico de atividades de assistência técnica e extensão rural (ater) e que apresentasse metodologia de trabalho dentro dos preceitos da Política Nacional de Ater, além de qualificar o currículo da equipe executora do trabalho.

A proposta da Emater consiste em disponibilizar os serviços de assistência técnica e extensão rural para agricultores (as) familiares em atividade produtivas sustentáveis, gestão da unidade familiar de produção e adequação ambiental da Unidade de Produção Familiar, por meio de atividades individuais e grupais, fundamentada na adoção dos conceitos da agroecologia; segurança alimentar e nutricional; sustentabilidade socioambiental; cooperação e economia popular solidária. Com isso estará contribuindo no planejamento da unidade familiar de forma participativa visando promover a apropriação e geração do conhecimento, e a adaptação de tecnologias voltadas para a agricultura sustentável.

Para executar essas ações a Emater receberá R$ 8.921.651,68, a serem pagos em parcelas de acordo com o serviço executado e apresentação de relatório mensal, que será disponibilizado através da sistematização dos dados no software Sig@livre Sustentável – sistema criado para dar apoio ao processo de planejamento, execução e monitoramento das ações do Pronaf Sustentável.


Wania Ressutti/Emater-RO

Rede pretende apontar entraves para a execução de políticas públicas

Outro objetivo é oferecer ao governo federal relatórios das necessidades dos agricultores familiares 

Principais demandas da agricultura familiar serão abordadas pela rede
(foto: Dárcio Monteiro)
 
Integrantes da sociedade civil e do poder público envolvidos no apoio à agricultura familiar estão se organizando para o fortalecimento da Rede Estadual dos Colegiados Territoriais, uma entidade que começou a ser estruturada em fevereiro de 2010 e que pretende apontar as dificuldades na execução de políticas públicas.

Outro objetivo da rede é levar ao governo federal, por meio de relatórios, quais são as necessidades reais dos agricultores familiares. “Esses relatórios servirão de base para que as políticas públicas sejam elaboradas”, esclareceu o representante da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Tertuliano Moreira.

Segundo ele, em 2011 a Rede Estadual dos Colegiados Territoriais vai tentar obter um assento no Conselho Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Cedafra), entidade consultiva e deliberativa em assuntos que dizem respeito à agricultura familiar.

De acordo com Tertuliano Moreira, que faz parte da Câmara Técnica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) do Colegiado do Litoral Norte, os relatórios sobre as dificuldades na execução de políticas públicas serão encaminhados periodicamente à Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT), que é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

“Outro propósito da rede é tentar barrar a interferência de poderes locais na execução dos projetos do governo federal”, disse Tertuliano Moreira.

Reunião – A próxima reunião da entidade será no dia 10 de janeiro de 2011, na sede da Seagri, em Maceió, a partir das 9h. O motivo do encontro é traçar um planejamento de trabalho da Rede Estadual dos Colegiados Territoriais para 2011.

Tertuliano Moreira informou também que a partir do próximo ano a entidade receberá recursos da Secretaria de Desenvolvimento Territorial para apoio logístico, como transporte a alimentação dos membros durante viagens de trabalho. Nenhum dos integrantes da Rede é remunerado.

Diego Barro/Seagri-AL

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Emater entrega minibibliotecas no Território da Cidadania

Material atenderá necessidades básicas
da agricultura familiar.  (foto: Irene Mendes)

Agricultores e extensionistas rurais receberam nesta terça-feira, 21, os kits do Projeto Minibiblioteca, do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA). Foram 13 kits entregues à Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO), a serem repassados para os escritórios dos municípios integrantes do território central da cidadania. As minibibliotecas são compostas de publicações impressas e em vídeo, com conteúdos de interesse da agricultura familiar.

A entrega dos kits foi realizada no auditório do Centro de Treinamento da Emater (Centrer), em Ouro Preto do Oeste. Na ocasião o superintendente do MDA em Rondônia, Olavo Nienow discursou sobre o enfoque dado pelo governo brasileiro à agricultura familiar. Segundo o superintendente, o orçamento do governo federal para a agricultura familiar nos últimos anos, cresceu mais de mil por cento, “o que revela a importância desse seguimento econômico para o desenvolvimento rural”.

O secretario da Emater-RO Sorrival de Lima, em seu pronunciamento, agradeceu aos parceiros da extensão rural, e aos técnicos extensionistas pelo desempenho no atendimento às famílias agricultoras do Estado. Sorrival disse que nos últimos oito anos o governo de Rondônia priorizou o serviço de assistência técnica e extensão, criando programas especiais de atendimento como Promec, de mecanização agrícola, e outros, cuja execução visou assistir principalmente a agricultura de base familiar, que representa 85% do total de empreendimentos rurais do Estado.

O secretário aproveitou a oportunidade para desejar boas festas aos presentes e antecipou sua despedida aos colegas do campo e agricultores presentes. A solenidade foi encerrada com a fala do secretario adjunto da Agricultura, Luis Carlos Coelho de Menezes, que felicitou os técnicos da Emater pela eficiência, eficácia e efetividade na execução do trabalho com os agricultores, porque segundo ele, “não basta se oferecer os recursos e as condições de trabalho. É necessário também que haja uma equipe motivada e disposta a executar as políticas de governo no campo”. Ele elogiou ainda o secretario de Estado da Agricultura, Evaldo de Lima, e desejou sucesso a equipe que vai administrar a agricultura na nova gestão, que inicia em 2011. Por fim, concluiu seu pronunciamento pedindo o mesmo empenho dos extensionistas na próxima gestão porque “os governos passam, mas as políticas públicas bem fundamentadas continuam”.

O kit de minibiblioteca contém publicações impressas e programas de vídeo. Os portfólios reúnem uma coletânea de CDs com 160 arquivos em áudio, do programa de rádio “Prosa Rural”, da Embrapa, e 80 vídeos do programa “Dia de Campo na TV”. Os temas são os contemplados no Plano Safra da Agricultura Familiar nos anos de 2008 e 2009, os mesmos trabalhados pela extensão rural junto ao agricultor, com enfoque na produção de pequenos animais, grãos, hortaliças e fruticultura.

Além de ser utilizada como ferramenta de apoio ao extensionista na orientação e assistência técnica agropecuária, a minibiblioteca vai estimular a comunidade na busca de conhecimentos teóricos sobre a prática de diversas culturas, e até receitas culinárias e livros dedicados aos jovens rurais com ênfase na educação agroecológica e ambiental.

Enoque Gonçalves e Wania Ressutti/Emater-RO

Agricultura familiar tem resultado positivo com assistência técnica da Emater

O Governo do Estado através da Unidade Regional de Mossoró da Emater/RN realizou nesta semana o levantamento dos indicadores de resultados do trabalho desenvolvido neste ano de 2010. A regional de Mossoró é composta pelos municípios de Mossoró, Serra do Mel, Areia Branca, Grossos, Tibau, Baraúna, Governador Dix-Sept-Rosado, Felipe Guerra, Upanema, Carnaúbas, Apodi, Severiano Melo, e Rodolfo Fernandes, todos localizados no Baixo Oeste.
Segundo o gestor regional Fagner Brito, o trabalho de assistência técnica e extensão rural (Ater) consiste não apenas na transferência de informação técnica quanto ao manejo da produção (plantios de culturas e criação de animais), mas, também as etapas do beneficiamento e comercialização. Destaca ainda que isso envolve aspectos relacionados à gestão dos empreendimentos rurais, o acesso ao crédito,  conhecimento sobre as inovações tecnológicas ecologicamente corretas e sobre as novas políticas públicas. Ou seja, é preciso prestar um serviço de Ater que crie as condições para o desenvolvimento de uma agricultura familiar produtiva, rentável e sustentável.
O extensionista destaca ainda os indicadores de resultados da regional de Mossoró apresentando os recursos aplicados e ações desenvolvidas pelos diversos projetos e programas.
Através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foram investidos mais de R$ 1.500.000,00 (Um milhão e quinhentos mil reais) na compra de alimentos da agricultura familiar através das suas três modalidades (Compra Direta, CONAB e PNAE - Compra de 30% da Agricultura Familiar).
O PAA-Alimentos é um programa de grande alcance social, pois mobiliza e beneficia diversos segmentos sociais, em ações estruturantes, tanto econômica como socialmente. Naquela região, em 2010, o Programa envolveu 594 agricultores familiares fornecedores dos produtos, doando alimentos para 379 entidades sociais que atendem 104.300 pessoas.
No fortalecimento da cadeia produtiva da cajucultura foram implementadas técnicas de melhoramento genético das plantas, com a implantação de onze Unidades Técnicas Demonstrativas (UTD) de substituição de copa de cajueiro, nos municípios de Serra do Mel, Baraúna e Mossoró, além da distribuição de 50 mil mudas da planta em seis municípios.
Os técnicos extensionistas dos treze municípios que compõem a Regional realizaram ainda a distribuição de duas toneladas de sementes de feijão, milho e sorgo; 500 visitas técnicas, muitas delas de atendimento coletivo de pequenos grupos de agricultores familiares.
Mais de cinco mil agricultores familiares foram inscritos no Programa Garantia Safra, que assegura o pagamento de um valor em dinheiro ao agricultor quando ocorre perda de safra superior a 50%. Os agricultores receberão, no segundo semestre de 2011 o valor de R$ 600,00 em três parcelas de R$ 200,00.
Entre as ações de qualificação foram realizadas 132 oficinas voltadas para agricultores familiares sobre cajucultura, fortalecimento do crédito, ovinocaprinocultura, dentre outros, capacitando 3.300 agricultores e agricultoras. Além de Seminários sobre Educação ambiental, Agricultura Orgânica, Associativismo e Cooperativismo, e de piscicultura, este último voltado para Mulheres Marisqueiras.
A Emater promoveu ou participou ainda de diversos eventos naquela região como: 14ª Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit 2010), realizado de 9 à 11 de junho; dois Torneios Leiteiros, dois Circuitos Tecnológicos, sendo o ultimo em Apodi, e cursos sobre as temáticas de Crédito Rural, Boas práticas de fabricação de alimentos e Beneficiamento de pescado.
Assecom/Emater-RN

Municípios do Litoral Norte querem resgatar o turismo rural

O passeio por trilhas ecológicas é um desejo dos turistas que visitam
a região (foto: Arquivo/Seagri) 


Os municípios do Litoral Norte alagoano desejam resgatar o turismo rural, com foco em passeios por fazendas históricas, paisagens de coqueirais, mata atlântica, flores tropicais, nascentes de rios, banhos e degustação de comidas típicas e frutas. Para isso, o poder público está se articulando com agricultores, fazendeiros e entidades envolvidas na atividade.

Como parte deste esforço para resgate do turismo pelas regiões mais distantes, esquecidas e com beleza de potencial similar ao das praias, foi realizada esta semana, em São Miguel dos Milagres, a 1ª Cavalgada Ecológica.

A ação contou com o apoio da Prefeitura Municipal, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal).

Cerca de 200 cavaleiros fizeram a trilha, que saiu do município em direção à Fazenda Alecrim, passou pela Fazenda Boa Sorte, pela Fazenda Triunfo e retornou à cidade.

De acordo com o engenheiro agrônomo Antônio Barbosa, da Seagri, um dos objetivos da cavalgada também foi a conscientização sobre a preservação do meio ambiente, os riscos das queimadas para a natureza e para as pessoas, o desmatamento das matas ciliares, poluição das nascentes e dos rios.

Segundo o engenheiro agrônomo Tertuliano Sobral Moreira, gerente da Seagri no Litoral Norte, o melhor exemplo de incentivo ao turismo rural na região ocorre no município de Maragogi. “Lá, através de uma parceria entre a Cooperativa dos Produtores Agrícolas (Coopeagro), formada por assentados da reforma agrária, uma ONG italiana, a Petrobras, o poder público e o segmento produtivo, os passeios pela área rural já são possíveis”, explicou Tertuliano.

“Os turistas que vêm de outras regiões e de outros países têm esse desejo de conhecer as paisagens da zona rural, não só as praias, mas também fazer trilhas, degustar comidas típicas, comer tapioca diretamente nas casas de farinha, comer frutas em pomares, conhecer comunidades quilombolas, sua história, seu modo de vida e o artesanato local”, destacou o gerente da Seagri.

Ele explicou que é necessária uma articulação entre o poder público municipal, estadual e o segmento interessado, havendo também capacitação para formação de profissionais aptos a essa atividade, como guias conhecedores do ecoturismo.


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Assentados participam de excursão e trocam experiências

A equipe do Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (Ates), que atua nos Projetos de Assentamento (PA) Joana D’Arc I, II e III, levou 17 agricultores a conhecerem outras realidades e trocarem experiências no cultivo de suas terras. O grupo visitou campus de pesquisa, unidades experimentais e participaram de curso técnico para plantio de café. A ação, que contou com a interação de instituições como Emater, Incra, Embrapa, Ceplac e Idaron, contribuiu para incentivar os participantes a investir em suas propriedades.

O Programa de ates faz parte de uma parceria firmada entre a Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) e Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para prestação de serviços de Ates e coordenação na elaboração do plano de desenvolvimento (PDA) e plano de recuperação dos assentamentos (PRA). Há um ano exercendo a atividade junto aos assentados, os técnicos da Emater não têm medido esforços para levar às comunidades programas, projetos e ações que orientem os agricultores a trabalhar suas terras.

Durante as ações de intercâmbio os agricultores dos assentamentos, acompanhados pelos extensionistas rurais da Emater, Audizio Carneiro e Bruno Ferreira, tiveram a oportunidade de conhecer vários experimentos. No campus da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), em Ouro Preto do Oeste, os agricultores foram recebidos pelo engenheiro agrônomo, Antônio de Almeida, que mostrou a unidade experimental da cultura do cacau. Antônio falou da viabilidade econômica da cultura cacaueira para o Estado de Rondônia e mostrou aos visitantes técnicas para cultivo do cacau. Para ele a espécie necessita de sombreamento e deve ser consorciada com essência florestal formando assim um sistema agro florestal, que pode ser mais uma fonte de renda familiar. 

Os assentados conheceram também a estrutura do Centro de Treinamento da Emater (Centrer), onde foram hospedados e receberam alimentação. “Nós fizemos uma caminhada pela unidade, mostrando os trabalhos diversificados que vem sendo desenvolvidos pela Emater e depois os agricultores ouviram uma palestra sobre técnicas de adubação orgânica”, contam os extensionistas. Lá eles visitaram ainda, uma produção de hortaliças orgânicas, áreas com plantio de maracujá, laranja, abacaxi, abóbora, pimenta, goiaba e criação de pequenos animais (aves e suínos).

Do Centrer o grupo seguiu para o campo experimental da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), onde foi realizado o curso sobre a cultura do café. Ministrado pelo engenheiro agrônomo João Maria, o curso apresentou temas como: escolha da área para o plantio, formação de mudas, plantio, espaçamento, tratos culturais (poda e desbrota), colheita, secagem e comercialização. “Essa programação foi construída para atender a necessidade da comunidade”, diz o extensionista Audizio, lembrando que o público participante era formado por agricultores que já trabalham com a cultura ou que estão implantando o café em sua propriedade através do crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar A (Pronaf A). Ainda na Embrapa, além da parte teórica, os assentados tiveram a oportunidade de conhecer o sistema de produção da lavoura cafeeira ali produzida e, segundo o extensionista Bruno, a instituição se comprometeu em fornecer para os assentados, sementes de café geneticamente melhorada, para a produção de mudas e implantação da cultura nas parcelas. 

Com a excursão organizada pelos técnicos da Emater, os assentados tiveram a oportunidade de trocar experiências com outros agricultores. Na propriedade de Antônio Deusemínio, localizada no lado esquerdo da BR-364, sentido Ji-Paraná, o grupo conheceu uma atividade voltada para o turismo rural ecológico. O local, também conhecido como “Fazendinha” é uma área degradada que está passando por um processo de recuperação. Para o agricultor o turismo rural é uma atividade que tem tudo para dar certo, pois “o estado dispõe de belas regiões e o agricultor tem que saber aproveitar as potencialidades de sua propriedade”. 

Em depoimento os participantes das atividades afirmaram ter sido essa uma experiência de grande valia para eles. Além de conhecerem uma região do Estado que eles não conheciam, o grupo teve sua auto-estima elevada. E, seguindo o exemplo da assentada Rosemeire Ribeiro dos Santos que disse que “agora não irá utilizar mais a prática de agrotóxico em sua propriedade, por que viu novas técnicas para controlar ervas daninhas, pragas e doenças das culturas”, ficou ansioso em retornar às suas propriedades para colocar em prática tudo o que aprenderam. 


Wania Ressutti/Emater-RO

Projetos desenvolvidos pelo Emater-PI ganham reconhecimento nacional

Com o Projeto Ater no Quilombo, o Emater-Pi já beneficiou mais de 14.600 pessoas em 35 municípios do Estado.

As capacitações realizadas alcançaram cerca de 2440 famílias.  
Através do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (Emater-PI), o Estado do Piauí ganhou destaque nacional. Foram dois os projetos realizados pelo Emater-PI que ganharam espaço na publicação lançada pela Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) em conjunto com a Academia Extensão Rural (ABER). O lançamento ocorreu durante a 39° Assembléia da Asbraer e Seminário Nacional de Avanços, Desafios e Perspectivas da Extensão Rural Pública no Brasil.

O diretor geral do Instituto, Adalberto do Nascimento, explica que o reconhecimento é importante, pois mostra que a extensão rural do Piauí está no caminho certo e que através dos trabalhos feitos pelos extensionistas busca-se a melhoria na qualidade de vida dos agricultores familiares do estado. “É importante ainda, pois mostra os avanços que o Emater do Piauí alcançou nos últimos oito anos e nos anima para que este trabalho seja consolidado daqui para frente”, acrescentou.

Os projetos do Instituto que foram selecionados para a coletânea “Projetos de Excelência em Extensão Rural das associadas da Asbraer” foram: Empreendedorismo na Agricultura familiar: Capacitação de Frutas Regionais e Desenvolvimento Sustentável de Quilombolas. As capacitações realizadas alcançaram cerca de 2440 famílias e com o Projeto Ater no Quilombo, o Emater-Pi já beneficiou mais de 14.600 pessoas em 35 municípios do Estado. Vale ressaltar, que o trabalho do Instituto destaque-se não apenas pelo alcance territorial que possui atualmente, mas principalmente pela qualidade do trabalho desenvolvido através de metodologias que valorizam o conhecimento prévio dos agricultores, bem como a cultura local. 

Resultados comprovados
O Emater-PI constatou a necessidade de desenvolver capacitações na área do processamento de frutas regionais devido a grande área agrícola que o Estado  possui, só a área cultivada com cajueiros soma 190.00 hectares. Sem instrução a mais rentável parte  era desperdiçada, como o próprio pedúnculo do caju, no caso dessa cultura. Com as capacitações providas pelo Instituto 3654 pessoas foram beneficiadas, apreendendo desde o aproveitamento de sua cultura, como também as noções de empreendedorismo. 

O Diretor de Empreendedorismo do Instituto, Domingos Marques, acredita que as feiras iniciadas pelo Emater-Pi mostram-se cada vez mais como uma alternativa promissora para o trabalho do agricultor rural. “Nosso trabalho tem sido despertar nos agricultores e agricultoras um olhar empreendedor, ou seja, eles são instruídos afins de que possam obter os melhores resultados junto ao seu mercado consumidor”.

Já a ação da rede temática de Ater no Quilombo  -  desenvolvida pela Diretoria de Educação (DIEEX) -  leva a um público bem mais específico do Estado, o  suporte para um maior desenvolvimento: comunidades quilombolas. O trabalho, que conta ainda com importantes parcerias, já atendeu 87 comunidades, realizando 129 cursos. As oficinas desenvolvidas levam sempre em consideração as necessidades locais, bem como suas expressões culturais e tradições. O articulador da rede de Ater no Quilombo, Orlando Costa, explica que existe um trabalho de mobilização e sensibilização das comunidades para participarem das atividades, como as oficinas. 

Astrid Neves/Emater-PI

Comunidade quilombola recebe equipamentos para fortalecer pecuária leiteira

Governo fortalece pecuária leiteira com apoio aos pequenos
produtores alagoanos (foto: Ascom/Seagri)

Mais uma comunidade selecionada pelo Comitê de Instalação das Ações Territoriais (Ciat) recebeu equipamentos do Programa Alagoas Mais Leite, por meio de uma permissão de uso. A entrega ocorreu sábado, 18, na comunidade quilombola Paus Pretos, em Monteirópolis, no Sertão alagoano.
O Programa Alagoas Mais Leite é coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e pretende fortalecer a pecuária leiteira por meio do apoio a associações de pequenos produtores.
Na comunidade Paus Pretos, a associação é uma das fornecedoras de leite ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) modalidade Especial Leite, mais conhecido como Programa do Leite. Os agricultores vão receber 20 máquinas forrageiras e um botijão de sêmen.
“O Programa Alagoas Mais Leite tem quatro linhas de atuação: gestão da unidade produtiva, nutrição adequada, melhoramento genético constante e qualidade do leite”, frisou o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas.
“O governador sempre determinou que o apoio aos pequenos é prioridade. Hoje a gente vê que eles têm uma produtividade semelhante à dos animais dos grandes criadores”, completou o secretário.
O superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Edson Maruta, destacou que, junto com o botijão de sêmen, as associações vão receber um kit de inseminação artificial e, posteriormente, kits de ordenha manual higiênica e um aparelho de análise do leite, para atestar a qualidade. “Vamos incentivar ainda a formação de campos de forragens com palma adensada e sorgo SF-15”, explicou.
De acordo com Edson Maruta, o Programa Alagoas Mais Leite está dividido em dois módulos de 500 famílias cada um e, ao todo, o programa está fazendo um investimento de R$ 8 milhões no fortalecimento da pecuária leiteira.

Diego Barros/Seagri-AL

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

100 mil mudas de café serão distribuídas em Nova Mamoré

32 cafeicultores receberão até 5.000 mudas de café.
Com o objetivo de melhorar a qualidade e produtividade da produção local, agricultores de Nova Mamoré receberão mudas certificadas de café. As mudas foram produzidas pelo viveiro da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do estado de Rondônia (Emater) local e irão beneficiar 32 cafeicultores. Aproximadamente 100 mil mudas serão distribuídas.

Nova Mamoré já foi um grande produtor de ouro, nas décadas de 70 e 80, mas hoje tem sua economia baseada na agricultura, pecuária e extração da madeira. Sua maior riqueza está na potencialidade hídrica, com nascentes protegidas em áreas indígenas. A castanha, também em área protegida, tem proporcionado uma excelente fonte de renda para os indígenas e colonos que habitam a região e a presença de gado de corte e leite é forte na região, colocando-o na 12.ª posição do ranking estadual.

Alternativas segmentadas para a produção de grãos surgem com o intuito de oportunizar os agricultores familiares a diversificar a sua propriedade, garantindo assim a sustentabilidade local e preservação do meio ambiente, normalmente ameaçado por atividades extrativistas.

As sementes que originaram as mudas de café foram adquiridas através Embrapa. São sementes certificadas, de boa qualidade, da variedade conilon, que melhor se adaptam à região amazônica.

Distribuídas gratuitamente aos agricultores que já praticam a cultura ou que tem terra preparada para iniciá-la, as mudas de café deverão trazer um novo incremento à produção local, melhorando não somente a qualidade do produto, mas gerando aumento de renda para o agricultor e sua família.

Wania Ressutti/Emater-RO

mater-PI inaugura horta escolar na Casa Meio Norte

A produção é aproveitada na merenda escolar
O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (Emater-PI) através do Projeto Horta na Escola comemora a implantação da horta escolar na Unidade Escolar Casa Meio Norte, que é um centro de ensino da prefeitura mantido pelo Sistema Meio Norte de Comunicação.


A horta, que está na fase de primeira colheita, é vista como uma boa ferramenta de ensino e aprendizagem por professores e alunos, além de servir como base alimentar para as crianças. “A riqueza nutricional que horta oferece para as crianças é muito grande, por exemplo, a couve é uma fonte de nutrientes muito eficaz no combate da anemia”, citou o engenheiro agrônomo Francisco Amorim que é Coordenador de Operações do Emater-PI.

A horta é cultivada com adubo orgânico oferecendo
uma alimentação mais saudável às crianças.
Para a Diretora Adjunta da escola, Carmem, é de suma importância o cultivo das hortaliças, uma vez que as mesmas são aproveitadas na merenda escolar. “Todas são cultivadas com adubo orgânico o que significa uma alimentação mais saudável. Aqui, as crianças acompanharam todo o processo de implantação da horta e isso intensificou o trabalho de conscientização e valorização ambiental que nós já havíamos iniciado”, afirma.

“Essa horta representa muito para essas crianças, pois nas suas casas, eles não tinham acesso a esses legumes. Inclusive, a princípio houve muita resistência dos alunos. Na hora do lanche, as verduras ficavam nos pratos, mas com paciência e conscientização as crianças foram se adaptando e entenderam a importância desses alimentos”, comentou a professora Maria do Socorro.

A escola, que está localizada na Vila Maria em Teresina, foi selecionada para receber o projeto por conquistar o primeiro lugar do Nordeste no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A iniciativa é fruto da parceria entre o Emater-PI, a Superintendência de Desenvolvimento Rural do Piauí (SDR) e o Sistema Meio Norte de Comunicação, onde o Instituto realiza toda a aplicação técnica, ou seja, desde a implantação e o acompanhamento da horta.

Astrid Neves/Emater-PI

Projeto Hortas Pedagógicas capacita monitores de escolas públicas

Segurança alimentar, educação ambiental e saúde pela prevenção formam o tripé que sustenta uma das dimensões (a educacional) do Projeto Integrado de Agricultura Urbana e Inclusão Social da Emater/RN, as Hortas Pedagógicas. Coordenado pela extensionista Nízia Cordeiro, o projeto realizou, nesta quarta-feira, 15, a última capacitação do ano com monitores das escolas públicas municipais.

O evento, realizado no auditório do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater/RN teve como objetivo reunir monitores, coordenadores e financiadores das Hortas Pedagógicas, para fazer uma exposição das experiências bem sucedidas e já implantar nos participantes o desejo de, em 2011, dar continuidade ao projeto, expandindo-o tanto para dentro da própria escola, através de sua integração com as disciplinas curriculares, como também para a comunidade em que se inserem os estudantes, professores e monitores participantes.

Na ocasião, o diretor técnico da Emater/RN, Mário Varela Amorim, falou da importância das Hortas Urbanas e homenageou Teresinha Cardoso de Araújo, fundadora do projeto em Natal/RN mencionando a escolha feita pela Asbraer pelo projeto e a citação do mesmo no livro “Projetos de Excelência em Extensão Rural das Associadas da Asbraer”, que trás uma ação bem sucedida de cada estado brasileiro.
Ainda durante o evento, houve a oportunidade dos monitores Marcos Antonio e Maria Railma, da escola Municipal São Francisco de Assis, exporem através de fotos e de depoimentos como as Hortas Pedagógicas transformaram para melhor suas realidades pessoais e de toda a escola.

Apresentações culturais também marcaram a manhã de hoje, o mágico Horus foi destaque com show de ilusionismo. A monitora do Mais Educação Marta Lima, recitou cordel de sua autoria “Sublime Recordação, fazendo uma retrospectiva deste ano que se encerra. E o bolsista do Projeto Integrado de Agricultura Urbana e Inclusão Social da Emater/RN, Fellipe, tocou e cantou a música “Aquarela” do poeta Toquinho.
Para encerrar a atual coordenadora do projeto, Nízia Cordeiro, agradeceu a presença de todos os participantes e de todos aqueles que acreditam nas Hortas Pedagógicas como forma de transformação social. 

Fonte: Emater-RN

Parceria incentiva cafeicultura em Nova União

Serão implantados 16,2 hectares de café.

Nova União está incentivando agricultores familiares a diversificarem a sua produção. Para isso serão implantados na região, 16,2 hectares de plantio de café. A ação faz parte de uma parceria entra a Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) e a Prefeitura local.

Distante 368 quilômetros da capital Porto Velho, Nova União passou por períodos críticos em sua história produtiva. Segundo informações oficiais, durante o período entre 1986 e 1992 a crise na agricultura brasileira desencadeou um baixo crescimento econômico local, acirrada ainda, pela falta de uma política de prestação de serviços à população.

Com a emancipação do município em 1994 o município iniciou a busca pela sua identidade e, a partir de 2005 passou por um processo de estruturação administrativo, começando efetivamente o seu desenvolvimento. Hoje, com uma população de 7.498 habitantes (IBGE/2010) - dos quais, cerca de 80% (5.959) vivem na zona rural – e um efetivo crescimento na produção de grãos, Nova União vem investindo na melhoria da cultura cafeeira.

Segundo a engenheira agrônoma da Emater local, Numydia Carvalho Cavalcante, a parceria com a Prefeitura prevê a implantação de 16,2 hectares de café. Para isso serão distribuídas a 33 agricultores, 920 mudas produzidas por um viveiro certificado no Vale do Paraíso, adquiridas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Os agricultores foram selecionados, tendo por base, aqueles que já têm plantio, ou que querem iniciar sua lavoura e já têm terra preparada para isso, diz a engenheira, complementando que as mudas serão distribuídas gratuitamente a cada agricultor.

A parceria
A melhoria da qualidade do café já faz parte de um programa que vem sendo executado pela Emater em outros municípios, com apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri): o Programa de Condução do Café. Esse programa tem sido um dos maiores incrementos para recuperação de lavoura e resgate à cultura do café no Estado. Com a finalidade de promover a melhoria da qualidade do grão e aumentar a sua produtividade, o Programa que foi denominado de Tecnificação da Cafeicultura, tem sido um dos melhores incentivo ao aumento da produtividade da lavoura. A parceria firmada com a Prefeitura de Nova União veio somar esforços para a consolidação de uma produção diversificada, fortalecendo, assim, o homem no campo. Através dessa parceria, a Prefeitura compra as mudas e a Emater presta a assistência técnica.

Até o momento já foram realizadas visitas técnicas, para conhecimento das áreas, coletas de amostras de solo em todas as propriedades que serão beneficiadas, palestras para esclarecimento sobre a cultura, sua implantação e início do preparo das covas e uma excursão à Unidade da Embrapa, em Ouro Preto do Oeste, onde são produzidas as mudas. Com isso, espera-se um melhoramento da colheita de café, na região, pois “com uma boa muda a safra renderá mais ao produtor”, finaliza a engenheira.


Wania Ressutti/ Emater-RO

Ministério garante R$ 8 milhões para revitalização da economia rural

Recursos serão investidos em construção de centrais de comercialização, casa do mel, reforma de fábrica de polpa de frutas e aquisição de veículos 


Membros do Cedafra conheceram como serão aplicados os recursos
liberados pelo Ministério (foto: Ascom/Seagri) 

Os membros do Conselho Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Cedafra) conheceram, durante a última reunião do ano, como serão aplicados os R$ 8 milhões liberados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para revitalização da economia rural nos municípios da Zona da Mata e do Litoral Norte atingidos pelas chuvas do mês de junho.

Os recursos foram liberados por meio da Medida Provisória 498, de 29 de julho de 2010, e serão aplicados na construção de oito Centrais de Comercialização, sendo quatro de grande e quatro de pequeno portes.

Também será construída uma casa do mel no município de Matriz do Camaragibe, para atender aos apicultores do Litoral Norte, e um viveiro de mudas para produção de frutíferas e outras variedades será construído em União dos Palmares.

“Os recursos já estão garantidos também para a reforma de uma fábrica de polpa de frutas em União dos Palmares que, após a reforma, vai poder receber o Selo de Inspeção Federal (SIF)”, explicou a articuladora estadual do MDA em Alagoas, Thacya Clédina.

Segundo ela, também já está garantida a compra de 23 caminhões para fazer o transporte da produção dos agricultores familiares do campo até as Centrais de Comercialização, sendo que um dos veículos possui um baú refrigerado.

Ela informou também que todos esses investimentos serão realizados de acordo com as demandas que foram apresentadas pelos agricultores e pelas entidades vinculadas aos Territórios da Cidadania da Zona da Mata e do Litoral Norte. “Outros R$ 400 mil estão assegurados para capacitação das entidades e cooperativas que vão fazer a gestão das Centrais de Compras e demais unidades”, frisou Thacya Clédina.


Cedafra aprova propostas para implantação de assentamentos do Crédito Fundiário


Na última reunião do ano do Conselho Estadual de Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Cedafra), ocorrida nesta terça-feira (14), na sede do Sebrae/AL em Maceió, foram aprovadas de uma vez 15 propostas para criação de empreendimentos pelo Programa de Crédito Fundiário.

As propriedades já foram vistoriadas pelo Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), órgão que coordena o programa no Estado, analisa as condições de infraestrutura, a qualidade da terra e fixa o valor da propriedade de acordo com o Sistema de Monitoramento de Mercado de Terra (SMMT). As propostas já foram aprovadas tanto pelos interessados em vender quanto pelas famílias interessadas em fazer o financiamento.

“Agora, vamos reunir a documentação de ambas as partes interessadas e encaminhar ao banco para consolidar o financiamento. Em até quatro meses, as famílias já estarão assentadas, tomando conta de seus lotes”, explicou o coordenador do Programa de Crédito Fundiário, Ivanildo Alves.

Ao todo, os 15 empreendimentos vão reunir mais de 200 famílias, que a partir de agora serão donas de suas propriedades e terão o desafio de produzir alimento, comercializar e, após dois anos de carência, pagar a parcela anual do financiamento. A depender do valor do financiamento, o prazo para quitação do débito varia entre 14 e 17 anos.

As propostas que foram aprovadas nesta terça-feira se referem à compra das seguintes propriedades: São Carlos, Pina, Mariana e Serra das Mãos, em Batalha; Pantaleão, Capim Açú, Pau da Canoa e São José, em Pão de Açúcar; Paraíso, em Piaçabuçu; Folgador I e Folgador II, em Pariconha; Sítio do Meio, em Atalaia; Riacho das Pedras, em Girau do Ponciano; Cerca Velha, em Capela, e Olho D’Água de Cima, em Arapiraca. Outras duas propostas serão apreciadas na próxima reunião do conselho, em fevereiro de 2011.

Na última reunião do ano também foram discutidas resoluções a respeito do credenciamento de empresas, de investimentos no município de Santana do Ipanema, da distribuição de cotas do Programa Garantia Safra e apresentado o Projeto Territorial das Ações de Emergência para a Zona da Mata e Litoral Norte.

Fonte: Seagri-AL

Assistência técnica eleva produtividade da terra e agricultores são premiados

Primeiro colocado no concurso produziu 36 sacos de milho por tarefa de terra; em outra propriedade, a produção passou de 4,4 sacos para 33 sacos por tarefa de terra


O secretário da Agricultura, Jorge Dantas, afirmou que quer levar o
concurso para outra  localidades de Alagoas.  (foto: Ascom/Seagri) 
O agricultor familiar José Gildo dos Santos, da comunidade Barro Vermelho, foi o primeiro colocado no Concurso de Produtividade de Milho 2010, organizado pela Federação das Associações Comunitárias de Poço das Trincheiras, em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri).

O vencedor do concurso produziu 36 sacos e 8 quilos em apenas uma tarefa de terra – cerca de 0,3 hectare. Cada saco possui 60 quilos de milho. Como prêmio, levou para casa uma motocicleta de 1.500 cilindradas.

José Gildo dos Santos e outros 15 agricultores que participaram do concurso receberam a premiação neste domingo, 12, na comunidade Patos, zona rural de Poço das Trincheiras. Segundo ele, mais importante do que a premiação é saber que é possível aumentar a produtividade e ter lucro da própria agricultura.


“É importante que os agricultores participem desse concurso, mas o importante é o lucro da propriedade”, avisou. Ele investiu R$ 550,00 em sementes, plantio, adubação, colheita e mão-de-obra em uma tarefa de terra, obtendo a maior produtividade de milho entre os inscritos.



O custo de produção de cada saco ficou em torno de R$ 15,00. “No mercado local, um saco de farelo [milho triturado] custa entre R$ 30,00 e R$ 40,00. Se fosse vender toda a produção apenas dessa tarefa de terra, ele teria pelo menos R$ 1.440,00”, comentou o coordenador do concurso, José Valmiro Gomes da Costa, que é extensionista da Seagri. A maior parte do milho produzido pelos agricultores da região serve de alimento para o gado de leite.



Motivação – Alguns agricultores que não participaram do concurso, cujas inscrições ocorreram em abril deste ano, antes do período de plantio, sentiram-se motivados a participar da próxima edição. Essa foi uma constatação do coordenador da Cooperativa dos Bancos Comunitários de Sementes (Copabacs), Mardônio Alves.



“Eles estão vendo o resultado e isso pode provocar uma mudança de hábito, eles podem se adequar à nova forma de produzir, com uso de mais tecnologia, adubação, espaçamento correto”, explicou Mardônio Alves, que pretende estimular também o plantio de sementes crioulas em outras edições do Concurso de Produtividade de Milho.



“Lanço aqui o desafio para levarmos essa experiência a outros municípios, pois esse concurso serve de exemplo para toda a região”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas, durante a premiação dos vencedores.



“Você, Valmiro, vai levar essa experiência para todo o Estado. Eu gostaria de ver aqui 200 agricultores inscritos”, afirmou o secretário, que garantiu a realização da análise de solo das propriedades.



Ele citou também que duas comunidades de Poço das Trincheiras estão incluídas no Programa Alagoas Mais Leite e vão receber 40 máquinas forrageiras, dois kits de inseminação artificial, com mil doses de sêmen de touros de alta qualidade, e assistência técnica específica.



Exemplo



O agricultor Gilvan Vieira dos Santos, da comunidade Asa, também participou do concurso. Ele plantou milho em 28 tarefas de terra, sendo que apenas uma delas seguia as normas do concurso. 



Em 27 tarefas, cultivadas com sementes sem origem definida e da forma tradicional, como ele sempre fazia desde a época do seu pai, a produção total foi de 120 sacos de milho. Na tarefa cultivada com sementes distribuídas pelo Estado, por meio do Programa de Sementes, com orientação técnica, adubação e seguindo as normas do concurso, a produção total foi de 33 sacos.



“Em cada uma das 27 tarefas, a média de produtividade foi de 4,4 sacos por tarefa. Já na que ele plantou seguindo as orientações, foi de 33 sacos, ou seja, 7,5 vezes mais”, esclareceu o organizador José Valmiro Gomes.



Prêmios



Todos os 16 inscritos no concurso foram premiados. O primeiro e o segundo colocado ganharam motocicletas, enquanto os demais ganharam baldes, carros de mão, plantadeiras, adubadeiras e pulverizadores.



Diego Barros/Seagri-AL

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Trabalho da Emater-RO com alunos premia Escola

A implantação de uma horta orgânica para que alunos pudessem aprender a produzir e consumir alimentos saudáveis superou as expectativas de seus idealizadores. O trabalho foi realizado em parceria entre a Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) e a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Ruth Rocha”, no distrito de Rio Branco, em Campo Novo de Rondônia. A escola foi premiada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), com um notebook, pela iniciativa.


A Emater, através da equipe da subunidade do distrito de Rio Branco, tem desenvolvido um trabalho junto a alunos e professores relacionando-os à agricultura familiar. O objetivo, segundo Leonardo Marques dos Santos, gerente da subunidade da Emater local, é contribuir na complementação e melhoria do hábito alimentar saudável. Com o projeto “A Horta na Escola” foram realizadas atividades que deram aos alunos a oportunidade de conciliar a teoria à prática, aplicando o que se aprendeu na sala de aula, levando-os a uma experiência valiosa para suas vidas “Além de conscientizar da necessidade de se preservar os recursos naturais, de que a saúde do homem está ligada a uma alimentação saudável, rica em vegetais e ensiná-los a produzir hortaliças de forma orgânica, a prática permite que eles possam sentir e vivenciar o verdadeiro relacionamento entre o homem e a natureza”, diz Leonardo.

A implantação de hortas em escolas vem mostrando resultados satisfatórios, onde a relação homem/meio ambiente se estreita a partir de uma atividade que envolve o exercício da cidadania e a aquisição de conhecimentos nas áreas de ecologia, geografia, química, etc. O projeto “A Horta na Escola” teve como proposta dinamizar o aprendizado de ciências biológicas nos ensinos fundamental e médio, como mais um recurso educacional e didático, uma vez que os adolescentes urbanos desconhecem, não têm oportunidade ou até mesmo depreciam a prática agrícola. Assim, procurou-se desenvolver, através da prática, um espaço interdisciplinar e de motivação concreta para os alunos. “Esse espaço torna-se democraticamente de todos, à medida que os pais e toda a comunidade local estiverem envolvidos no processo”, explica o gerente.

Leonardo diz ainda que o projeto “A Horta na Escola” é o primeiro passo para que os jovens possam desenvolver e despertar maior interesse pelo setor primário. “A região de Rio Branco de Campo Novo de Rondônia possui uma demanda muito grande por hortaliças folhosas e hortaliças tuberosas, só isso já garante mercado”, diz o extensionista complementando que, “além de contribuir diretamente para a sua conscientização e interferir no consumo adequado de alimentos saudáveis, a implantação de hortas poderá incentivar outros agricultores a produzir e suprir a necessidade local e o excedente ainda poderá ser comercializado em outros municípios e até fora do estado”.

O prêmio
Com a implantação do projeto “A Horta na Escola”, em parceria com a Emater, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Ruth Rocha” foi contemplada com o Prêmio Estadual de Referência em Gestão Escolar ano Base 2009. Esse prêmio é um estímulo à melhoria do desempenho da escola e na aprendizagem dos alunos. A escola ganhou ainda, um computador notebook que foi entregue em solenidade oficial, em Porto Velho, com a presença da secretária de Estado da Educação, professora Irany Freire Bento.

Wania Ressutti/Emater-RO