quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Gripe suína, aviária e equina é tema de capacitação para extensionistas

Apenas a ocorrência de um caso da doença, poder compromete a economia em todo território nacional. Se detectada, todas as portas para exportações serão fechadas dificultando a vida do homem do campo.

Conscientes que a prevenção é a melhor saída, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em parceria com o governo do estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) oferece curso sobre enfretamento das gripes suína, aviária e equina. O treinamento acontecerá nesta quarta-feira, 24, no auditório do Olyntho Hotel em Araguaína, das 8h às 18h, com previsão de enceramento no dia 26. O curso beneficiará 50 profissionais das regiões de Araguaína, Araguatins, Miracema, Paraíso, Porto Nacional e Palmas, no Tocantins.

De acordo com a gerente de capacitação do Ruraltins Dorivan Alves Borges, coordenadora do curso, os extensionistas José Roberto Magalhães do Ruraltins de Dianópolis e Antonio Ribeiro de Araguatins, serão os instrutores, pois foram capacitados em outra oportunidade pelo o consultor do MDA René Dubois. “A nossa intenção é transferir ao maior número de profissionais, os conhecimentos sobre essa doença, para que eles possam continuar sendo multiplicadores no meio rural”, comenta Borges.

Para René Dubois, consultor do MDA e coordenador do projeto de educação para enfrentamentos das gripes suínas, aviária e eqüina a doença pode causar muitos prejuízos aos agricultores. “O treinamento aborda medidas de biosseguridade, orientando também a prevenir outras doenças que podem atingir outros animais e as pessoas”, diz Dubois, acrescentando que o treinamento é preventivo, uma vez que no Tocantins não foi detectado nenhum caso e que se isso acontecer o prejuízo será para todos nós.

O curso beneficia profissionais que levam assistência técnica e extensão rural e sanidade animal em todo território Tocantinense. Entre eles estão, médicos veterinário, zootecnistas, técnicos agropecuários e assistentes sociais do Ruraltins e da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec).

Os treinamentos sobre as gripes são realizados pelo MDA em parceria com as instituições de assistência técnica e extensão rural e já beneficiou cerca de 2 mil extensionistas em todo País, que se tornarão multiplicadores junto aos agricultores.

Iranilde Gonçalves /Tocantins

Emater-RO leva prevenção do câncer à Assentamento

A cada 100 mil mulheres, 19 correm o risco de adquirir a doença
Pela primeira vez, mulheres do Projeto de Assentamento Joana D’Arc não precisaram deslocar-se até a capital para cuidarem de sua saúde. No último sábado, 20, a Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) realizou um dia especial dedicado ao combate do câncer de colo de útero. O evento contou com a participação de, aproximadamente 100 mulheres na realização de tratamentos estéticos, exames preventivos e palestras educativas.

Através da parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), extensionistas da Emater levaram o Programa de Prevenção do Câncer do Colo do Útero da Mulher Rural, “Útero é Vida!”, às mulheres daquela comunidade, com o objetivo de dar oportunidade para que elas obtenham maiores esclarecimentos sobre o assunto e se conscientizem da necessidade da realização anual dos exames preventivos.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, no Brasil, de cada 100 mil mulheres, 19 correm risco de adquirir a doença. Para tentar minimizar essa estatística o Senar, através do Programa “Útero é Vida!”, tem buscado parceiros para levar ao maior número possível de mulheres com idade sexual ativa, os exames preventivos e a conscientização de que é possível mudar. A Emater é um desses parceiros.

Segundo as extensionistas sociais Virginia Avelar e Luzia Duarte, o trabalho de conscientização dentro do assentamento Joana D’Arc já vem sendo feito, através de palestras, desde o início do ano, quando se instalou uma equipe de ates (assessoria técnica, social e ambiental à reforma agrária) naquela localidade. Porém, devido a distância do centro urbano (cerca de 100 quilômetros) a dificuldade para deslocamento à capital se torna difícil, sem contar àquelas que se sentem inibida em sair da comunidade para realizar os exames.

Virginia conta que uma agricultora, com idade em torno dos 50 anos, afirmou ter sido esse o primeiro exame preventivo que ela realizava, e que agora ela tinha consciência da importância desse exame para a saúde da mulher. “O exame é feito por meio da coleta de material e a prevenção ainda é o melhor meio de combater a doença, pois além de identificá-la logo no início, possibilita o diagnóstico e tratamento precoces, e pode apontar a presença do vírus, antes mesmo que a doença se instale”, diz Virginia.

Além dos exames preventivos as mulheres foram submetidas a
tratamentos estéticos e participaram de palestras educativas

Aproximadamente 100 mulheres realizaram os exames preventivos. “Esperávamos cerca de 200, mas a maioria delas não sabia das condições básicas para realização desse exame”, explica a extensionista. Para realização do exame é preciso que a mulher não esteja em período de seu ciclo menstrual e que não tenha tido relações sexuais nos três dias que antecedem a coleta de material.

A equipe recebeu as mulheres com café da manhã, almoço e transporte gratuito, dentro do Assentamento. Além da realização dos exames preventivos elas foram submetidas a tratamentos estéticos e participaram de palestras educativas sobre assuntos como Lei Maria da Penha e Saúde Preventiva. E para que as mães pudessem realizar seus exames com tranquilidade, foi reservado um espaço para que seus filhos participassem de atividades recreativas.

Toda essa ação contou com a parceria entre Emater, Senar, Faculdade São Lucas, Consórcio Santo Antônio Energia, Secretaria Municipal de Agricultura de Porto Velho (Semagric), Igreja Evangélica Assembléia de Deus e de toda a comunidade. Os resultados dos exames serão entregues no prazo de 15 dias, pelos próprios extensionistas da Emater que lá atuam

Fonte: Wania Ressutti/Emater-RO

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Embrapa Rondônia investe em pesquisas com café

Foto: Daniel Medeiros
A meta é lançar duas novas variedades
de Conilon até 2014.
Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa Rondônia aprovou este ano uma série de projetos voltados à cafeicultura no Estado, que envolvem melhoramento genético, doenças do cafeeiro, análises da cadeia agroindustrial e ações de comunicação e transferência de tecnologia. Os projetos são financiados pelo Consórcio Pesquisa Café, do qual participam instituições de pesquisa dos 12 Estados produtores no país.

Uma das frentes de pesquisa tem como objetivo o desenvolvimento de cultivares de café adaptadas às condições do Estado de Rondônia, o quarto maior produtor de café do Brasil. A meta dos pesquisadores é lançar ao menos duas novas cultivares de café Conilon até 2014, explica o pesquisador André Rostand Ramalho, da Embrapa Rondônia. As características desejadas são alta produtividade, maturação uniforme dos grãos, qualidade de bebida e tolerância à ferrugem e aos nematóides.

Também serão estudados cafeeiros da variedade Robusta, que, assim como os Conilon, são da espécie Coffea canephora. Uma parte do trabalho tem como objetivo selecionar 15 clones de alta produtividade. Em outra atividade, os pesquisadores vão cruzar cafeeiros Robusta com Conilon para tentar aliar qualidades de ambas as variedades, como resistência a fungos, qualidade da bebida e tamanho de grãos. Menos adaptados às condições do Estado, os cafeeiros da espécie Coffea arabica também serão estudados. O desafio é selecionar plantas com alta produtividade mesmo em condições de clima e altitude pouco favoráveis.

Doenças do cafeeiro
Além de investir em melhoramento genético, os pesquisadores vão se dedicar ao estudo de fungos e nematóides. Será feito um levantamento das raças predominantes em Rondônia do fungo causador da ferrugem-do-cafeeiro. Os pesquisadores querem ainda entender como se dá a disseminação do fungo e subsidiar o trabalho de melhoramento, que poderá ser orientado para o desenvolvimento de cultivares tolerantes ou resistentes às raças encontradas.

Nematóides também são ameaças à cultura do café e ganham atenção especial dos cientistas, que querem mapear quais espécies ocorrem no Estado. De acordo com o pesquisador José Roberto Vieira Junior, o avanço do conhecimento sobre os nematóides pode ajudar na fiscalização de viveiros para impedir que mudas contaminadas cheguem às áreas de produção. Uma vez no solo, não existem medidas viáveis para eliminar por completo os nematóides, por isso é preciso cuidado para não contaminar novas áreas.

Cadeia agroindustrial e comunicação
Outro projeto da Embrapa Rondônia que também é financiado pelo Consórcio Pesquisa Café tem como meta a elaboração de um diagnóstico da cadeia agroindustrial do café em Rondônia. De acordo com o administrador Calixto Rosa Neto, chefe adjunto de administração da Embrapa Rondônia e um dos idealizadores do projeto, o estudo pretende identificar e ordenar por prioridades os problemas e sugerir eventuais soluções para a cafeicultura no Estado.

Problemas e soluções serão pauta para o Sistema de Informação do Café em Rondônia, um projeto que prevê um conjunto de ações em comunicação. Será elaborado o sistema de produção multimídia, um portal na internet com textos, fotos, ilustrações, vídeos e áudios. A ideia é retratar todas as etapas de cultivo do café, desde o preparo do solo até a pós-colheita, sem deixar de lado tratos culturais, como poda e desbrota. O projeto prevê ainda a edição de um programa de rádio, a escolha de produtores modelo e a realização de capacitações para técnicos extensionistas e produtores.

Também fazem parte dos projetos a Embrapa Café, Embrapa Acre, Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e Universidade Federal de Viçosa (UFV). A Embrapa é vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Pesquisa apresenta variedades de mandioca para indústria, alimentação humana e animal

Agricultores e técnicos vão conhecer os experimentos na quinta-feira, em Palmeira dos Índios

(Foto Seagri/AL) Será abordada a importância da mandioca
alimentação humana e os diversos produtos que têm por base
essa cultura.
na
As variedades de mandioca melhor adaptadas à região Agreste que podem ser usadas pela indústria ou para a alimentação humana e animal serão apresentadas a agricultores familiares e técnicos do setor, nesta quinta-feira (25), durante um dia de campo, na comunidade Salgada, em Palmeira dos Índios, a partir das 9h.

As pesquisas foram conduzidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e contam com a parceria da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), do Arranjo Produtivo Local (APL) da Mandioca no Agreste, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas (Sebrae/AL) e secretarias municipais de Agricultura.

Segundo o diretor de Extensão da Seagri, Ruy Falcão, o dia de campo é um método que visa levar ao conhecimento de agricultores e técnicos as tecnologias desenvolvidas que podem melhorar a produtividade.
“O Brasil é um país com grande diversidade de clima e solo, dessa forma, uma mesma variedade que produza bem nas condições do Sul do país pode não ser a mesma recomendada para a nossa região. Daí a importância da pesquisa regional ou local”, frisou o diretor.

Os participantes do dia de campo também vão conhecer os diversos usos da manipueira, um líquido que resulta do processo de fabricação da farinha. De acordo com Ruy Falcão, esse produto é tóxico e pode contaminar o meio ambiente. “Mas hoje ele já pode ser usado para produção de adubo, de inseticida natural ou aplicado na alimentação dos animais”, explicou.

Outro assunto abordado no dia de campo será a importância da mandioca na alimentação humana e os diversos produtos que têm por base essa cultura. São esperados cerca de 120 participantes.

Entidades de pesquisa discutem PAC Embrapa

Reunião ocorre nesta terça-feira e fará um balanço do PAC 2008, 2009 e 2010 e propostas para o PAC II


(foto: Ascom/Seagri) Josival Almeida explica que
recursos do PAC Embrapa estão reestruturando a
pesquisa agropecuária em Alagoas

Alagoas esteve representada, nesta terça-feira (23), em Brasília, numa reunião das entidades estaduais de pesquisa agropecuária para tratar do Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (PAC) referente aos anos de 2008, 2009 e 2010, e do PAC II, que vai de 2011 a 2013. O encontro foi organizado pelo Conselho Nacional dos Sistemas Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Consepa), e ocorreeu na sala de reuniões da presidência da Embrapa. Alagoas foi representado pelo engenheiro agrônomo Josival Almeida, diretor de Pesquisa da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri).

Segundo Josival Almeida, o Estado recebeu R$ 950 mil do PAC Embrapa, que já foram aplicados em pesquisa agropecuária e infraestrutura. “Mais R$ 3,3 milhões devem ser liberados este mês, referentes ao ano de 2009, e R$ 2,19 milhões até o fim do ano, referentes ao ano de 2010”, afirmou Josival Almeida. “Esses recursos estão sendo aplicados na reestruturação do serviço de pesquisa, com a aquisição de veículos, tratores e implementos agrícolas”, explicou o diretor.

“Além disso, estamos em negociação com a Embrapa e com o Ministério da Agricultura para conseguirmos R$ 11,5 milhões do PAC II para investir em pesquisa agropecuária em Alagoas”, contou, frisando que tanto a Embrapa quanto o Ministério já deram sinal positivo sobre a liberação de recursos para o Estado.

Parte desses recursos será aplicada na reestruturação das Estações Experimentais de Pesquisa em Santana do Ipanema, Arapiraca e Igací. Em Batalha, haverá o fortalecimento das pesquisas com palma superadensada, sorgo e eucalipto, além do apoio aos trabalhos de melhoramento genético da pecuária leiteira. O PAC II da Embrapa vai de 2011 a 2013 e deve destinar mais de R$ 315 milhões às organizações estaduais de pesquisa.

Na reunião, em Brasília, também foram abordadas informações sobre um relatório do Consepa, sobre um edital da Finep, propostas de criação de Bolsas de Incentivo à Pesquisa Agropecuária Estadual e apresentação da Plataforma Nacional de Recursos Genéticos da Embrapa.

Fonte: Diego Barros (Seagri-AL)

sábado, 20 de novembro de 2010

Porto Velho sediará a 2ª Mostra de Tecnologias Sociais

Atendendo ao chamado do Ministério da Ciência e Tecnologia para realização de atividades de divulgação científica da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) de 2010, com o tema: “Ciência para desenvolvimento sustentável”, a Prefeitura de Porto Velho e a Universidade Federal de Rondônia realizam nos dias 29 e 30 de novembro a 2ª Mostra de Tecnologias Sociais com o tema “Energias Renováveis Sustentáveis”. A mostra é realizada em 2010 após as eleições para garantir a efetiva participação da sociedade.
Em 2009, foi realizada a 1ª Mostra de Tecnologias Sociais de Porto Velho, quando a Prefeitura Municipal aderiu formalmente à RTS e assumiu papel de articuladora local de organizações de C&T, empreendimentos de economia solidária, poder público, sociedade civil, instituições de ensino, pesquisa e extensão no fomento e popularização destes conhecimentos voltados para a transformação efetiva da sociedade.
Considerando o contexto da cidade de geração de energia a partir da construção de duas usinas hidrelétricas, o tema principal da Mostra, este ano, será “Energias Renováveis Sustentáveis”.O evento acontece com o objetivo de difundir tecnologias sociais e promover a reflexão sobre as estratégias e maneiras de se utilizar os recursos naturais brasileiros com sustentabilidade e de forma conjugada com a melhoria das condições sócio-econômicas de sua população e reforçar a parceria entre as instituições envolvidas.
“Tecnologia Social compreende produtos, técnicas e/ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que represente efetivas soluções de transformação social” (conceito utilizado pela Rede de Tecnologias Sociais – RTS).
Espera-se receber cerca de 500 pessoas entre estudantes do ensino fundamental, médio, técnico/tecnológico e superior bem como gestores públicos, pesquisadores,  gestores de empreendimentos de economia solidária e cooperativas.
Com entrada gratuita em toda a programação, a 2ª Mostra acontecerá no campus Porto Velho do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRO),  localizado à Av. Jorge Teixeira, 3146 – Setor Industrial (antigo CETENE) em Porto Velho.
A programação do primeiro dia, 14h, no auditório do IFRO, contará com mesa redonda sobre energias renováveis e show às 21h 30 com o grupo Minhas Raízes. Já no segundo dia, a 2ª Mostra apresentará a mesa de debate com o tema: “Universidade e tecnologias sociais”. O evento conta ainda com exibição de vídeos clipes com a temática ambiental, mostras em estandes e interatividade com os participantes.
O grupo “Minhas Raízes”, que está gravando o segundo CD, é composto por 25 crianças e adolescentes ribeirinhos da comunidade de Nazaré no baixo rio Madeira e trabalha com a inclusão social a partir da cultura com o diferencial de construção de seus bioinstrumentos, produzidos com o que a natureza descarta.
O participante da Mostra poderá visitar estandes de tecnologias sociais já reconhecidas como Aquecedor Solar de Baixo Custo, Biodiesel com Óleo de Babaçu, Fogão Eficiente, Aproveitamento de óleo como biocombustível, Conexões de Saberes, Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS), Projeto RECA, entre outros. E de experiências de projetos que se reconhecem como TS: Pesca Sustentável; Diagnóstico Etnoambiental participativo; Com.Ciência Florestal; Uso e manejo de plantas medicinais na Amazônia.
O visitante poderá ainda conhecer a Mostra itinerante disponibilizada pela Rede de Tecnologias Sociais – RTS com resumos de tecnologias sociais como o Banco Palmas, Incubadora Pública de Empreendimentos Econômicos Populares, Minhocasa, Húmus Sapiens – Sanitário Compostável, Superadobe.
A Mostra receberá, dia 30, a partir das 8h, visitas agendadas de escolas que serão guiadas por uma trupe de atores e as impressões dos alunos e alunas registradas em desenho em atividade facilitada pela Rede de Educação Cidadã. Paralelamente à Mostra acontecerá, no auditório do IFRO, seminário com palestras e mesas redondas.
A fim de minimizar os impactos de emissão de CO² gerados pelo evento serão plantadas árvores em atividade realizada em parceria com o Coletivo jovem pela Sustentabilidade do Meio Ambiente em Rondônia – CJS/RO. 
Visando oportunizar aos interessados condições de continuidade de troca de informações sobre tecnologias sociais pós-evento, será realizada a divulgação do Portal da RTS e Espaço Aberto de Conhecimento em espaço de inclusão digital disponibilizado aos participantes. 
São parceiros da Mostra a SECIS – Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do MCT; a Rede de Tecnologias Sociais – RTS; o Instituto Federal de Rondônia; o Projeto Casa Brasil; Programa Conexões de Saberes e a Fundação Rio Madeira.


Outras informações:
http://www.rts.org.br
Telefone: 69-3901-2887/9265-6696
Email: tecnologiasocialpvh@gmail.com

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Turismo rural na agricultura familiar é tema de encontro em Cáceres

A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), através do escritório local em Cáceres, realiza o I Encontro Mato-grossense sobre turismo rural na agricultura familiar na região de Cáceres. Serão três dias de intensas atividades com a seguinte programação:

Terça – 30 de novembro de 201014:00 às 18:00 hs – Credenciamento e entrega de materiais
19:00 às 22:00 – Abertura:
• Apresentação cultural – Grupo de Violão do IFMT/Cáceres.
• Palestra 1 – Turismo rural e desenvolvimento local – Dr. Milton Mariani UFMS
• Palestra 2 – Produção rural associada ao turismo – Msc. Rejane Pasquali (Ictus Consultoria)

Quarta – 01 de dezembro de 201007:00 às 09:30 – Recepção dos produtores
09:30 às 10:30 – Café da manhã rural
10:00 às 12:00 – Caso de sucesso 1: Rancho Paraná – Brasília/DF (Flores tropicais e turismo)
12:00 às 14:00 – Almoço
14:00 às 18:00 – Oficinas:
• Oficina 1 – Flores tropicais – Rancho Paraná e Empaer
• Oficina 2 – Frutas desidratadas (Empaer)
• Oficina 3 – Queijo Coalho (IFMT/Cáceres)
• Oficina 4 – Preparando a propriedade para o turismo rural – Águas do Pantanal/MS
• Oficina 5 – Uso do GPS de Navegação para marcação de Trilhas e Roteiros Turísticos (IFMT/Cáceres)
19:00 às 22:00 – Feira de produtos rurais na agricultura familiar e apresentações culturais.

Quinta – 02 de dezembro de 201007:00 às 12:00 – Visitas técnicas:
• Visita 1 – Fazenda Jacobina – Patrimônio Histórico Cultural e o turismo rural
• Visita 2 – Coocrijapan – Criação de Jacaré
• Visita 3 – Experiência de turismo rural – roteiro na Ponta do Morro em Cáceres
• Visita 4 – Tecnologia a serviço do campo – IFMT
• Visita 5 – City Tour histórico cultural exposição dos Xarayés (Unemat).
13:00 às 15:00 – Almoço
15:00 às 16:30 – Caso de sucesso 2 – Agricultura familiar e turismo em área de assentamento (Assentamento 14 de agosto de Campo Verde)
16:30 às 17:00 – Mostra de produtos e resultados das oficinas
17:00 às 19:00 – Caso de sucesso 3 – Panorama e perspectivas do turismo rural no Brasil (IDESTUR).
19:00 às 22:00 – Cerimônia de encerramento, feira de produtos rurais e festa na roça.

I Encontro Mato-grossense sobre turismo rural na agricultura familiar em Cáceres.Data: 30 de novembro, 01 e 02 de dezembro de 2010.
Local: Parque de Exposições de Cáceres – Avenida Santos Dumont S/Nº. Cáceres-MT.
Inscrições: Escritório local da Empaer de Cáceres – Rua Generoso Marques Leite s/n - Bairro: COC – Cáceres-MT.
Telefone: (65) 3223-5566 ou 3223-8581.

Fonte: Secom-MT

Assistência técnica contribui na reinserção social de dependentes químicos

O Emater – PI é um dos parceiros da Terra da Esperança, como é conhecida a Fazenda da Paz. Nas áreas onde os internos recebem assistência, são exploradas atividades como olericultura, cajucultura, piscicultura e agroindústria. As atividades realizadas são relevantes para o fornecimento de mão-de-obra qualificada para o mercado e como etapa da terapia ocupacional aplicada pela Fundação.

O diretor geral do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí , Emater – PI, Adalberto do Nascimento Filho, acompanhado por uma equipe técnica do Instituto, visitou esta semana as instalações da Fazenda da Paz em Timon (MA). A visita incluiu desde a área da colheita dos frutos até o cozimento da cajuína.

O Emater – PI  é um dos parceiros da Terra da Esperança, como é conhecida a Fazenda da Paz e nas áreas onde os internos recebem assistência, são exploradas atividades como olericultura, cajucultura, piscicultura e agroindústria, sendo relevantes para o fornecimento de mão-de-obra qualificada para o mercado e como etapa da terapia ocupacional aplicada pela Fundação.
Segundo o diretor geral, o projeto, junto à Fundação é de grande importância social e econômica. “É uma parceria que tem dado certo, e um trabalho que uniu de forma eficaz a produção rural com a reinserção social dos dependentes químicos”, reforça.

Produção acima da média
Segundo dados do IBGE (Agosto/2010), a área plantada com a cultura do cajueiro no Piauí é de 198.787 ha, com uma produção estimada em torno de 67.488 toneladas. Vale ressaltar que a produtividade esperada é de 367 kg/ha. Entretanto, na safra de 2010 estima-se uma perda de 70% da produção em função das condições climáticas adversas ocorridas. Contudo, através da assistência do Emater, a Fazenda da Paz, em uma área de 15 ha de cajueiro irrigado, está obtendo uma excelente produção de caju ainda na safra 2010. “Na área de produção, este ano, os resultados serão positivos, com aproveitamento tanto da amêndoa quanto do pseudofruto. Estima-se que o beneficiamento do pseudofruto gere uma produção em torno de 70 mil garrafas de cajuína”, afirma o eng. Agrônomo Gilberto Pedreira.

Astrid Lages Emater/PI

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Assinada ordem de serviço para conclusão do frigorifico de peixe em Rolim de Moura

Visando a finalização do Frigorífico de Peixe de Rolim de Moura, o Prefeito Sebastião Dias Ferraz (Tião Serraia), assinou na ultima sexta-feira, 05, a ordem de serviço que autoriza a execução da quarta parte da obra que consequentemente gerará novos empregos e renda na região da Zona da Mata.

Fruto do empenho do Senador Valdir Raupp e da Deputada federal Marinha Raupp, a emenda de quase R$700 mil, custeará a adequação da Unidade de Beneficiamento do Pescado de Rolim de Moura, oferecendo melhores condições para um maior volume de pescado ao consumidor, o que garantirá mais qualidade aos produtos oferecidos pela Unidade.

Para o Prefeito, esta é mais uma conquista do município que fortalecerá a piscicultura da região, beneficiando não só os membros da Cooperativa de Peixes como também toda classe de produtores, com um abate diário de quatro toneladas de peixe. Peixes como o tambaqui, pirarucu, tilápia, entre outras espécies, serão abatidos no local, transformados em almôndegas, filés, polpa, bem como comercializados na forma mais convencional - embalados e limpos. A meta distribuir a produção não só no Estado, como por todo o Brasil.

Idealizado em 2001, o Frigorífico de peixe já recebeu um investimento de pelo menos um milhão de reais em recursos públicos, sendo que R$450 mil vieram da antiga Secretaria de Pesca, hoje substituída pelo Ministério de Aquicultura e Pesca, para a aquisição dos equipamentos. Como precisa estar dentro dos parâmetros nacionais de qualidade e ainda ter o Selo de Inspeção Federal (SIF), o mesmo ficou impedido de funcionar até que tais adequações fossem atendidas. As execução das adaptações devem ser iniciadas nos próximos dias.

(dep. de Comunicação)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MDA e Petrobrás discute implantação de Unidades Técnicas Demonstrativas

O diretor geral do Instituto, Adalberto do Nascimento, recebeu representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Instituto Brasil, da Delegacia Federal do MDA e da Petrobrás Biocombustível. A UTD será um centro de referência para demonstrar as melhores alternativas de produção aos agricultores familiares. A meta do Instituo Brasil é criar 90 UDT’s no Nordeste e Sul de Minas Gerais, das quais, seis serão localizadas no Estado do Piauí. Essas serão distribuídas em dois pólos: um na região dos Cocais e outro na Serra da Capivara. Para tanto, as cidades piauienses selecionadas para o projeto foram: Joaquim Pires, Barras, Luzilândia, Jurema, São Raimundo Nonato e Bom Fim do Piauí. Vale ressaltar que todas elas foram escolhidas com base nos grupos de trabalhos dos pólos de produção.

O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (EMATER-PI) discutiu na manhã dessa terça-feira (09) a implantação das UTD’s, que são as Unidades Técnicas Demonstrativas no território piauiense. O diretor geral do Instituto, Adalberto do Nascimento, recebeu representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Instituto Brasil, da Delegacia Federal do MDA e da Petrobrás Biocombustível.

 O gestor do projeto e representante do Instituto Brasil, Vinícios Fontes, explicou que a princípio esse encontro é primordial para a integração dos órgãos que irão participar do projeto. “Aqui vamos conhecer e ser conhecidos, estarão expostos todos os atores envolvidos, também vamos expandir nossos contatos, pois precisamos do envolvimento de todos”, destacou.
 A meta do Instituo Brasil é criar 90 UDT’s no Nordeste e Sul de Minas Gerais, das quais, seis serão localizadas no Estado do Piauí. Essas serão distribuídas em dois pólos: um na região dos Cocais e outro na Serra da Capivara. Para tanto, as cidades piauienses selecionadas para o projeto foram: Joaquim Pires, Barras, Luzilândia, Jurema, São Raimundo Nonato e Bom Fim do Piauí. Vale ressaltar que todas elas foram escolhidas com base nos grupos de trabalhos dos pólos de produção.

 A UTD será um centro de referência para demonstrar as melhores alternativas de produção aos agricultores familiares. O consultor do MDA, Artur Adriano, acrescenta que as UDT’s serão também mecanismos de avaliação dos resultados da produção das oleaginosas. Assim, os resultados esperados com a implantação das unidades irão refletir na ampliação do apoio técnico, no aumento da renda dos produtores com o cultivo da mamona que irá somar à sua produção tradicional, disseminação de técnicas mais aprimoradas e a identificação de agricultores multiplicadores que contribuam para ampliar o alcance das informações.

Astrid Lages/Emater-PI

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Projeto Minibiblioteca chega a Rondônia

O materiais impressos, de áudio e vídeo possibilitarão
às famílias rurais mais acesso à in formação.
Minibibliotecas, com publicações técnicas, de abordagem simples e de tecnologias que contribuem para a melhoria da produtividade agrícola serão distribuídas a 13 cidades de Rondônia. A iniciativa é do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), através da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os 13 kits e 68 portfólios temáticos foram entregues à Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), que fará a entrega aos escritórios locais dos municípios que integram o Território da Cidadania.

Esse material didático, de informação e disseminação de conhecimento foi desenvolvido pela Embrapa/Informação Tecnológica em parceria com técnicos das instituições de assistência técnica e extensão rural com o objetivo de “potencializar a ação extensionista entre os produtores rurais, bem como beneficiar a comunidade, atendendo às demandas locais por informações tecnológicas”.

Mais de cinco mil municípios brasileiros estão recebendo o material. Os 13 destinados à Rondônia serão distribuídos nos municípios que compõe o território da cidadania. São eles: Governador Jorge Teixeira, Jaru, Ji-Paraná, Mirante da Serra, Nova União, Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici, Teixeirópolis, Theobroma, Urupá, Vale do Anari e Vale do Paraíso, e um kit ficará à disposição dos demais municípios, para consulta, na biblioteca do escritório central da Emater.

Estímulo ao conhecimento
O kit de minibiblioteca contém publicações impressas e programas de vídeo. Os portfólios reúnem uma coletânea de CDs com 160 arquivos em áudio, do programa de rádio “Prosa Rural”, da Embrapa, e 80 vídeos do programa “Dia de Campo na TV”. Os temas são os contemplados no Plano Safra da Agricultura Familiar nos anos de 2008 e 2009, os mesmos trabalhos pela extensão rural junto ao agricultor, com enfoque na produção de pequenos animais, grãos, hortaliças, fruticulturas e até os cuidados necessários para evitar a Gripe A.

Além de ser utilizadas como ferramentas de apoio ao extensionista na orientação das práticas e técnicas agropecuárias, a minibiblioteca deverá estimular a comunidade a obter maiores conhecimentos teóricos, inclusive através de livros infanto-juvenis, de educação agroecológica e ambiental e até de receitas culinárias.

Para uma melhor disseminação entre a comunidade, o programa sugere que haja uma ampla divulgação das minibibliotecas, afim de que as organizações e movimentos tenham conhecimento da existência do acervo. É preciso que o extensionista estimule a leitura permitindo o maior acesso possível da comunidade ao local ao acervo bibliográfico, inclusive, se possível, organizando o empréstimo do material para leitura em casa.

O material disponibilizado para compor a minibiblioteca é constituído de informações compatíveis com a realidade agrícola e agrária nacional e possibilitará às famílias rurais o acesso à informação e às tecnologias.

Wania Ressutti/Emater-RO

UDs dinamizam produção de sementes crioulas no Piauí

Uma das muitas atividades ligadas ao desenvolvimento do campo e melhoria da qualidade de vida do agricultor e agricultora familiar no Piauí é a produção e dinamização de sementes crioulas, que o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí-Emater/PI realiza com a participação de sua equipe técnica de extensionistas rurais.
O Instituto conta a parceria de órgãos federais como o Ministério do Desenvolvimento Agrário-MDA e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa, que atuam na aplicação de convênios e no processo de melhoramento genético das sementes, respectivamente.

Atuação do  Emater na área
O trabalho do Emater é o de dinamizar a produção de sementes crioulas que são aquelas sementes que os agricultores já trabalham, e que são adaptadas às condições das regiões onde são semeadas, além da montagem de Unidades de Beneficiamento de Sementes-UBS e Unidades Demonstrativas ( UD’s), que foca no processo de limpeza das sementes, umidade correta de armazenamento para garantia de maior durabilidade da produção, e outros pontos que visam melhorar a qualidade dessas sementes.
Este ano, o Emater possibilitou a implantação de seis UD’s em regiões do semiárido, mais especificamente em comunidades quilombolas, com maior parte na região de Picos.
Outra vertente de atuação do Instituto é o quadro de cursos e capacitações voltados tanto para agricultores familiares - assistidos pelo Emater - , quanto para os técnicos de cada região contemplada, estes servirão como multiplicadores de métodos de produção e armazenamento das sementes.

Público beneficiado e perspectivas
O Engenheiro Agrônomo do Emater, José Tadeu Santos Oliveira, atua nessa área de produção de sementes e UB’S, e afirma que com as capacitações disponibilizadas pelo Instituto, cerca de 80 a 100 famílias de agricultores familiares recebem benefícios com seu trabalho nas mais diversas regiões do Estado, principalmente no semiárido. Além ainda, dos técnicos que também são público alvo das capacitações realizadas.
O engenheiro agrônomo pontua também o fato da implantação de oito unidades demonstrativas, previstas para 2011, sendo quatro com sementes de feijão e as outras quatro com sementes de milho. As UBS’s e AD’s serão instaladas nas regiões que compreendem os territórios da cidadania, com o principal intuito de melhorar a renda dos agricultores familiares e sua produtividade.
“O grande benefício no melhoramento da produção das sementes crioulas é satisfazer o desejo que os pequenos produtores têm de amenizar os problemas da baixa produtividade. O que eles querem é ter sementes de qualidade na época em que precisassem”, afirma Tadeu, ressaltando que o trabalho do Emater busca sanar esses problemas vivenciados pelos agricultores.

Atividades desenvolvidas
O Emater, em parceria com a Embrapa-Meio Norte, colhe estas sementes em comunidade purifica-os e multiplica-os, instalando Unidades Demonstrativas (UD’s) com o objetivo de mostrar aos produtores o potencial produtivo destas sementes após o processo de melhoramento.
Com o objetivo de incentivos a criação de bancos de sementes, o Emater também está instalando Unidades de Beneficiamento de Sementes, dando oportunidade aos pequenos produtores de produzirem e armazenarem suas próprias sementes, para cultivos posteriores, diminuindo assim a dependência da distribuição de sementes por órgãos públicos, muitas vezes fora de época e com sementes não adequadas às regiões.

Astrid Mª Lages Neves/Emater-PI

Empaer faz visita técnica e confere utilização prática da Hidroponia

Visita tecnologia de hidroponia em Engenho Velho,
Santo Antonio de Leverger MT (Foto: João de Mello)
A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), realizou na manhã de sábado (06.11), visita técnica na propriedade do senhor João Lourenço dos Santos, que trabalha com hidroponia em sua empresa rural Hidropônicos Leverger, que fica na comunidade Engenho Velho no entorno de Santo Antônio de Leverger (34 km de Cuiabá).

Hidroponia, termo grego que significa cultivo de vegetais em meio líquido, uma técnica de utilização prática e moderna na produção de hortaliças, que num pequeno espaço para o plantio, consegue maior produtividade e qualidade dos produtos, sem nenhum impacto ambiental, maior higiene e drástica redução no consumo de água. A hidroponia pode ser implantada em pequenas propriedades agrícolas, sítios, chácaras ou em até mesmo em terrenos localizados nos centros urbanos.

A hidroponia é sempre feita em estufas e a escolha do tipo e modelo dependerá dos fatores climáticos a serem manejados para atender as espécies cultivadas. As estufas devem ser construídas em local onde não haja sombra, com disponibilidade de água, energia elétrica, topografia uniforme (terreno plano) e não sujeito a ventos fortes. A cobertura deve ser transparente, em polietileno, com espessura de 100 a 200 micras. O polietileno é encontrado no mercado, na largura de 2,20 a 12,0 metros.

A produção de mudas para o cultivo hidropônico é realizada com o emprego da espuma fenólica. As bancadas ou mesas de cultivos ficam distanciadas 1,0 metro da superfície do terreno, com largura oscilando entre 1,5 a 2,0 metros e comprimento de 10,0 a 20,0 metros, dependendo do terreno. Para facilitar o fluxo da solução nutritiva (que é o alimento das plantas), a estrutura de apresentar um desnível de 3 a 5 % e o fato das bancadas serem suspensas, mantêm as plantas livres de patógenos (causadores de doenças), que preocupam os horticultores convencionais.

A escolha da solução nutritiva está diretamente relacionada à necessidade nutricional de cada espécie a ser cultivada no sistema hidropônico. Macronutrientes (Nitrogênio, Cálcio, Fósforo, Potássio, Magnésio, Enxofre) e micronutrientes (Ferro, Boro, Zinco, Manganês, Cobre e Molibdênio). A escolha dos sais é baseada na relação custo/benefício e devem considerar ainda o seu grau de pureza e a solubilidade em água. Da semeadura até a colheita o ciclo é de 45 dias e a temperatura da água não pode ultrapassar 28º graus, deve permanecer constante. As cultivares mais plantadas em hidroponia são: alface crespa, lisa, roxa e americana, agrião, rúcula, almeirão, hortelã. salsa, etc.

A senhora Célia Bandinha, produtora de hidroponia há 10 anos em Barra do Garças, tem como meta para 2011 implantar outra hidroponia em Portugal. Ela esteve por lá este ano para conhecer e analisar a possibilidade de implantação e verificou que lá ainda não é produzido a alface. “Sou apaixonada por hidroponia. É um trabalho de qualidade e não agride a natureza. Eu sou a única produtora na região do Vale do Araguaia, entrego toda minha produção, que são de 900 a 1000 pés por dia, numa área de 4m², nos supermercados de Barra do Garças e graças à equipe da Empaer, que nunca me desamparou quando precisei, no ano que vem, se Deus quiser, eu vou montar uma hidroponia também em Portugal”, ressaltou dona Célia.

No Brasil, o cultivo comercial em hidroponia é bastante recente, seus produtos são mais limpos que os convencionais, vem tudo embalado, pronto para uso, sendo a alface a principal espécie cultivada. A princípio o investimento é alto, mas o seu retorno econômico pode ocorrer em 18 a 24 meses. Poucas pessoas são necessárias para manter a produção das estufas, ou seja a racionalização da mão-de-obra se apresenta como uma das vantagens da hidroponia, que também pode ser considerado um trabalho terapêutico, pela riqueza dos detalhes que devem verificados diariamente.

“O Estado de Mato Grosso é exclusivamente agrícola, 86% dos empreendimentos agrícolas são de agricultores familiares, não há desenvolvimento se não houver conhecimento”, destacou Almir de Souza Ferro, Diretor da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) da Empaer.

Cerca de 140 pessoas participaram da visita técnica e 70 a 80 % eram produtores das regiões de Nobres, Jangada, Rosário Oeste, Barra do Bugres, Barra do Garças, Cuiabá, Santo Antônio e Campo Verde. O biólogo da Empaer, Nesvaldo Bento de Oliveira, especialista em Olericultura, além de organizar a visita técnica, palestrou sobre o risco de mercado e o atendimento que a empresa oferece aos produtores, enfatizando que o assessoramento da Empaer é gratuito.

Cristiane Celina/SECOM-MT

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Agricultores recebem sementes para safra 2010/2011

Serão distribuídas duas variedades de arroz
Os agricultores de Rondônia começaram a receber, neste mês, sementes qualificadas de arroz e milho. Serão mais de 500 toneladas de sementes distribuídas a, aproximadamente, 11 mil famílias. Cada família receberá de 40 a 60 quilos de sementes de acordo com a cultura e área implantada, até o limite de dois hectares.

Desde 2003 que os agricultores de Rondônia vêm recebendo sementes melhoradas, com o intuito de elevar a produção de grãos no Estado e melhorar a qualidade produzida visando melhorar o preço para o agricultor familiar. Dependendo da época de plantio são distribuídas sementes de milho, arroz ou feijão. O início das chuvas marca o período de plantio para milho e arroz, por isso os agricultores já começam a receber as sementes de variedades mais propícias para a região.

Até o ano passado foram entregues aos agricultores, 2.736,23 toneladas de feijão 1.721,96 toneladas de sementes de arroz, 2.351,80 sementes de milho, beneficiando 173.491 famílias. O resultado foi uma produção média/ano de 7.943,57 toneladas de feijão, 15.387,38 toneladas de arroz e 36.141toneladas de milho.

A distribuição de sementes melhoradas faz parte do “Projeto Semear”, desenvolvido pelas Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Social (Sedes) e de Agricultura, Pecuária e de Regularização Fundiária (Seagri). A execução é da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) que cadastra as famílias e distribui as sementes.

As sementes entregues ao agricultor são de qualidade e viável ao solo rondoniense. Para a safra 2010/2011 estão sendo distribuídas 119,63 toneladas de arroz da variedade arroz AN Cambará, 183,27 toneladas de arroz BRS Primavera e 224,96 toneladas de milho AL Bandeirantes.

Segundo o engenheiro agrônomo José Edny de Lima Ramos, extensionista da Emater e responsável pela distribuição de sementes no Estado, cada família poderá receber até 60 quilos de sementes de arroz e 40 quilos de sementes de milho, dependendo da área implantada, ao limite de até dois hectares da cultura.

Edny conta ainda que, no ano passado foram distribuídas 149,96 toneladas de sementes de arroz, que resultou em uma produtividade de 2.600 Kg/ha. Somente com a variedade BRS Primavera, a ser implantada em 3050 toneladas, estima-se uma produção de 7.930 toneladas de grãos. Já, o milho será implantado em 11.250 hectares e prevê uma produção de 29.250 toneladas de grãos.

Wania Ressutti/Emater-RO

Curso aborda técnicas de cultivo de café em Rondônia

Condução dos cafeeiros é um dos
temas do treinamento
Profissionais de assistência técnica e extensão rural que atuam nos quatro municípios com maior índice de desmatamento no Estado de Rondônia participam essa semana de curso sobre cultivo de café. O objetivo é capacitar os técnicos para prestar apoio aos produtores e qualificar a cafeicultura praticada no Estado. O curso é organizado pela Embrapa Rondônia e acontece de 9 a 12 de novembro no município de Ouro Preto do Oeste.

Serão tratados temas técnicos da cultura de café em Rondônia, o segundo maior produtor de Café Conilon do Brasil. Zoneamento e risco climático, formação de mudas, preparo do solo, condução do cafeeiro e manejo de pragas e doenças fazem parte do programa do curso.

As aulas serão divididas em teóricas e práticas. As atividades acontecem no Campo Experimental de Ouro Preto do Oeste, uma área da Embrapa Rondônia utilizada para melhoramento genético e desenvolvimento de tecnologias para condução do cafeeiro. Os participantes terão a oportunidade de conhecer experimentos e materiais genéticos de alta produtividade.

O pesquisador Angelo Mansur Mendes, da Embrapa Rondônia, fala sobre caracterização de solos no Estado de Rondônia e sobre as medidas necessárias para correção de acidez e adubação. O engenheiro agrônomo Zenildo Ferreira Holanda Filho conduz exercícios de aplicação de calcário e adubos em uma área do Campo Experimental.

José Roberto Vieira Júnior e José Nilton Medeiros Costa, também pesquisadores da Embrapa Rondônia, falam sobre manejo de pragas e doenças. O Café Conilon é afetado por pragas como a broca-do-café e por doenças como a ferrugem.

André Rostand Ramalho, João Maria Diocleciano e Gilvan Ferro completam a equipe de profissionais da Embrapa responsável pelo treinamento. Benedito Alves, da Emater-RO, também participa como palestrante e fala sobre classificação e qualidade do café.

O curso faz parte das ações do Mutirão Arco Verde, programa do Governo Federal lançado em junho do ano passado. A Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, participa do Mutirão com tecnologias agropecuárias para evitar novos desmatamentos. Em Rondônia, as ações estão focadas nos municípios de Nova Mamoré, Porto Velho, Machadinho d'Oeste e Pimenta Bueno.

Daniel Medeiros/Embra-RO

sábado, 6 de novembro de 2010

Emater-RO e Seagri realizam 3° Agropeixe em Guajara-Mirim

Pesquisadores e especialistas em piscicultura dos estados de Rondônia, Ceará, Amazonas, Mato Grosso e Bolívia estiveram reunidos nesta sexta-feira, 5, em Guajará-Mirim para a abertura do 3.º Seminário Agropecuário do Peixe. Realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri) em parceria com a Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do estado de Rondônia (Emater) o Agropeixe faz parte de um plano amplo para a piscicultura no Estado e é uma ação do Projeto Pirarucu de Rondônia, que há dois anos desenvolve ações para reprodução e manejo da espécie na região.

A abertura acontece às nove horas desta sexta-feira com a presença de autoridades e participação dos piscicultores de todos os municípios produtores de pescado em cativeiro, do Estado. Segundo o técnico agropecuário Francisco Barros, um dos responsáveis pela realização do Agropeixe em Guajará-Mirim, o evento foi divido em duas partes, sendo a primeira o seminário para discussão das espécies tambaqui e pirarucu, e a parte da tarde o Dia Especial sobre o pirarucu.

Os trabalhos estão sendo realizados na propriedade da piscicultora Linda Barros, localizada no Km 14, da BR-425, sentido Nova Mamoré. A programação se estende por todo o dia, com a realização de palestras e visita técnica à estação de reprodução de pirarucu. O encerramento está previsto para o inicio da noite culminando com uma degustação de pirarucu.

Wania Ressutti / Enoque Gonçalves - Emater-RO

Terra Indígena Campina do Katukina implanta primeiro criatório de capivara

O Projeto Amê Iná – assim chamado pelos Katukina do Campinas, que significa criação de capivaras, recebe esta semana os primeiros animais em seu criatório semi-intensivo de capivara. Os animais foram doados pelo Projeto Caboclinho da Mata, desenvolvido numa cooperação técnica entre Governo do Estado e Universidade Federal do Acre (Ufac. Este é o primeiro criatório de capivara em Terras Indígenas.
O embarque de um plantel composto de dez capivaras destinados a Terra Indígena Katukina do Campinas foi feito nesta quinta-feira, dia 4. O objetivo do projeto Amê Iná é criar capivara para consumo das famílias e repovoamento da Terra Indígena.
“Uma das principais vantagens é a alimentação das famílias, potencializando a soberania alimentar. Sem contar o aproveitamento do couro e óleo dos animais abatidos para consumo” diz a médica veterinária Maria Edna Rodrigues Costa, chefe da Seção de Manejo de Fauna Silvestre da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof). O couro será utilizado para a confecção de artesanato (bolsas e calçados) e o óleo para uso medicinal.
O projeto nasceu na elaboração Plano de Gestão Ambiental dos Katukina. “Prevaleceu o diferente, o inovador, que é a criação de capivara para nós. Já escolhemos a área do criatório, plantamos capim para alimentação delas e participamos de capacitação sobre manejo de capivara que a Seaprof promoveu juntamente com os parceiros Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ibama, Parque Ambiental Chico Mendes, Projeto Caboclinho da Mata e a Funai. Esse treinamento foi muito importante para nós”, disseram Edilson Rosa da Silva Katukina e Marcelino Rosa da Silva Katukina, Agentes Agroflorestais Indígenas.
O próximo passo do projeto é fornecer um terno de capivara (a partir da reprodução dessas matrizes) para as demais aldeias. “Além do fornecimento de carne para as famílias o projeto traz para a comunidade o exercício participativo comunitário, o aprendizado do manejo comunitário e assessoramento do plano de gestão do povo Nuke Kui”, explica Edna Costa.
Os animais enviados aos Katukinas do Campinas para formar o plantel inicial estão legalizados junto ao Ibama e a Funai.
Terezinha Moreira/Seaporf-AC

Sistema de Irrigação viabiliza produção de milho o ano todo

Dia Especial do Milho irrigado no Sítio Novo Amor do Rogério
Belizário na região de Cáceres (foto: João de Mello)
A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) numa parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), realizou na última quarta-feira (27.10) o Dia Especial do Milho irrigado, no sítio Novo Amor, de propriedade do senhor Rogério Belizário, agricultor familiar, que trabalha com sua esposa Eliete, dois filhos: Lorena e Murilo e o genro Emerson. A propriedade fica na Comunidade Barra Nova, a 45 quilômetros do município de Cáceres.

No Dia Especial foram apresentados in loco os resultados dos trabalhos desenvolvidos em pequenas áreas com sistema de irrigação simples, mostrando que é possível produzir milho verde em um escalonamento e
frequência na produção para atender o comércio o ano todo. O Dia Especial foi feito em etapas, ao chegar, os produtores fizeram a inscrição. Os três grupos de 30 pessoas foram encaminhados às três estações: na
primeira estação, foi apresentado a propriedade e um resumo do que seria visto; na segunda: a tecnologia
aplicada (irrigação) e a terceira estação: produção, valor, expectativa de lucro.

No caso do senhor Rogério, o cultivo do milho irrigado tem uma área de 1.000 m² (10 linhas de 100m). A duração do ciclo da cultura leva em média 66 a 68 dias e neste sistema, a colheita é semanal. "Esse projeto do milho verde teve início há três anos atrás, eu comecei o plantio, mas sem o conhecimento técnico, me faltava algumas coisas, então deu tudo errado. Fui buscar ajuda na Empaer e juntos com eles, eu e minha família, que é meu braço direito aqui, começamos tudo de novo, mas agora da maneira correta não ensando somente em produzir milho, sem medir custos e consequência, sem pensar no futuro, sem pensar no impacto ambiental, então com o apoio da Empaer, nós conseguimos dar início a esse projeto que a gente tinha de produzir milho verde para comercialização. Hoje nós chegamos a conclusão, que aquilo que nós fomos buscar, juntamente com a Empaer, nós conseguimos, aquele sonho lá do passado, se tornou realidade e hoje nós temos uma renda familiar, além do gado leiteiro. Eu aprendi um pouco já, mas tenho muito mais a aprender, pois a vida da gente não pára e as mudanças que temos na natureza, isso é preciso trabalhar com cuidado para que a gente não venha só a pensar em produzir hoje, mas pensar também no futuro dos meus filhos. O que eu vou deixar pra essa terra aqui? como eu vou deixar?!! porque eu não comecei "brincando" de plantador de milho, eu comecei pra continuar, eu fixei minhas raízes aqui em 1990 e hoje estamos aqui, conseguimos atingir uma meta daquilo que nós tinhamos almejado e com certeza não para por aqui, vai continuar", disse.

"Eu colho por semana em torno de 35 a 40 cento de milho. Isso vai pro mercado já embalado (5 espigas de milho) a R$ 3,00 cada um e a minha produção já tem destino certo, hoje eu vendo o cento do milho a R$ 35,00 e to entregando pra uma fábrica de pamonhas que fica aqui no distrito de Caramujo e assim nós vamos trabalhando e nosso esforço não tem sido em vão, se tornou realidade", destacou Belizário. A Empaer em parceria com o MDA, trabalha com o projeto MDA/ATER que presta assistência técnica gratuita a pequenos produtores tradicionais. O projeto estende-se a sete comunidades, dos quais foram cadastrados 120 famílias com atividades desenvolvidas em pecuária de leite, corte e algumas culturas alimentares, como neste caso, do milho verde. As ações de apoio técnico são realizadas através de visitas de orientação técnica.

O projeto trabalha com cinco Unidades Didáticas de Sustentação Econômica (UDSE's) para divulgar tecnologias apropriadas ao agricultor familiar, entre elas estão, além do milho verde, pastagem, cultura da mandioca, capineira, pastagem melhoramento genético. A

Cristiane Celina/Empaer-MT

Cultivo de ostras gera renda no litoral de Maceió

Dona Benedita destaca apoio do Estado na produção de ostras
(foto: Ascom/Seagri)
O cultivo de ostras no litoral Norte de Maceió é fonte de renda para diversas famílias, inclusive para a de dona Benedita Antônia dos Santos, que mora em Ipioca e é esposa e filha de pescador. Ela e outras mulheres da comunidade fazem parte de uma associação de maricultoras.

“A gente vende pra hotéis, pra os turistas que vão lá”, disse dona Benedita. Segundo ela, quem vai a Ipioca e procura uma das maricultoras da associação pode comprar uma dúzia de ostras por R$ 8.

A associação recebe o acompanhamento da engenheira de pesca Erleide Mendes, extensionista da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri). “Elas conseguem produzir ostras o ano todo, só precisam ter acesso a novos mercados”, disse a engenheira.

De acordo com Erleide Mendes, periodicamente uma amostra da água do estuário onde as ostras são cultivadas é analisada em laboratório para garantir a qualidade do produto. Mas, segundo a técnica, a depuradora de ostras que está em fase de conclusão no município de Coruripe vai garantir ainda mais qualidade ao produto e infraestrutura a todos os produtores do Estado.

Erleide Mendes deixa uma dica de segurança aos apreciadores de ostras: “Ao ser retirada da água, ela deve ser consumida em até 24h ou então congelada imediatamente”.

Diego Barros/Emater-PE

Produtores de peixe dobram renda com aproveitamento de pele

Couro do peixe também serve como geração de renda
(foto: Ascom/Seagri)
Os produtores de peixe da espécie tilápia que também fazem o beneficiamento da pele, transformando em couro, conseguem dobrar a renda. Essa uma constatação do gestor do Arranjo Produtivo Local (APL) de Piscicultura, Miguel Alencar.

Segundo ele, um quilo de peixe custa em torno de R$ 4, enquanto cada pele sai por cerca de R$ 2. “Como de cada peixe se tiram duas peles – uma de cada lado – é possível obter o dobro do valor”, analisou.
Para incentivar os produtores a agregar valor à sua produção, foi realizado esta semana, no Parque da Pecuária, em Maceió, um curso de curtimento vegetal de pele de peixe para 15 piscicultores da comunidade Palmeira Alta, em Penedo.

Além deles, também participou o técnico agrícola Marcelo Máximo, que presta orientação aos produtores de peixe de Joaquim Gomes. Ele pretende difundir o conhecimento entre os agricultores familiares que acompanha.

Os participantes receberam os certificados de conclusão do curso na sexta-feira (29). Segundo eles, o próximo passo na capacitação será aprender a transformar as peles em peças artesanais.

No município de Piranhas, no Sertão alagoano, um grupo de mulheres produtoras de peixe se associou e já produz peças de artesanato com pele de peixe, entre elas bolsas, sandálias, chaveiros e agendas.

O curso de curtimento vegetal de pele de peixe foi realizado por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas (Sebrae/AL) e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Diego Barros Emater-PE

Parceria entre EMATER-PI e Petrobrás muda a vida de 750 famílias no Piauí

A EMATER fornece a assistência técnica, a Petrobrás
garante o mercado
O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (EMATER-PI), através da parceria com a Petrobrás Biodiesel, vem conquistando espaço bastante importante na produção de mamona no Piauí. O trabalho do Instituto é feito no território da Serra da Capivara, nos 13 municípios da região de São Raimundo Nonato e no município de João Costa, na região de São João do Piauí.

O público-alvo são os agricultores familiares em geral, no caso do município de Caracol, a maior parte dos agricultores e agricultoras são do Assentamento Saco, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Caracol tem se destacado por apresentar os solos mais adequados e os melhores índices pluviométricos, além disso, vale ressaltar que os agricultores desse município estão bem organizados e concentrados, o que facilita a assistência técnica à medida que reduz os gastos com transporte.

Estão cadastradas 699 famílias nas áreas de atuação do projeto, mas com a adesão dos agricultores do município de Pio IX da região de Picos, esse número já chega a 750 em todo o Estado. As famílias de Picos tinham contato com a empresa Brasil Ecodiesel, que iniciou outro projeto na área de mamona, mas a empresa entrou em processo de falência e teve que sair do Estado, permanecendo ainda nos estados do Maranhão, Bahia e Tocantins.

Os agricultores contratados anteriormente pela Brasil Ecodiesel fizeram empréstimos para aquisição de sementes e grande parte deles, cerca de 4 mil agricultores, acabaram endividados. Hoje, as famílias que ingressaram no projeto junto ao EMATER e Petrobrás já estão conseguindo saldar suas dívidas nos bancos e com isso, voltam a ter acesso ao crédito.

Através do trabalho dos pequenos agricultores, o Piauí atualmente, possui uma área real de 1028 hectares plantados. A partir de agosto deste ano, já foram produzidas 198 toneladas sendo a meta final 250 toneladas até o final do ano. Para a economia local, isso significou a geração de cerca de 250 mil reais oriundos exclusivamente da venda de mamona.

André Rocha, articulador da Rede Temática de Ater no Biodesel do EMATER, explica que todo o trabalho consiste em um processo contínuo: “Temos um contrato com a Petrobrás com validade de dois anos, e que será renovado por mais dois anos em março de 2011. O que é uma garantia de que o Instituto irá acompanhar os agricultores por esses quatro anos”. O extensionista acrescenta ainda que é comum as pessoas relacionarem a experiência que aconteceu na Fazenda Santa Clara, em Canto do Buriti, com o restante dos trabalhos que estão sendo realizados no Estado. “Essa relação é equivocada, foi uma experiência diferente com metodologia diferente e de uma outra empresa”, declara.

O projeto em Canto do Buriti, que não teve a participação do EMATER, propôs o cultivo exclusivo da mamona e trabalhou com cerca de 600 famílias. O projeto sofreu desgastes porque as famílias passaram a plantar somente mamona e deixaram de lado as demais culturas, como mandioca, feijão e milho. O resultado forma as produções frustradas de 2004 até hoje, principalmente devido os baixos índices pluviométricos.

O EMATER trabalha com a conscientização dos agricultores para que estes entendam que a mamona é apenas um complemento de renda, sendo primordial manter as demais culturas e criação de animais. Assim, com a chegada dos períodos de seca, a mamona garante uma renda a mais o que pode evitar as crises.
Os agricultores que cultivam mamona estão também cadastrados automaticamente no Programa Garantia Safra. Este é um fundo criado pelo governo, onde os agricultores pagam uma contra partida, bem como os demais governos. Esse programa é para garantir a sobrevivência das famílias no caso de haver seca.
O Instituto executa toda a parte técnica do projeto: primeiro identifica as demandas que existem em cada município e depois entra em contato com os parceiros locais como os sindicatos e associações dos produtores de mamona, presentes em cada localidade. Os técnicos seguem até as comunidades onde promovem reuniões de mobilização com as famílias e vão ao campo para certificar se os agricultores possuem área adequada e aptidão para o cultivo da mamona. Após esse diagnóstico inicial, ocorre o cadastramento e distribuição de sementes, onde a Petrobrás fornece a semente certificada de mamona.

Os agricultores cadastrados passam por duas capacitações: uma antes do plantio e outra antes da colheita. O EMATER faz o acompanhamento durante todo o ciclo da cultura até o momento da comercialização. Os agricultores assinam um contrato de compra e venda com a Petrobrás, com validade de cinco anos e um preço previamente estipulado. A Petrobrás paga o valor de mercado que estiver em vigor no dia da compra na Praça de Irecê na Bahia, região onde é baseado o preço da mamona no Brasil.

O contrato garante ainda que a Petrobras pague o menor preço, através da Política de Preço Mínimo da mamona que estabelece atualmente o valor de R$0,78.  Assim, mesmo no caso de uma grande queda no preço, a Empresa assegura o R$0,78 no quilo de mamona. Todas as cláusulas econômicas são reajustadas anualmente através de uma reunião em Brasília com a presença das entidades representativas dos agricultores, como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (FETAG) e as instituições de assistência técnica. Em 2009 o preço mínimo era R$0,72 e com os reajustes desse ano o valor subiu para R$0,78.

Astrid Mª Lages Neves/EMATER-PI