quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Comissão de Agricultura da Câmara recomenda ao governo federal a criação do Sisbrater

Os peixes se foram e como eles outras formas de vida do rio.
Os peixes do rio Madeira estão desaparecendo. E as causas desse desaparecimento são sistêmicas, conseqüência de uma grande intervenção humana no ecossistema do rio, que os cientistas haviam previsto que teria impacto dramático sobre a população de peixes do rio. E é isso que está ocorrendo neste momento, como revelou a “Folha de S.Paulo” em sua edição de 8/1: os peixes do rio Madeira já sumiram na região do lago da hidrelétrica de Santo Antônio; outra hidrelétrica está em construção, chamada Jirau, com danos cumulativos previstos há pelo menos seis anos.
     As decisões que levaram ao desaparecimento da população de peixes do rio Madeira foram tema de discussão longa nos anos anteriores, com envolvimento de inúmeros cientistas especializados em clima, em hidrografia e ictiologia (estudo dos peixes) e o que está acontecendo foi previsto naqueles relatórios, mas o presidente da República e a ministra da Casa Civil mandaram atropelar os estudos e tocar as obras.
     E o que acontece agora no Madeira é uma sombra sobre os argumentos do governo em relação à próxima vítima, o rio Xingu e Belo Monte. Pense o seguinte: de todos os rios deste planeta, em todos os países de todos os continentes, o rio Madeira é o 17º. maior. E os seus peixes estão desaparecendo como mostrou a “Folha de São Paulo” no domingo, 8/1. A causa dessa destruição foi a decisão do governo brasileiro de construir duas grandes hidrelétricas naquele rio sem levar em consideração de fato os relatórios ambientais que alertavam para o risco de que a obra poderia dizimar a fauna do rio e por conseqüência toda a economia formada naquela região da Amazônia em torno da pesca artesanal.
     O rio Madeira é um dos afluentes do rio Amazonas, com uma fauna tão peculiar e rica que é dos únicos rios do mundo de que se pode dizer que tinha uma espécie animal rara completamente exclusiva de suas águas: o boto vermelho do rio Madeira. Sobre essa espécie, ameaçada, ainda não há estudos sobre o que aconteceu nos últimos meses. Mas o jornal revelou em sua reportagem do dia 8 que se inviabilizou a pesca dedicada a uns tantos tipos de peixe (chamados genericamente de “bagres”), que gerava 29 mil toneladas/ano de pescados. São estes peixes que “sumiram” segundo o relato dos pescadores ao jornal. Esta atividade econômica acabou. O governo federal dirá que não, que a pesca está reduzida temporariamente em algum trecho do rio, tentará levar o caso com a barriga mais para a frente, afastará os jornalistas com desculpas improvisadas enquanto os pescadores se acostumam com a falta de peixes, aceitam esmolas oficiais e arrumam outra ocupação. Mas o fato é que acabou.
     A “Folha de S.Paulo” noticiou com destaque médio (manchete de página interna) no dia 8 que os pescadores deslocados pela represa da hidrelétrica de Santo Antônio pedem prorrogação da ajuda que recebem do Estado a guisa de indenização porque os peixes desapareceram e não têm como sobreviver de seu trabalho tradicional, apesar de estar acabando a ajuda de custo prevista no orçamento da obra. Ao lado da reportagem, um texto de uma coluna continha uma declaração de um funcionário da área de sustentabilidade da empresa, chamado Ricardo Márcio Martins Alves, alegando que os pescadores terão que aprender novas técnicas de pesca, pois os peixes que eles pescavam costumavam se concentrar junto a corredeiras do rio e que agora, com a formação do açude para alimentar as turbinas da hidrelétrica, as corredeiras foram cobertas e os peixes se espalharam pelo lago todo. A técnica para achá-los deverá ser outra.

     A informação pode ensejar pelo menos estas hipóteses:
     1) A que desconfia da versão dos pescadores: eles preferem seguir sem trabalhar, vivendo às custas do Estado e por isso alegam que os peixes sumiram para conseguir mais dinheiro; 
     2) Uma menos apocalíptica, que desconfia da versão da empresa: os peixes sumiram temporariamente e o orçamento da obra subestimou a necessidade de ajuda de custo a populações da região, agora essa ajuda de custo terá que ser prorrogada por certo período de tempo, o governo terá que providenciar cursos de técnicas alternativas de pesca, aumentando razoavelmente o custo do projeto;
     3) Uma hipótese mais apocalíptica, que também desconfia da versão oficial: os peixes foram extintos ou reduzidos radicalmente para sempre, o impacto ambiental da obra foi subestimado pelo governo e agora o orçamento da obra terá que ser substancialmente ampliado para dar conta do custo eterno da extinção da pesca regional e o país terá que se entender com o grande impacto ambiental real causado pela hidrelétrica.
     Recentemente foi inaugurado o lago da primeira hidrelétrica do rio Madeira construída a partir da decisão do então presidente Lula e da então ministra Dilma Rousseff de construir na Amazônia o plano produzido nos anos 1970 pelos governos da Ditadura Militar de 1964-1985. Depois de anos de governo em que pouco havia realizado em produção de energia, com medo de um novo apagão como o que assolou a popularidade de seu antecessor, FHC, o governo Lula resolveu desarquivar o projeto militar de construir um complexo de hidrelétricas na planície Amazônica. A primeira, Santo Antônio, está começando a funcionar no rio Madeira; a segunda, Jirau, logo vai produzir seus efeitos. Em breve, conforme a vontade do governo começa a construção de Belo Monte. Na semana passada, a presidente autorizou a redução de cinco reservas florestais para seu alagamento alimentar três hidrelétricas. Várias outras hidrelétricas de grande porte estão em projeto ou construção na Amazônia, no Tapajós; outras virão no Xingu após Belo Monte, tudo sendo realizado estritamente conforme o plano produzido pelo regime ditatorial, quando não havia oposição; plano que foi congelado por causa da reação das populações da região a partir da redemocratização e agora descongelado e retomado, em um regime democrático peculiar, sem oposição.

     É muito difícil saber exatamente o que vai acontecer no Madeira após a inauguração das duas hidrelétricas, mas algumas informações concretas já existem:
     1) O funcionário da usina introduziu em toda a discussão uma novidade absoluta: em nenhum estudo de impacto ambiental anterior, do governo ou externo, foi mencionada a necessidade de ensino de novas técnicas de pesca por decorrência desse efeito “espalhamento” que ele sugere em sua declaração à Folha. O que sugere a hipótese de que os cientistas todos que se debruçaram sobre o assunto não tenham previsto este aspecto que os fatos concretos revelaram; ou outra, de que o funcionário tenha inventado agora essa versão.
     2) Os relatórios de impacto ambiental anteriores à obra previam danos graves para a população de peixes da região, especialmente para as várias espécies de bagres que sustentavam a riqueza da pesca artesanal do rio Madeira que são bem coerentes com o que está acontecendo, sugerindo a hipótese de que apesar de o presidente Lula, pessoalmente, ter desacreditado os cientistas e mandado o governo atropelar a resistência das áreas ambientais, os relatórios estavam certos.
     Entre os estudos de impacto ambiental que alertavam para o risco definitivo à população de peixes do rio Madeira, talvez os mais significativos sejam os produzidos pelo cientista Philip Fearnside, cientista do Inpa, americano radicado na Amazônia desde 1978, que participou pessoalmente da revelação (ainda durante a Ditadura) do plano de construção de várias hidrelétricas no Xingu, incluindo a hidrelétrica que agora foi denominada de Belo Monte. Como membro do IPCC (o painel intergovernamental sobre mudanças climáticas da ONU), Fearnside ganhou o prêmio Nobel de 2007. Mas embora seja um cientista trabalhando no Brasil, cujos conhecimentos são produzidos para órgãos brasileiros e revertem para a comunidade científica brasileira, ele não recebeu o reconhecimento ufanista que o Brasil costuma conceder a seus destaques internacionais.
     Seus textos (acessíveis no site http://philip.inpa.gov.br/ ) reúnem uma infinidade de dados sobre o meio ambiente e o clima na Amazônia, em estudos seus ou em referências aos estudos de outros cientistas, como é o caso do texto publicado em
http://www.mp.ro.gov.br/web/guest/Interesse-Publico/Hidreletrica-Madeira que é um resumo comentado dos estudos feitos, inclusive das ameaças para as espécies pescadas na região. O texto é de 2006. Nada foi feito para evitar os danos. O governo tratou a obra como irreversível e inegociável.
     Em resumo, o que Fearnside diz (nesse estudo e em entrevista a este repórter) é que os bagres pescados no Madeira são peixes de fundo de rio, onde há oxigênio. Com a criação de um grande lago, o fundo desse reservatório não tem oxigênio (devido à profundidade) e não há peixe, portanto. Além disso, esses peixes nadam rio acima para pôr ovos e a passagem pela barreira da hidrelétrica se torna muito difícil ou impossível (neste momento, inclusive, está fechada a rampa de transposição criada para dar uma possibilidade de os peixes subirem o rio); e as larvas (os filhotes) dos peixes descem o rio à deriva enquanto crescem para se alimentar no Baixo rio Amazonas. Agora, nessa deriva, as larvas terão que atravessar as turbinas da hidrelétrica, um triturador de grandes proporções. Esses três fatores foram apontados como ameaças possivelmente intransponíveis para as espécies de peixe.
     O desaparecimento apontado pelos pescadores indica que o cientista americano e todos os outros tinham razão. Os peixes se foram e como eles outras formas de vida do rio, já ameaçado pelo esgoto das todas as cidades ribeirinhas. Tudo vai piorar com a hidrelétrica de Jirau. E o mesmo vai acontecer com Belo Monte, no Xingu, pois o governo atropela os alertas ambientais e depois dá desculpas esfarrapadas para enganar jornalistas, como aconteceu com a Folha.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dia Nacional do Extensionista Rural



Dia 6 de dezembro comemora-se, em todo o país, o dia do extensionista rural. Criado através da Lei 12.386, no dia 3 de março de 2011, pelo Congresso Nacional, o Dia Nacional do Extensionista Rural tem por objetivo reconhecer o valor desse profissional que atua diariamente ao lado do agricultor, ajudando-o na construção de um Brasil social e economicamente produtivo e sustentável.

A contribuição do extensionista rural em Rondônia data de 1971, quando instalou-se no Estado a Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do estado de Rondônia (Emater). Desde então é visível o papel desse profissional nos processos educativos e de orientação técnica, para a construção da dignidade e da consciência da família rural. Hoje eles são cerca de 800 (entre extensionistas rurais, sociais ou de gestão), e são responsáveis em levar as políticas públicas de desenvolvimento sustentável aos 52 municípios rondonienses.

Pode-se até dizer que grande parte do crescimento agroeconômico do estado e até do país tem a contribuição da ação extensionista. É ele que leva de forma informal, a educação no campo. É ele que desenvolve as ações que compõem o processo produtivo e é ele, hoje, o agente facilitador das políticas públicas, nas três esferas de governo, que tem como foco a valorização e o fortalecimento da agricultura familiar.

A vida profissional do extensionista rondoniense, com toda a tecnologia existente, parece hoje, mais produtiva e tranquila, mas nem sempre foi assim. Muitos dos que atuam na Emater passaram por grandes dificuldades para assistir às famílias rurais que, aos poucos iam se instalando no Estado. Eram estradas inadequadas, picadas mal abertas, meios de comunicação inexistentes e meios de transportes insuficientes. Para desenvolver seu trabalho o extensionista precisava ser também “professor”, “doutor”, “psicólogo”, e muitas vezes, acabava quase se tornando um membro da família, tanta era a necessidade daquelas famílias.

Com a chegada do asfalto, transporte facilitado, políticas públicas ampliadas e a chegada das tecnologias o extensionista já conta com mais facilidades para atuar no campo, mas a extensão também vive um novo tempo. A Lei 12.188, de 11 de janeiro de 2010, que institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Pnater), sugeriu a utilização de metodologias participativas, com enfoque multidisciplinar, interdisciplinar e intercultural, ou seja, valorizando o conhecimento do agricultor e troca de experiências entre agricultor/extensionista e agricultor/agricultor, levando-se sempre em consideração as questões étnicas, raciais, culturais, ambientais e outras peculiaridades locais.

Assim, o extensionista rural vai se adequando às novas idéias, às novas políticas e fazendo disso o instrumento de suas ações no fortalecimento da família rural. Por isso, nada mais justo que seja dedicado a ele um dia especial: o Dia Nacional do Extensionista Rural.

Wania Ressutti

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Proposta do novo Código Florestal será votada na primeira semana de maio

Brasília – Em entrevista por telefone, de Washington - capital dos Estados Unidos, onde participa de uma missão oficial da Câmara, o deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) comemorou o anúncio feito na tarde de ontem pelo presidente da Câmara, Marco Maia, de votar o projeto do novo Código Florestal Brasileiro já na primeira semana de maio. O anúncio veio após uma longa reunião de líderes. De acordo com o presidente, a matéria será incluída na pauta do Plenário nos dias 3 e 4.

“Não poderia haver notícia melhor nesse momento para todos nós que encampamos essa luta difícil, principalmente os produtores rurais brasileiros que estão angustiados e há tanto tempo esperam por essa votação. O presidente Marco Maia prova que é um homem de palavra e que tem a sensibilidade necessária para compreender que este é um assunto de interesse nacional”, disse o deputado. 

Moreira afirmou que todos os esforços estão sendo feitos no sentido de estabelecer um consenso em torno da proposta do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Ele lembrou que o movimento mais significativo foi dado pelo governo federal, por iniciativa do vice-presidente Michel Temer, que reuniu na semana passada as bancadas pró e contra o Código Florestal para discutir os pontos divergentes do relatório.

“Desde o início das discussões, tenho batido na tecla de que o debate não pode ser feito apenas com a visão de grupos, mas com a visão de nacionalistas que somos, porque o Congresso representa o Brasil, e, portanto, precisa legislar para todos os brasileiros”, reforçou Moreira Mendes. 

Ainda de acordo com o parlamentar rondoniense, o presidente Marco Maia acertou ao definir uma data para votação da proposta. “Não dá mais para adiar essa votação. O prazo dado pelo governo aos produtores rurais está se esgotando em 11 de junho. Todo mundo está com a corda no pescoço. O projeto já foi discutido em dezenas de audiências Brasil afora, internamente, na Câmara, por meio da Comissão Especial, e em todas as instâncias da sociedade. Há pontos polêmicos? Sim. Há divergências? Algumas. Mas o Plenário é o local mais apropriado para discutirmos isso”, reiterou.

Acordo
O presidente da Câmara, Marco Maia, admite que não haverá um acordo total sobre o parecer do deputado Aldo Rebelo, mas acredita que haverá acordo sobre 99% dos dispositivos do código. Ele adiantou que os ministros da Agricultura, Wagner Rossi; do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; e do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence; estarão na Câmara na próxima semana para conversar com líderes e bancadas. Segundo ele, os ministros terão oportunidade de explicar a posição conjunta do governo sobre o código.

Claudivan Santiago – c/ Agência Câmara
DRT /DF 9128

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Educadores e agentes de extensão rural iniciam capacitação para o Projovem Campo Saberes da Terra

Treinamento para agentes de extensão rural e educadores prossegue
até a sexta-feira (foto: Ascom/Seagri) 

Os agentes de extensão rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e os educadores da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE) que vão participar do Programa Projovem Campo Saberes da Terra iniciaram, nesta segunda-feira (11), a capacitação, no Centro de Ensino e Pesquisas Aplicadas (Cepa), no bairro do Farol, em Maceió.

Ao todo, nove técnicos de extensão rural da Seagri participam do treinamento, que segue até a próxima sexta-feira (15) e vai promover o conhecimento e a socialização do panorama do Projovem Campo Saberes da Terra em Alagoas. Entre eles estão agrônomos, zootecnistas, técnicos agrícolas e técnicos em agropecuária.

Para isso, o grupo será orientado por uma equipe do Centro Acadêmico do Agreste, vinculado à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). No Estado vizinho, 900 educadores e agentes de extensão rural estão em capacitação.

Em Alagoas, os profissionais que estão sendo capacitados esta semana vão trabalhar com 347 jovens alagoanos que moram na zona rural de dez municípios e que não concluíram o Ensino Fundamental. Esses jovens, com idades entre 18 e 29 anos, vão finalizar os estudos, na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), e obter uma qualificação social e profissional, com foco nas atividades rurais.

Troca de conhecimento – Segundo Ângela Costa, superintendente de Gestão da Rede Escolar da SEE, os conhecimentos que serão repassados aos jovens incluídos no Projovem são saberes que vêm da terra e que serão aplicados novamente na terra, no campo, para melhoria da produção agrícola. “Que saberes são esses? Essa é uma grande ação e vai fazer com que esses saberes voltem para o campo”, destacou.

De acordo com Rita de Cássia, superintendente de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) da Seagri, a inclusão dos agentes de Ater no Projovem é um desafio que objetiva a formação social e profissional, com foco na inclusão produtiva, e utilizando as ferramentas da metodologia participativa que orienta o trabalho de assistência técnica.

“A Seagri acredita que assim estaremos promovendo meios para a sucessão rural, ou seja, a sucessão para o trabalho no campo, que é tão importante para quem mora no campo e na cidade”, citou Rita de Cássia.

O Projovem Campo Saberes da Terra em Alagoas terá duração de dois anos e vai trabalhar cinco temas relacionados à agricultura familiar: sistema de cultivo, sistema de criação de animais, extrativismo, aquicultura e agroindústria.

Diego Barros/Seagri-AL

quarta-feira, 30 de março de 2011

Agricultores poderão ser remunerados por preservar meio ambiente

Oficinas e seminário serão realizados para elaboração de
um projeto que indicará as condições da preservação e
do pagamento (foto: Ascom/Seagri)

Os agricultores familiares alagoanos poderão ser remunerados pelo trabalho de preservação do meio ambiente em suas propriedades, como mata nativa, animais, solo e água. Essa discussão foi iniciada nesta terça-feira (29), durante reunião entre representantes do governo do Estado e de entidades vinculadas aos pequenos produtores rurais.

De acordo com Genivaldo Vieira da Silva, presidente da Central Estadual de Associações de Assentados e de Pequenos Produtores de Alagoas (Ceapa), é necessário que o meio ambiente seja preservado em todas as regiões do Estado, especialmente na região de caatinga, que já foi bastante devastada.

“Essa devastação ocorreu, em parte, porque o agricultor precisava e precisa dos recursos naturais para sobreviver. Em geral, o agricultor familiar de Alagoas tem propriedades muito pequenas e, por isso, fica difícil ele manter uma área de preservação, sem uso nem para lavoura nem para pecuária”, explicou Genivaldo Vieira da Silva.

Por esse motivo, a Ceapa e o Movimento Minha Terra (MMT) procuraram a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) para iniciar as discussões sobre políticas públicas visando à elaboração de um projeto de pagamento por serviços ambientais, mais conhecido como PSA.

Também participaram da reunião na sede da Seagri, nesta terça-feira (29), representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).

“Ainda não existe nenhuma experiência desse tipo em âmbito estadual. Apenas algumas prefeituras, fora de Alagoas, mantêm iniciativas semelhantes. Mas já garantimos apoio para que essas discussões tenham continuidade aqui no Estado e, junto com a sociedade, seja discutida a metodologia para esse pagamento e para o modelo de conservação do meio ambiente”, frisou o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas.

Programação – Ficou definido que será realizado um seminário estadual para inserção do tema de pagamento por serviços ambientais na pauta de discussões tanto de outros movimentos quanto do governo.

“Serão feitas três oficinas regionais, junto com agricultores, técnicos e lideranças locais para que se comece a desenhar um modelo de PSA”, disse Rita de Cássia, superintendente de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural da Seagri. “É preciso que a metodologia seja muito bem elaborada de acordo com a realidade dos agricultores familiares alagoanos”, completou.

Ainda segundo ela, serão feitas visitas técnicas a outras regiões do país onde prefeituras mantêm iniciativas semelhantes ao PSA e, ao final das discussões e da elaboração do projeto-piloto, haverá uma apresentação formal ao governo do Estado.

Diego Barros/Seagri-AL

Incra investe na qualificação das políticas públicas para a reforma agrária

Foto: Ubirajara Machado/MDA

Qualificação da gestão do Incra e do processo de reforma agrária. Os objetivos foram anunciados nesta terça-feira (29) pelo novo presidente da autarquia, Celso Lacerda, durante solenidade de posse realizada em Brasília. Lacerda ocupava o cargo de diretor de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Assentamento do Incra e foi empossado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence.

"Vamos propiciar uma assistência técnica de qualidade. Queremos mudar o modelo tecnológico de produção nos assentamentos para que ele seja viável no ponto de vista econômico, social e ambiental”, afirmou Lacerda, ao destacar a produção orgânica como um dos principais pontos a serem trabalhados junto aos assentados.

Lacerda vai investir em um planejamento estratégico de longo prazo para transformar o modelo produtivo dos assentamentos. E apontou como uma das prioridades o reforço do trabalho de demarcação de áreas de remanescentes de quilombos, a cargo do Incra desde 2003.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, apontou a importância do fortalecimento do Incra. “Vamos aprofundar o compromisso do Estado brasileiro com a efetividade do programa de reforma agrária, utilizando os instrumentos disponíveis no Incra e no MDA para fortalecer a instituição”. Citando como exemplo a obtenção de terras para a reforma agrária e a assistência técnica rural, Florence definiu como prioridade “produzir um país que tenha justiça fundiária, segurança alimentar, estabilidade demográfica no rural; que tenha paz no campo garantindo a reforma agrária e políticas para a agricultura familiar, um país generoso com o seu povo”.

O antecessor de Lacerda, Rolf Hackbart, que ficou por mais de sete anos à frente do Instituto, destacou os avanços da reforma agrária nos últimos oito anos. No período, 614 mil famílias foram assentadas. “São famílias que agora tem vida digna, com acesso ao crédito e assistência técnica para produzir”, lembrou.

A solenidade de transmissão do cargo foi acompanhada por cerca de 200 pessoas, entre servidores do órgão, representantes do governo federal, parlamentares e líderes de movimentos sociais. O evento foi transmitido ao vivo para as 30 superintendências regionais do Incra.

Perfil
Celso Lisboa de Lacerda, 48 anos, é casado e pais de dois filhos. Natural de Tupã, no interior de São Paulo, formou-se em agronomia e matemática pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR), em 1987, tendo feito especialização em economia agroindustrial.

Durante 23 anos, o novo presidente do Incra atuou em cooperativas e prestou assessoria técnica a assentados da reforma agrária no interior do Paraná. Foi secretário municipal de Agricultura de Ponta Grossa e, em 2003, assumiu a Superintendência Regional do Incra no Paraná. Em 2008, Celso Lacerda assumiu a Diretoria de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Assentamento do Incra, responsável por executar o programa de reforma agrária no país.

Fonte: MDA

quinta-feira, 24 de março de 2011

Argentinos querem saber mais sobre Código Florestal Brasileiro



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Questões ligadas ao setor rural são semelhantes nos

dois países. Foto: Agência Câmara
Brasília, 24/março – O deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO), presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, recebeu nessa quarta-feira (23), em Brasília, representantes de entidades do setor rural argentino, entre elas a Sociedade Rural, Federação Agrária, Confederações Rurais e Confederação Intercooperativa Agropecuária. O principal assunto da reunião foi a discussão brasileira em torno da mudança na legislação ambiental. Os argentinos vieram conhecer detalhes do debate em torno do Código Florestal e aproveitaram, também, para compartilhar suas preocupações com o setor rural daquele país.

A delegação demonstrou grande interesse em conhecer o trabalho da bancada ruralista no Congresso e, principalmente, os mecanismos oficiais de incentivo à produção rural, tanto do agronegócio como da agricultura familiar. Eles lembraram que na Argentina existem apenas 12 deputados nacionais ligados ao setor ruralista, mas que as entidades têm uma forte atuação, semelhante ao que acontece no Brasil.

Para eles, a questão ambiental também é um grande problema, principalmente agora que o governo resolveu criar novas reservas indígenas. De acordo com os representantes das entidades, muitas das novas áreas indígenas estão sendo demarcadas em terras utilizadas pela agricultura há séculos. “Estão tendo que importar índios”, disseram.

Em resposta aos diversos questionamentos, Moreira Mendes explicou aos argentinos que a Frente Parlamentar Agropecuária é uma entidade suprapartidária, que tem buscado unificar o discurso no Congresso e, ao mesmo tempo, mobilizar entidades e produtores do país inteiro para aprovar as mudanças na legislação ambiental. Ele afirmou, ainda, que a bancada costuma votar unida, “mesmo em se tratando de matérias contrárias aos interesses do governo”.

Sobre os incentivos oficiais aos produtores rurais, o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS) - que também é membro da FPA - disse que o grande diferencial no Brasil tem sido a política do preço mínimo, adotada pelo Governo Federal para garantir a compra dos produtos dos pequenos agricultores. A medida, disse ele, permite que os pequenos produtores paguem em dia os financiamentos bancários.

Além de trocar idéias sobre a produção agrícola, os representantes de Brasil e Argentina também discutiram a possibilidade de criar um fórum permanente para discutir as questões ligadas ao setor rural, que, segundo eles, são semelhantes nos dois países.

Audiência
Durante audiência no Ministério da Agricultura para tratar do Código Florestal, o deputado Moreira Mendes pediu ao ministro Wagner Rossi que interceda junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) de Rondônia para que o órgão seja “mais educativo e menos punitivo”. O pedido, segundo ele, foi motivado por diversas reclamações de empresários que, ao consultar o SIF sobre procedimentos corriqueiros de adequação à lei, acabaram sendo multados.

Fonte: Claudivan Santiago

Frente Parlamentar fortalece assistência técnica para agricultura familiar


Foto: Eduardo Aigner/MDA
Fortalecer o diálogo da sociedade com o governo para ampliar o desenvolvimento de políticas públicas de assistência técnica e extensão rural (ATER). Este é um dos objetivos da Frente Parlamentar da Assistência Técnica e Extensão Rural, instalada na manhã desta quarta-feira (23) em Brasília (DF), em solenidade realizada no auditório Nereu Ramos do Congresso Nacional. A Frente é formada por 192 parlamentares.

Durante o encontro, a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Márcia Quadrado, destacou os avanços da assistência técnica para a agricultura familiar nos últimos oito anos, que culminaram com a aprovação da Lei Geral de ATER, em vigor desde 2010. “Essas políticas foram criadas e constituídas graças a um trabalho do Governo Federal e do Parlamento em conjunto com as organizações da sociedade civil”, lembrou a secretária.

Desde 2003, quando o MDA assumiu a gestão das políticas públicas de ATER, o número de produtores familiares atendidos era de 160 mil. Em 2009, o número chegou a 1,9 milhão. “A consolidação e a institucionalização desta política em 2010, através da Lei Geral de ATER, criou condições para o desenvolvimento de um serviço continuado com foco na efetividade e em seu resultado”, ressaltou Márcia Quadrado. A secretária afirmou que a consolidação da Lei, aliada a outras políticas públicas do Ministério, é importante para o esforço conjunto de governo e sociedade para erradicar a extrema pobreza no País.

A Lei Geral de ATER, definiu que a prestação dos serviços seja feita por meio de chamadas públicas. Desde sua implantação,foram realizadas 156 chamadas públicas para atender agricultores familiares, mulheres, indígenas e quilombolas. Hoje, mais de 450 entidades de ATER estão credenciadas no MDA para participar do processo de seleção.

Qualidade de vida no campo
O diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Argileu Martins da Silva, afirmou que as ações da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para Agricultura Familiar (Pnater), instituída pela Lei Geral de ATER, garante a melhoria da vida no campo. “Vivemos um momento onde a transferência de tecnologia e a modernização do campo permitem ao Brasil aumentar a produção e garantir a segurança alimentar.”
O coordenador para a implantação da Frente Parlamentar, deputado Zé Silva (PDT/MG), destacou que um dos objetivos da Frente é ampliar e fortalecer as ações de assistência técnica e extensão rural. “O propósito da Frente é servir de elo entre o Congresso, a sociedade e o executivo, permitindo que demandas sejam atendidas ao mesmo tempo que se coloca este debate na pauta nacional”.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social MDA/Incra 

Mais Alimentos e Agricultura Familiar garantem espaço na Agrobrasília

Foto: Wania Ressutti

O coordenador do Programa Mais Alimentos, Hercílio Matos, recebeu nesta quarta-feira (23) o secretário de Agricultura do Distrito Federal, Lúcio Valadão, o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/DF), Reinaldo Pena Lopes, e os coordenadores da feira Agrobrasília, Ronaldo Triacca e Carlos Vitor Silva, para definir a participação do Mais Alimentos na quarta edição do evento. A 4º Agrobrasília acontece de 17 a 21 de maio, no PAD-DF.

Além da participação do Mais Alimentos, foram discutidos a exposição de máquinas agrícolas para visitação dos agricultores familiares na feira e a elaboração de uma agenda para os representantes dos países africanos que assinaram o acordo Mais Alimentos África.
Estiveram presentes, também, na reunião, o  coordenador do espaço Agricultura Familiar na Agrobrasília, Ricardo Luz, e o extensionista da Emater/DF, Lucio Flávio da Silva.

Fonte:Assessoria de Comunicação Social MDA/Incra 

quarta-feira, 23 de março de 2011

Secretários estaduais de Agricultura pedem urgência na votação do Código Florestal

Foto: Agência Câmara
Brasília, 23/março – A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), presidida pelo deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO), ganhou nessa segunda-feira mais um importante apoio na sua luta pela aprovação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados. Uma comitiva do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri) entregou ao presidente da Câmara, Marco Maia, uma carta reforçando o apelo da sociedade brasileira pela votação urgente do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

Segundo a presidente do Conseagri, Tereza Cristina Corrêa, em junho, 90% dos produtores irão entrar na ilegalidade. Por isso, a urgência da votação. O conselho pede que a proposta apresentada pelo deputado Aldo Rebelo seja colocada em pauta antes de junho. “O que os produtores rurais do país desejam com a aprovação do novo código é que eles possam produzir com a mesma liberdade de seus concorrentes em todo o mundo, respeitando o meio ambiente e com todas as garantias de sustentabilidade”, diz a entidade.

O Conseagri argumenta, ainda, que “num mundo em que a escassez de produtos é um horizonte anunciado por todos, o Brasil não pode e não deve prejudicar de modo tão grave sua economia rural que é um patrimônio de todos”.

Moreira participou de reunião com os 27 secretários estaduais de Agricultura pela manhã e da solenidade na Presidência da Câmara, à tarde, e disse que a mobilização de toda a sociedade é ponto crucial para a aprovação do CF. “Essa iniciativa do Conseagri demonstra o quanto é importante mudar a legislação ambiental. É uma questão que envolve a vida de todos nós, pois estamos falando da produção de alimentos, algo essencial à vida. Esperamos que mais entidades sigam este exemplo e venham somar esforços conosco, pois é uma luta de todos os cidadãos e cidadãs brasileiros”, ressaltou.

O deputado fez uma referência especial ao secretário de Agricultura de Rondônia, Anselmo de Jesus, lembrando que ele “tem sido um grande parceiro do produtor rural”. Moreira adiantou que confia na seriedade do presidente Marco Maia e no seu compromisso (firmado com a bancada produtora de alimentos) de colocar a matéria em votação.

Além do deputado, também estavam presentes na entrega da carta ao presidente Marco Maia os secretários de Agricultura do Mato Grosso, Gilson Francisco da Silva, e de Minas Gerais, Elmiro Alves.

Claudivan Santiago e Karine Ractz

Emater-RO presente no lançamento da Frente Parlamentar de Ater

a Frente Parlamentar é um instrumento de apoio e
valorização dos serviços de ater e do extensionista.
O Secretário executivo da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO), Elisafan Batista de Sales, participa hoje, 23, em Brasília, da instalação da Frente Parlamentar de Assistência Técnica e Extensão Rural. A solenidade oficial aconteceu nesta manhã, no salão Nereu Ramos, da Câmara Federal, durante a programação da 40.ª Assembleia Geral da Asbraer Associação Brasileira das Entidades Públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e 2.º Fórum de Dirigentes das Entidades de Ater, iniciado no dia 21. Os dirigentes das instituições públicas de ater participam ainda da discussão do novo código florestal.

A Frente Parlamentar de Assistência Técnica e Extensão Rural foi proposta pelo deputado José Silva. Zé Silva como é chamado pelos colegas extensionista é funcionário de carreira da Emater-MG e já ocupou a presidência da Asbraer. Como grande conhecedor da causa extensionista tem buscado na Câmara Federal defender os interesses das instituições de ater, dos profissionais e dos agricultores familiares.

Segundo o deputado, com a Frente Parlamentar de Ater “toda  a sociedade terá a oportunidade de conhecer mais profundamente a importância e as funções que as empresas públicas do setor têm para o desenvolvimento rural sustentável, como a criação e promoção de políticas públicas para a melhoria da qualidade de vida das populações do campo e dos pequenos e médios municípios do País”.

Sales foi a Brasília acompanhado do coordenador técnico e de planejamento da Emater, José Tarcísio Batista Mendes e levou ao encontro anual da Asbraer as novas perspectivas para as ações de assistência técnica e extensão rural em Rondônia.

Para Sales a Emater tem que estar cada vez mais próxima do campo, por isso a instituição de Rondônia vem passando hoje, por uma reforma estrutural que, segundo o próprio secretário, estará aproximando mais os extensionistas e os serviços de ater do agricultor familiar. Segundo ele, esse processo de reconstrução trará maior visibilidade às ações e maior resultado para o homem, a mulher e o jovem no campo.

O secretário diz ainda que a Frente Parlamentar, que está sendo instalada, é mais um instrumento de apoio e valorização dos serviços de ater e do extensionista e vem somar força com a Nova Lei de Ater instituída no ano passado.

Seguindo a programação de encerramento da Assembléia Geral da Asbraer, os participantes, representantes das instituições públicas de ater estarão discutindo, junto com o relator, deputado Aldo Rabelo, o novo código florestal.

Wania Ressutti/Emater-RO

Penedo recebe um módulo do Programa Alagoas Mais Peixe nesta terça-feira

Grupo de 20 agricultores será beneficiado com o módulo
do Programa Alagoas Mais Peixe (foto: Ascom/Seagri)
 
Um grupo de 20 agricultores familiares do município alagoano de Penedo, na região do Baixo São Francisco, recebe, nesta terça-feira (22), um módulo do Programa Alagoas Mais Peixe.


O objetivo é promover a produção de alimento saudável no campo, a baixo custo, e a comercialização do pescado para geração de renda. Os agricultores selecionados vão trabalhar de forma associativa e receber do Estado, por meio de uma permissão de uso, 34 tanques-rede, balanças, freezer, cordas, oxímetro, boia, um barco, alevinos da espécie tilápia e ração para os primeiros meses de crescimento dos alevinos.



Coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), o Programa Alagoas Mais Peixe tem o apoio do setor canavieiro, que cede as barragens de irrigação da cana-de-açúcar para implantação dos tanques-rede onde os peixes são criados. Nessa primeira fase, apenas 3 dos 34 tanques são instalados.



Em Penedo, os tanques-rede serão instalados na barragem da Usina Paísa. “Até agora, 12 módulos do programa já foram implantados em todo o Estado, tanto em barragens de usinas quanto em barragens e açudes comunitários, onde foram identificados e selecionados grupos que já praticam a pesca”, informou o oceanólogo Ricardo Nonô, gestor do programa.



“É determinação do governador Teotonio Vilela que os agricultores familiares com vocação para a atividade ou que morem nas regiões onde há barragens recebam apoio, e é isso o que o Alagoas Mais Peixe vem fazendo”, comentou o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas.



De acordo com o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Edson Maruta, a capacidade de produção dos 34 tanques-rede pode chegar a 7 ou 8 toneladas de peixe. “O programa, no total, vai disponibilizar 720 tanques-rede e beneficiar diretamente 400 famílias em todo o Estado”, frisou Edson Maruta.



Diogo Barros/Seagri-AL

Secretário da Emater participa de Fórum das entidades de Ater

Elisafan Batista de Sales é secretário executivo da Emater-RO
O secretário executivo da Emater, Elisafan Batista de Sales encontra-se em Brasília para participar da 40.ª Assembleia Geral da Associação das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e 2.º Fórum de Dirigentes das Entidades de Ater. A Asbraer é o órgão que agrega as instituições de ater de todo o País. Recém empossado na Emater Rondônia, Sales representa a entidade levando a responsabilidade de uma instituição comprometida com o desenvolvimento da agricultura familiar sustentável.

A 40.ª Assembleia Geral da Asbraer e 2.º Fórum de Dirigentes das Entidades de Ater, realizados nos dias 21, 22 e 23, em Brasília-DF, reuniu representantes das instituições de ater dos 27 estados brasileiros para discutir o cenário da política de extensão rural no país e eleger o novo presidente nacional da entidade.

As instituições de ater no país têm prestado seus serviços com muita eficiência e responsabilidade. Mais de 50 por cento dos contratos através das chamadas públicas, do governo federal, foram feitos com essas instituições. A Emater-RO foi contratada para cinco chamadas, o que representa mais de 90 por cento das chamadas na região.

Para o secretário esse encontro vem somar os esforços de cada instituição na efetivação do desenvolvimento produtivo e econômico do setor agropecuário do País e demonstra a predisposição para o enfrentamento dos grandes desafios que ora se apresentam, como: a situação de vulnerabilidade social, de pobreza rural, de insegurança alimentar e do crescente êxodo rural e de degradação ambiental das propriedades rurais.

A assistência técnica e extensão rural, já fortalecida com a nova Lei de Ater (Lei n.º 12.188), ganha agora mais um instrumento de apoio. Será instalada amanhã, 23, a Frente Parlamentar de Assistência Técnica e Extensão Rural. O secretário da Emater-RO estará presente.

Wania Ressutti/Emater-RO

Emater e Banco do Brasil discutem parcerias para beneficiar agricultor familiar

Uma das propostas da Emater está na criação de
unidades referenciais que atendam aos 52 municípios
do Estado. (Foto: Irene Mendes)
O secretário adjunto da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), Francisco Mende Sá Barreto Coutinho, recebeu em seu gabinete, na manhã desta terça-feira, 22, o superintendente do Banco do Brasil, Rodrigo Nogueira. Acompanhado do coordenador de administração e finanças, Dr. Hermes José Dias Filho, e técnicos da Emater, o secretário discutiu com o superintendente, parcerias para investimento no setor agropecuário do Estado. Uma das propostas da extensão é levar ao pequeno agricultor tecnologias como: transferência de embriões em gado leiteiro e manejo de pastagens.

O Banco do Brasil sempre tem sido parceiro da Emater no incremento de ações agropecuárias e ambientais em Rondônia. A busca por uma nova parceria parte da vontade da atual administração em alocar recursos para desenvolver projetos que não apenas agreguem valor ao produto da pequena propriedade, mas que qualifique a produção e permita abrir novas frentes de mercado.

Uma das propostas da Emater está na criação de unidades referenciais que atendam aos 52 municípios do Estado. Nessas unidades seriam desenvolvidas atividades que tecnifiquem, qualifiquem e torne a produção de Rondônia competitiva perante o mercado interno e externo. “O agricultor necessita de investimentos que garantam não só a produção, mas a comercialização de seu produto”, diz Francisco.

A prioridade de investimento no estado, hoje, é a implementação na produção de leite, a fim de acelerar o processo de melhoria do animal. A implantação das unidades referenciais contribuiria muito para esse processo, inclusive levando tecnologias como a transferência de embriões, onde os resultados são imediatos. Para essa ação a Emater se propõe a elaborar os projetos e oferecer toda a assistência técnica necessária para o desenvolvimento da atividade, enquanto que o Banco do Brasil arcaria com as despesas do manejo de pastagem e o agricultor seria o responsável pela compra dos embriões. Com isso, em pouco tempo seria possível obter animais geneticamente melhorados com produção e produtividade eficiente e de qualidade.

Outro interesse do governo estadual é investir fortemente no crescimento da piscicultura. “Hoje essa atividade se torna cara e nem todo agricultor tem gancho para investir”, diz o secretário adjunto da Emater, lembrando que para isso seria preciso atrair novos investimentos que garantam a comercialização da produção.

O superintendente do Banco do Brasil falou do projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável (DRS), onde a instituição apóia as atividades produtivas, identificando as potencialidades nas diferentes regiões em que atua.

O DRS é uma estratégia de negócio que busca impulsionar o desenvolvimento sustentável, apoiando atividades economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas, sempre observando e respeitando as diversidades. Essa ação encaixa perfeitamente no perfil de atuação da Emater junto aos agricultores familiares e seria um caminho para que novos projetos pudessem ser desenvolvidos.

Ao final da reunião tanto Emater quanto Banco do Brasil ficaram de estudar as propostas apresentadas a fim de buscar viabilidade econômica e financeira visando ampliar a oferta de benefícios e incremento à produção da agricultura familiar.

Wania Ressutti/Emater-RO

terça-feira, 22 de março de 2011

Unidade Referencial leva conhecimento e tecnologia a assentamento

Estão programadas diversas capacitações voltadas
para o segmento agroecológico.
O Projeto de Assentamento Florestal (PAF) Jequitibá, em Porto Velho, ganhou uma Unidade Referencial Comunitária da Agricultura Familiar. Trata-se de um projeto desenvolvido por extensionistas da Assistência Técnica e extensão Rural do estado de Rondônia (Emater) em consonância com a comunidade local. A busca pela parceria para implantação do Projeto viabilizou recursos na ordem de 163 mil reais e vai levar conhecimento e tecnologia aos assentados.

Transformar a realidade das famílias que habitam em projetos de assentamento, tornando-as unidades de produção reestruturadas e segurança alimentar garantida é uma das propostas para a criação da unidade referencial comunitária da agricultura familiar no PAF Jequitibá.
Lançada oficialmente ao final de fevereiro deste ano, o Projeto prevê ainda, disseminar conhecimentos e tecnologias sustentáveis para a agropecuária, através de capacitações, formação social, assistência técnica e fortalecimento das organizações sociais, produtivas e comerciais.
Para propor a implantação do Projeto de Unidade Referencial Comunitária da Agricultura Familiar, extensionistas Emater, inserido no Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (Ates), contratado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), trabalharam durante todo o ano de 2010, levantando junto à comunidade, suas necessidades e seus anseios. “O Projeto foi desenvolvido buscando atender à demanda da comunidade local”, diz o técnico em agropecuária, Marcos Rodrigues Gomes da Silva.

A assistente social e extensionista da Emater, Shalimar Alcântara, conta que para implantar o projeto na comunidade foi preciso buscar parcerias. O orçamento geral do Projeto deverá investir recursos financeiros na ordem de R$ 163.927,40, em ações de mobilização da comunidade, plano de comunicação, capacitação e implantação da unidade referencial. São parceiros deste Projeto, além de Emater e Incra, a Fundação Banco do Brasil, o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro) a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri) e a Associação Rondoniense de Manejo Florestal.

A área em que se propõe a instalação da unidade se constitui em dez hectares, localizado no Pólo Produtivo e Agrovila Boa Esperança, e deverá atender as 70 famílias ali assentadas. “Desde o início do ano a equipe de ates já vem desenvolvendo um trabalho de mobilização e sensibilização com esses agricultores familiares, através de reuniões, palestras, oficinas entre outras metodologias”, diz a extensionista.

Marcos explica que agora, passada essa fase, será dado início à capacitação dos agricultores, fator muito importante para que a atividade venha obter o sucesso desejado. Estão programadas para o mês de abril, diversas capacitações voltadas para a agroecologia. Neste primeiro módulo serão oferecidas capacitações em associativismo, administração rural, manejo e conservação do solo, agroecologia, economia solidária e produtos florestais não madeireiros. “As capacitações serão realizadas no Campus do Ifro, em Ji-Paraná, onde os agricultores terão a oportunidade de dialogar com os professores e vivenciar as práticas tecnológicas”, diz.

Também em abril deverá começar a demarcação das áreas a serem trabalhadas na unidade, para dar segmento à preparação da terra, implantação de sistemas de irrigação e implantação das culturas, no decorre dês ano.

Wania Ressutti/Emater-RO

Plano de Recuperação ganha força em assentamento em Rondônia

Estrada recuperada: a força dos agricultores familiares
resultou em ação para a comunidade.

O Projeto de Assentamento União, localizado em Vale do Jamari, no município de Machadinho do Oeste, já está sendo beneficiado com o Plano de Recuperação em Assentamentos (PRA). O serviço foi contratado pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no ano passado, com o objetivo de prestar assessoria técnica, ambiental, econômica e social (ates) em projetos de assentamento. Elaborado por extensionistas da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), junto aos agricultores familiares o PRA ganhou força após encontro dos agricultores familiares locais com as autoridades competentes.

O PRA foi elaborado através de metodologias participativas, que identificaram as necessidades levantadas pelos agricultores familiares locais. “Com vários problemas ocorrendo no assentamento era preciso buscar soluções imediatas e, para isso, foi formada uma comissão, pelos próprios assentados, para levar às autoridades a situação do local”, diz a extensionista da Emater, Joana Rodrigues Pereira da Silva.

O encontro com a comissão reuniu, no dia 24 de fevereiro, na comunidade Santa Rita/Serrinha, agricultores do assentamento, secretários municipais e representantes da agricultura, saúde, ação social, obras e educação, além de representantes da Secretária de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Sustentável.

Segundo a extensionista Joana, a força da agricultura familiar no município de Machadinho do Oeste está se desenvolvendo positivamente com a aplicação do PRA. O destaque veio depois da reunião de apresentação dos problemas para os secretários e demais convidados. Ela explica: “com o empenho da comissão e os representantes das áreas social, econômica, ambiental e infra-estrutura, o secretário municipal de obras, Paulo Henrique, já enviou os maquinários para dar início à recuperação das estradas nos pontos mais críticos do Projeto de Assentamento. A secretária municipal de ação social, Daniela Castro de Oliveira, também se colocou a disposição para realização de cursos e apoio ao Plano de Recuperação do Assentamento e o secretário municipal de agricultura prontificou-se em contribuir no que for possível para ajudar na recuperação do assentamento”.

A comissão formada pelos agricultores que se prontificaram a buscar soluções para os problemas da comunidade do Projeto de Assentamento União, contaram com o apoio da Emater e Incra, através da equipe do Programa de Ates. Mas partiu deles a iniciativa de levar a realidade local ao poder público do município de Machadinho D’oeste e cobrar as soluções cabíveis. Agora resta aguardar e acompanhar o andamento das ações que promoverão a melhoria da qualidade de vida das famílias que residem no local.

Wania Ressutti/Emater-RO