Apoio dos extensionistas da Seagri e programas de inclusão produtiva e incentivo à comercialização consolidam agricultura familiar no Sertão
Comunidade quilombola Cajá dos Negros, em Batalha, também já recebeu um tanque de resfriamento de leite para fortalecer a produção (foto: Edson Maruta) |
Os agricultores do Sertão alagoano, acostumados com a terra seca e os excessos do clima, são personagens principais de uma série de ações voltadas para o fortalecimento da atividade que lhes garante alimento, sustento, renda e um conjunto de manifestações que são passadas de geração em geração, numa tradição que representa não só Alagoas, mas todo o Nordeste.
A agricultura familiar recebe incentivos do Governo, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) de Alagoas, que foi reestruturada para ajudar os pequenos produtores com programas que garantem a inclusão produtiva, geração de renda no meio rural, comercialização da produção e incentivo à autonomia.
“É com essas perspectivas que conduzimos os programas na Seagri, com foco na autonomia do pequeno produtor e com ações de ponta a ponta, ou seja, para quem quer começar a produzir, para quem quer ser organizar e para quem quer comercializar”, salientou a secretária de Estado da Agricultura, Inês Pacheco.
No Sertão, os pequenos produtores são beneficiados com o Programa Alagoas Mais Leite, que trabalha com quatro linhas de atuação: melhoria da genética dos animais; nutrição animal, com incentivo ao cultivo do sorgo e da palma forrageira; melhoria da qualidade do leite; e gestão da propriedade.
“Algumas comunidades já foram beneficiadas com o tanque de resfriamento de leite”, adiantou o gerente da Seagri em Batalha, João Petrúcio Rodrigues.
“Outras já possuem agricultores aptos a realizar a inseminação artificial em bovinos”, lembrou o gerente. Até agora, por meio do Programa Alagoas Mais Leite, mais de 240 já foram capacitados em inseminação artificial. O curso é ministrado no Parque de Exposições Mair Amaral, em Batalha.
Além dos tanques de resfriamento de leite, as comunidades cadastradas no programa também recebem botijão de nitrogênio para armazenamento de sêmen, assistência técnica específica, capacitação sobre ordenha higiênica e saúde animal. “E é por meio da assistência técnica e da organização da produção que três associações do Sertão são fornecedoras de leite ao PAA Leite”, afirmou a secretária Inês Pacheco.
As comunidades beneficiadas são Paus Pretos, em Monteirópolis; Alto da Madeira, em Jacaré dos Homens, e Samambaia, em Olho D’Água das Flores. Ao todo, o governo do Estado adquire, por meio da Seagri, 63,5 mil litros de leite a quatro pequenas associações e uma cooperativa, que são distribuídos a famílias em situação de insegurança alimentar em todos os 102 municípios.
Fonte: Diego Barros (Alagoas)
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