Couro do peixe também serve como geração de renda (foto: Ascom/Seagri) |
Os produtores de peixe da espécie tilápia que também fazem o beneficiamento da pele, transformando em couro, conseguem dobrar a renda. Essa uma constatação do gestor do Arranjo Produtivo Local (APL) de Piscicultura, Miguel Alencar.
Segundo ele, um quilo de peixe custa em torno de R$ 4, enquanto cada pele sai por cerca de R$ 2. “Como de cada peixe se tiram duas peles – uma de cada lado – é possível obter o dobro do valor”, analisou.
Para incentivar os produtores a agregar valor à sua produção, foi realizado esta semana, no Parque da Pecuária, em Maceió, um curso de curtimento vegetal de pele de peixe para 15 piscicultores da comunidade Palmeira Alta, em Penedo.
Além deles, também participou o técnico agrícola Marcelo Máximo, que presta orientação aos produtores de peixe de Joaquim Gomes. Ele pretende difundir o conhecimento entre os agricultores familiares que acompanha.
Os participantes receberam os certificados de conclusão do curso na sexta-feira (29). Segundo eles, o próximo passo na capacitação será aprender a transformar as peles em peças artesanais.
No município de Piranhas, no Sertão alagoano, um grupo de mulheres produtoras de peixe se associou e já produz peças de artesanato com pele de peixe, entre elas bolsas, sandálias, chaveiros e agendas.
O curso de curtimento vegetal de pele de peixe foi realizado por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas (Sebrae/AL) e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Diego Barros Emater-PE
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